30 de junho de 2010

Sócrates e a fofoca

Na Grécia antiga, Sócrates era um mestre reconhecido por sua
sabedoria.
Certo dia, o grande filósofo se encontrou com um conhecido que lhe
disse:

-- Sócrates, sabe o que acabo de ouvir sobre um de seus amigos?
-- Um momento, respondeu Sócrates.

Antes de me dizer, gostaria que
você passasse por um pequeno teste.

Chama-se "Teste dos 3 filtros".
-- Três filtros?
-- Sim, continuou Sócrates. Antes de me contar o que quer que seja
sobre meu amigo, é bom pensar um pouco e filtrar o que vais me dizer.

O primeiro filtro é o da Verdade. Estás completamente seguro de que o
que me vai dizer é verdade?
-- Bem... eu escutei um comentário....
-- Então, sem saber se é verdade, ainda assim quer me contar?

Vamos ao segundo filtro, que é o da Bondade. Quer me contar algo de bom
sobre meu amigo?
-- Não, pelo contrário.
-- Então, interrompeu Sócrates, queres me contar algo de ruim sobre
ele, que não sabes se é verdade!
Ora veja! Ainda podes passar no teste, pois ainda resta o

terceiro filtro, que é o da Utilidade.

O que queres me contar vai ser útil para mim?
-- Não, na verdade não!.
-- Portanto, concluiu Sócrates, se o que você quer me contar pode não
ser verdade, não ser bom e pode não ser útil, então para que contar?

Use este teste toda vez que alguém vier lhe falar a respeito de seus
amigos próximos e queridos.

A amizade é algo inviolável .

Nunca perca um amigo por algum mal entendido ou por comentário sem
fundamento.

29 de junho de 2010

Caixa reabre inscrições para projetos culturais

Caixa reabre inscrições para projetos culturais


A Caixa Econômica Federal comunica a reabertura de inscrições de projetos para os programas de Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural, de Apoio a Festivais de Teatro e Dança e de Apoio ao Artesanato Brasileiro. O novo prazo vai de 28 de junho a 11 de julho de 2010.

A ação visa a contemplar os proponentes que não conseguiram efetivar suas inscrições no prazo anterior, encerrado em 20/06. A CAIXA reitera que as inscrições já realizadas estão confirmadas e que os interessados em complementar suas propostas poderão fazê-lo no novo prazo.

Os editais estão disponíveis no site www.caixacultural.com.br/editais

21 de junho de 2010

Ministério da Cultura prorroga edital de apoio a bibliotecas

O Ministério da Cultura publicou no dia 16 de junho, no Diário Oficial da União, a prorrogação do Edital Mais Cultura de Apoio a Bibliotecas Públicas. O prazo final para as inscrições passaram do dia 15 de junho para 15 de julho de 2010. O edital vai beneficiar 300 bibliotecas públicas, com investimento de R$ 30,6 milhões para a modernização dos equipamentos, a instalação dos espaços em distritos, bairros periféricos ou zonas rurais e a adequação do local, acervo, programação e atendimento às pessoas portadoras de deficiências.

Prefeituras municipais podem se candidatar à verba em uma das três categorias, que varia de R$ 85 mil a R$ 115 mil para cada projeto e governos estaduais podem participar da categoria de apoio a bibliotecas acessíveis, no valor de R$ 85 mil. Para conferir o edital, clique aqui.

Cada prefeitura municipal poderá se candidatar a uma das três categorias do edital: I – Modernização de bibliotecas públicas municipais; II – Implantação de bibliotecas ramais (de bairro, distritais e/ou rurais); III – Apoio a bibliotecas acessíveis. Esta última está aberta também para governos estaduais. “A biblioteca pública é um espaço vital para garantir o acesso à informação e estimular a leitura”, diz diretor de Livro, Leitura e Literatura do MinC, Fabiano dos Santos Piúba.

Na categoria I, de modernização, o MinC irá apoiar até 170 bibliotecas investindo, no máximo, R$ 115 mil em cada um delas. Os recursos poderão ser usados para a aquisição de acervo; formação de mediadores e agentes de leitura; capacitação de gestores das bibliotecas; criação de programação sócio-cultural; compra de equipamentos, mobiliário e demais itens de ambiência, que melhorem as condições de funcionamento da biblioteca; e a ampliação ou reforma do espaço físico.

