25 de dezembro de 2009

SEM PERDER A TERNURA

SEM PERDER A TERNURA



Nossa tarefa é difícil

Mas lutar sempre é preciso

Faz parte do nosso ofício

Ainda que seja amarga

E não caiba num comício



São manhãs sem primavera

E noites feitas de insônia

Que a cada sonho que geram

Edificam nossa estrada

E alimentam a nossa espera



A palavra, às vezes dura,

Amansa o nosso cansaço

E se nos falta a ternura

Preenche o nosso discurso

Com a terna intenção mais pura



As nossas mãos calejadas

Afagam a nossa esperança

E mesmo quando fechadas

Ainda ensaiam carinhos

E acenam encabuladas



Joãozinho Ribeiro

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