SEM PERDER A TERNURA
Nossa tarefa é difícil
Mas lutar sempre é preciso
Faz parte do nosso ofício
Ainda que seja amarga
E não caiba num comício
São manhãs sem primavera
E noites feitas de insônia
Que a cada sonho que geram
Edificam nossa estrada
E alimentam a nossa espera
A palavra, às vezes dura,
Amansa o nosso cansaço
E se nos falta a ternura
Preenche o nosso discurso
Com a terna intenção mais pura
As nossas mãos calejadas
Afagam a nossa esperança
E mesmo quando fechadas
Ainda ensaiam carinhos
E acenam encabuladas
Joãozinho Ribeiro
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