Na categoria II, de implantação de bibliotecas em bairros, distritos ou zona rural, o MinC irá apoiar a implantação de até 100 bibliotecas, no valor de R$ 85 mil/cada. Os recursos poderão ser usados para a aquisição de acervo e de equipamentos, mobiliário e itens de ambiência, que melhorem as condições de funcionamento da biblioteca; a criação de programação sócio-cultural e a ampliação ou reforma física do espaço. “O objetivo desta ação é ampliar a capilaridade dos materiais de leitura em regiões normalmente distantes da esfera municipal, de maneira a universalizar o acesso aos bens e serviços culturais de qualidade”, diz Silvana Meireles.

Na categoria III, de apoio a bibliotecas acessíveis, o MinC irá investir R$ 85 mil para cada projeto, totalizando 30. O valor poderá ser aplicado para a compra de acervo e de equipamentos e mobiliário destinados a portadores de deficiências; capacitação de funcionários voltados para aperfeiçoar a gestão e o atendimento e serviços oferecidos aos usuários com deficiência; ampliação ou reforma física do espaço, adequando-o aos portadores de necessidades especiais, e a criação de programação sócio-cultural.

Em todas as categorias, o governo proponente terá de dar, obrigatoriamente, uma contrapartida mínima, em recursos financeiros e/ou bens e serviços, de 20% do valor total do projeto, para fins do conveniamento.

A relação dos habilitados e inabilitados será publicada no Diário Oficial da União e no site do MinC, sendo de total responsabilidade do proponente acompanhar a atualização das informações em ambos. Após a publicação do resultado, os candidatos poderão interpor recurso no prazo de cinco dias úteis a contar da data de publicação no Diário Oficial da União.

19 de junho de 2010

Tem algo novo nas terras de Poty

A VIAGEM DO BOTEQUEIRO

por: editor

Este é o primeiro ‘copo’ de uma idéia nascida há 05 anos numa mesa de bar. Esperamos que os botequeiros gostem. Aqui iremos falar do passado, do presente e do futuro. Falar de bares que foram e que virão. Falar de personagens da memória e da memória daqueles que fizeram as histórias dos bares. Sabemos que coisas boas e divertidas acontecem em muitos lugares. Mas acreditamos que é no bar que um assunto sem graça ganha cor e recebe sorrisos. No bar tem inteligência. É onde esquecemos a tristeza. Onde festejamos a alegria. Onde iniciamos novas amizades. É no bar que ocorrem encontros de culturas tão diversas, que, em nenhum outro lugar seria possível acontecer. Nos restaurantes falamos de gastronomia, de dietas, de receitas. Nas academias, de ciências, de teorias, de conhecimento. Já no bar, falamos de tudo isso e ainda misturamos com religião, futebol e política. Ao pé de um balcão de um bar, falamos da vizinha, falamos do colega, falamos do amigo, falamos dos inimigos. Falamos de tudo. Falamos de todos. Falamos com todos. No bar se vê flamenguista bebendo com vascaíno, católico bebendo com agnóstico, governista bebendo com oposicionista. No bar o frustrado vira vencedor, o homem de sucesso se torna um embriagado, a moça comportada ameaça tirar a roupa e a menina vivida se passa por santa. Pode parecer uma torre de babel. Mas no bar todos se entendem. Porquê o bar é um paraíso. Ou quase isso.

www.obotequeiro.com.br

17 de junho de 2010

Nova revista Preá será lançada com festa em Arez no proximo sabado

Roteiro para elaborar um projeto

Dicas e orientações para transformar boas idéias em boas práticas. E um roteiro detalhado, em oito passos, para seu projeto

1 Por que elaborar projetos?

O termo projeto carrega o sentido de organizar idéias, pesquisar, analisar a realidade e desenhar uma proposta articulada com intencionalidade.

Os projetos sociais seguem essa lógica. São construções feitas por um grupo de pessoas que deseja transformar boas idéias em boas práticas. Tais projetos podem se transformar em ações exemplares que modificarão a realidade local.

Se, além de se constituírem em ações exemplares, os projetos se integrarem a ações de governo, municipais, estaduais ou da instância federal, poderão se replicar em escala maior, gerando, assim, políticas públicas cujos impactos para a coletividade serão maiores do que os projetos apenas locais.

Nos programas de governo, muitas vezes expostos em períodos de eleição, ouvimos candidatos e governantes dizerem que têm projetos para solucionar o problema do desemprego, da saúde, da educação etc. Em parte, isso é possível. Havendo um bom projeto, com recursos suficientes, bem monitorado e avaliado, vai se chegar aos objetivos preestabelecidos. Mas é preciso que o projeto seja bem elaborado, desde seus passos iniciais.

