Não sou poeta; faço poesias!
Nada de palavras nadam
Em mim. O mar se reparte
Em partes e parte em busca
De uma arte no encarte do sem fim...
Não faço poesias; faço amor!
A ponta do fragmento de seu olhar
Me acompanha na ponta
Dos pés, até me ver desaparecer
Na montanha. Quando se fecha
E sonha com sua cegonha!
Eu sou a poesia na menopausa!
Um de teus seios me olhou
Por sobre o muro do sutiã,
E numa leve piscadela sã
Lacrimejou! Em fração de segundos
O mundo da blusa censurou,
Que intrusa se fechou em dúvida!
Sou um lobisomem sem lua cheia!
Eu te olho como em sendo uma
Paisagem que se move menina,
Até o deslocamento total
Da minha retina! Aí, você é apenas
Um vulto desprovido de beleza,
Estética que não mais me fascina!
Gilberto Costa
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