Oi, minha Gente!
Antes de mais nada, quero compartilhar com todos os queridos leitores e leitoras do Cantinho do Zé Povo, a felicidade que estou sentindo com o nascimento da minha 4ª. Netinha, Maria Fernanda, ocorrido às 17:50 Hs. Do dia 08 de janeiro de 2009, na Maternidade do Hospital da Polícia Militar. Apresento, do fundo do meu coração “chêi de remendo”, meus sinceros e profundos agradecimentos, a Deus e dos faxineiros à Diretoria do Hospital.
O causo de hoje é prá lá de inusitado, para os padrões da época em que o mesmo se passou. E me foi contado na última quarta feira à tardinha, na mesa dos “peia mole”, lá na confraria da Dona Vera e do Adriano, no Bar das Mangueiras. E quem me contou, foi o principal personagem do mesmo, Djalminha, funcionário aposentado da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte e um dos “comensais e bebessais” daquela reunião diária, onde sai, como diria Maria Rita, todo tipo de “presépe”... Djalminha é filho do saudoso Dr. Milton Marinho e sobrinho do não menos saudoso, Dr. Djalma Marinho; sendo, por conseguinte, primo de ôto peda noventa que já se foi p’ro andar de riba, que foi meu amigo de fé e cumpanhêro de jornadas biritológicas, o Dep. Márcio Marinho.
Era um sábado à tarde, dia e hora em que costumeiramente, acontecia a “Matinée” do Beréu mais famoso da cidade do Natal, na Rua Padre Pinto, a Pensão de Dona Maria de Oliveira Barros, simplesmente Maria Boa. Ao redor de três hors da tarde, chega nosso personagem ao salão onde o globo de espelho não parava de rodar lá no alto, ao som dos sucessos da época, na radiola ou ao vivo, quando muitos dos freqüentadores punham prá fora seus “dotes artísticos”, cantando acompanhado dos músicos que Dona Maria Boa contratava. Segundo Djalminha, naquela tarde, Severino, o garçon estava elétrico, com tanta gente. Se encontravam numa grande e “florida mesa”, Dr. Luiz de Barros, Sen. Jessé Freire, meus irmãos Clóvis Motta e Zé Quirino, Dr. Roberto Freire, Dr. Ney Marinho, os estudantes, meu tio Muriel, Fernando Bezerra, Ernane Boquinha, Carlos Silva, e mais uma réca de gente de primeira qualidade...Segundo Djalminha, chegou na mesa uma galega avantajada, catarinense, que se engraçou dêle e o chamou para o quarto. Foram, fizeram “o que quizeram e bem entederam” e quando voltaram ao salão, a catarinense exibia o “cheque do Banco do Povo” que havia recebido de Djalminha, como se fôsse a mais rara e preciosa de todas as jóias existentes no mundo. E dizia o valor do mesmo, fazendo inveja às colegas e deixando os outros freqüentadores preocupados, pois com a quantia paga pelo Djalminha, o comércio de “carne mijada” estaria irremediavelmente inflacionado. Dr. Ney Marinho, tomando coragem, falou para a catarinense:
- Minha filha; deixe eu ver esse cheque aqui, por favor.
A jovem passou-lhe o cheque e Dr. Ney, após examinar o mesmo, falou baixinho para o colega que estava sentado ao seu lado:
- Ela não vai receber esse cheque nunnnnnnca; preste atenção à data que o F.D.P do Djalma colocou...
E estava lá no cheque; 30 de setembro de 1997; ou seja trinta anos e alguns meses prá frente... E estava ali, caracterizado, o primeiro cheque pré-datado e sem fundo, pago a uma funcionária do Cabaré de Maria Boa...
Bob Motta
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