Nessas situações em que desejamos transformar insatisfação em solução, idéias em ações, boas intenções em propostas efetivas, sem desperdício de tempo e recursos, faz-se necessário elaborar um projeto que descreva o caminho a seguir. Caminho esse que deve ser trilhado com lógica e paixão.

2 Cuidados e recomendações

Durante o processo de elaboração de projetos, correm-se dois grandes riscos: o da onipotência e o da impotência.

Um grupo pode sentir-se onipotente quando se considera com possibilidade de transformar, sozinho, os problemas sociais existentes em um bairro ou cidade. É o perigo do voluntarismo.
Seu oposto é a impotência. Sabendo ser difícil ou mesmo impossível resolver, isoladamente, os problemas encontrados, o grupo julga não poder fazer nada e desiste de buscar soluções criativas.
Esses dois grandes riscos freqüentemente têm como raiz pelo menos três fatores. O primeiro deles é o diagnóstico superficial sobre o espaço e o contexto nos quais o grupo atua. O segundo reside na análise inconsistente da viabilidade social, política, técnica, financeira, ambiental ou cultural do projeto. O último, a má distribuição de papéis e responsabilidades, de modo a centralizar o poder em uma única pessoa ou a diluí-lo, dificultando a constituição de líderes.

Na prática, existem alguns problemas a ser superados quando se quer estabelecer resultados concretos e custos efetivos em projetos sociais que lidam com processos de melhoria das condições de vida e com a promoção dos direitos humanos. Para superá-los é necessário construir um caminho baseado em resultados ou metas, organizado no tempo planejado, executado e monitorado. Sobretudo, não se deve parar nas boas intenções, mas transformá-las em obras.

3 Sugestões para elaboração de projetos

Criar um projeto supõe dois importantes momentos:

1º Elaboração: O grupo deve realizar um bom diagnóstico sobre o contexto e a situação problemática que pretende enfrentar e analisar o seu potencial para, em seguida, construir o seu caminho. É preciso que todas as pessoas envolvidas participem diretamente na fase de elaboração, buscando criar uma visão ampla do problema a ser enfrentado e soluções criativas para a sua viabilidade.

2º Redação: Este é um momento de exercício de síntese do processo anterior. Nele, é melhor contar com poucas pessoas do grupo. Tudo o que foi produzido anteriormente será agrupado em um roteiro que demonstre, de modo objetivo, o que será realizado.

Oito passos para elaborar um projeto

1º passo: Definir qual grupo elabora o projeto. Determinado o grupo, se verificará com quantas pessoas será possível contar efetivamente para realizá-lo, ou seja, qual o poder real ou o “tamanho das pernas que o grupo tem”.

2º passo: Montar duas listas paralelas. Uma deve listar os problemas que o grupo pretende superar e outra apontar soluções. É imprescindível que os problemas sejam concretos e observáveis. Eles devem ser formulados com clareza. Por exemplo, na lista dos problemas deve constar: “Poucas alternativas de cultura e lazer para jovens da Vila Nova Cachoeirinha”. Na lista das soluções: “Alternativas de cultura e lazer acessíveis para jovens da Vila Nova Cachoeirinha”.

3º passo: Escolher o problema principal. Dentre todos os listados, o grupo deve saber por onde começar, escolhendo o problema principal a partir de vários critérios. Um deles é o impacto negativo que o problema causa para a comunidade ou escola. Outro critério é a capacidade do grupo para resolver o problema. Neste caso, pode ser que o grupo resolva iniciar o projeto justamente por aquele cuja solução seja mais fácil e rápida.

4º passo: Montar uma árvore com o problema escolhido, suas causas e conseqüências. As causas do problema estão no que o origina e o mantém, ou seja, estão em sua raiz. As conseqüências são os danos provocados. Perceber a diferença entre causas e efeitos ajuda o grupo a não gastar recursos financeiros e a não desperdiçar tempo apenas com as conseqüências.

5º passo: Definir objetivos gerais e específicos. Os resultados previstos devem conter indicadores, fatores de risco e um plano de ação, como mostram as descrições seguir:

1. Os objetivos específicos

São eles que representam a finalidade do projeto em questão. São degraus para chegar ao topo da escada, ao objetivo geral. Eles indicam o caminho a ser percorrido.

2. Resultados ou metas

São tangíveis e correspondem aos produtos finais de um conjunto de atividades em um certo período. Quantificam as atividades que serão desenvolvidas, bem como sua intensidade. Qualificam o jeito que pelo qual o projeto será realizado, os valores que o grupo quer imprimir. Exemplo: dez atividades (quantificar as atividades) de manejo sustentável (qualificar o tipo de manejo).

3. Indicadores para o monitoramento dos resultados

São os sinais de que o grupo está perseguindo os resultados a que se propôs.

4. Fatores de risco

São obstáculos com os quais o grupo deverá conviver, sejam eles políticos (um grupo poderoso pode estar contra o projeto), culturais (mentalidade de desperdício de recursos, preconceitos etc.) que fogem ao controle do grupo, mas podem dificultar a realização do projeto. Desenhar ações para minimizar esses fatores de risco.

5. Plano de ação

Descreve o que precisa ser feito para se chegar aos resultados pretendidos. Envolve o conjunto de ações, com os respectivos prazos, as pessoas responsáveis e os recursos necessários.

6º passo: Análise de viabilidade do projeto. Antes de colocar um projeto em prática, é preciso verificar se o grupo pode fazer o que propõe. Para isso é importante levar em consideração seis aspectos: a viabilidade econômica, social, política, técnica, ambiental, de gênero e étnico-cultural.

Viabilidade econômica

Considere o custo total do projeto. Verifique se a soma dos recursos de que dispõe mais o que poderá captar cobre os custos do projeto.

Viabilidade social

Analise os atores sociais envolvidos, indivíduos ou organizações que terão seus interesses afetados positiva ou negativamente pelo projeto.

Viabilidade política

Certifique-se de quais são as pessoas, os grupos e as instituições que apóiam o projeto. Se houver obstáculos políticos ou legais, preveja ações para superá-los.

Viabilidade técnica

Explicite as técnicas que serão utilizadas e considere se o grupo dispõe dessas tecnologias.

Viabilidade ambiental

Analise se o projeto agride o meio ambiente.

Viabilidade de gênero, étnica e cultural

Analise se há algum padrão cultural que pode dificultar a realização do projeto, seja ele na relação homem com mulher, relações étnico-raciais ou culturais.

7º passo: Cronograma de trabalho. Planeje uma data de início e término do projeto. Defina os meses em que acontecerão as atividades preparatórias, de execução, atividades de monitoramento e de avaliação.

8º passo: Orçamento detalhado das despesas. Calcule o custo da equipe de trabalho, a infra-estrutura e o material necessário. É sempre bom reservar recursos para gastos com despesas imprevistas.

Como fazer a redação do projeto

O projeto poderá ser sintetizado em cinco grandes itens:

1) Abertura
Nesta página devem constar o título do projeto (que expressa sua idéia central), o nome e a sigla da instituição proponente, a data e o endereço. E um resumo sobre: objetivo geral, objetivos específicos, resultados previstos, atividades, indicadores, beneficiários e custos.

2) Justificativa
Ressaltará a importância do projeto. Informará os problemas que o projeto resolverá no contexto em que está situado. Relacionará o problema aos âmbitos nacional, estadual e local. Demonstrará como as políticas públicas tratam esse problema. Caracterizará os beneficiários diretos e indiretos e grupos que têm interesses em relação ao projeto.

3) Metodologia e lógica da intervenção
Detalhará o objetivo geral, objetivo específico, resultados esperado, indicadores e o plano de ação. Também inclui a descrição das iniciativas que serão tomadas para monitorar e minimizar os fatores que podem pôr o projeto em risco.

4) Orçamento

5) Anexos
Podem ser considerados textos anexos o diagnóstico, as informações relevantes sobre o contexto em que se realizará o projeto e as informações adicionais sobre os proponentes do projeto.

4 de junho de 2010

Glossário Caboclo de Aucides Sales

Glossário caboclo.
Nomes Próprios
Acamorontim. cabeça branca.
Aimbere: lagartixa. .
Ajuricába: espécie de maribondo. Herói da resistência indígena na Amazônia.
Amaná, Amã: chuva.
Amaniara: senhor da chuva.
Amanijú: algodão
Anaí: a fruta da cabaceira, de fazer cuia do chimarrão .
Anhanguéra: endemoniado.
Apinajé: pendurado, sentado?
Apuçá: de apyçá: Mouco.
Araci: mãe do dia. De, ara=dia+cy=mãe.
Arandí: dia claro ou luz do dia. Irmão gêmeo de Canindé o deus da guerra, enviados por Tupã para orientar os humanos.
Arapuã: mel redondo. De eira=mel+puã=redondo.
Araquém: porta do dia. De ara=dia+oquém=porta.
Araribói: cobra ararazinha.
Araruna: arara preta.
Araróva: folha de arara, ou roupa de arára. Alude-se a uma capa feita de penas de arára, usadas pelos chefes, nos dias festivos. De arara= pássaro trepador+óva=folha ou roupa.
Aritana: falso em cima, falso elevado.
Bartira: de Mbaé+eira= coisa de mel.
Biriba: pau fruta..
Birico: Estar no chão. Yby+ (terra)+ico(estar).
Biró: amargo, azedo.
Burunga: canibal. De morungá.
Caiçára: cerca de pau a pique.
Capiba: possível redução de Capibaribe.
Capitú: floreta escura. De ca’a=mato+pitúm=escuro.
Caramoru: moréia, peixe do mar. De cará=espécie de peixe+moru ou pocu=comprido.
Caribe: no sagrado. De caraí:sagrado+ be=em.
Catuama: bondade.
Caubi: mato verde ou azul.
Caú: quente.
Caxias: cachi é uma espécie de cabaça, cilíndrica, muito comprida, medindo em média 50 cm.
Ceci. minha mãe, de ce=minha+cy=mãe. A constelação das sete estrelas.
Chanana. tipo de flor branca selvagem. De Che+anã+na=meus parentes.
Canindé: filho gêmeo de Tupã é o responsável pelas guerras, em oposição a Arandi, o professador da paz.
Che Guevara: “meu” Guevara.
Chenheém: gênero musical nordestino. De che nhe’em=minha fala.
Chenhenado: uma queda por alguém, um namoro disfarçado. De che nhe’em=minha fala+ado, sufixo português.
Cibamba: entidade do catimbó. De ce cambá=meu amigo.
Cunhãbebe. gago. Língua chata. De, pecunhã=mulher ou língua que corre+bebe ou peba=chata. Para alguns, significa “mulher que voa”.
Curupira: corpo de menino. Uma das versões da Ca’aipora.
Darci: de nda+cy= não mãe, mulher estéril.
Emboaba: gente cobra, traiçoieira. De mbói=cobra+avá=índio, gente.
Erondi: quatro.de erundy=o número quatro.
Erondina: quarta. Aportuguesamento de erundy.
Guajirú Pequeno: árvore semelhante ao cajueiro. Nome de um chefe chucurú, aliado de Canindé.
Guará: cachorro do mato, também conhecido por lobo guara.
Iaperi: senhor do caminho, guia.De i=aquele que+peri=caminho pequeno (tape+mirim=pe+ri)
Iapissara: o que não escuta, o surdo.
Iaponam: aquele que faz alma ou faz correr. de i=aquele que+apo=faz+ nam ou nham=correr ou alma.
Iaponira: aquele(a) que faz mel.
Iberê: largatinho. De Aimberê.
Inãnha: o corredor.
Ipojúca: assassino. De i+pó+jucá=aquele que a mão mata.
Ipojucám: aquele que vai matar. De i+pó+jucá+ã. Ã= futuro do substantivo.
Iracema: lábios de mel. De eira=mel+cema, rembe=lábios. Para outros é “aquela que chega”.
Iraci: mãe do mel. De eira+cy, mel+mãe.
Iraém: mel doce. De eira+eem, mel doce.
Irani: mel pequeno. De eira i, mel pequeno.
Itabira: pau-Ferro. de ita=pedra+yvyra=árvore.
Itací: mãe de pedra.
Itamici: mãe de pedra pequena. De ita+mi+cy, pedra+pequena+mãe.
Itararé: pedra que voa. De Ita+reré.
Jacaré Mirim: jacaré pequeno.
Jacauna: balaio preto.
Jaci: nossa mãe, de já=nossa+cy=mãe. Lua.
Jacira: luar..
Jaciara: senhora da lua..de jacy+ iára
Jaeci: mãe verdadeira.
Jaguá: onça, cachorro.
Jaguarari: onça pequena. De jaguara=onça ou cachorro+ri=diminuitivo.
Jaguaribe: no rio do jaguá.
Jaguatirica: a onça que corta, arranha.
Janaina: a cabaça.
Janduí: ema pequena, ou na verdade, aranha. Ema é nhandú.
Jandi: a luminosa. De i+endy.
Jandira: morcego.
De i andira.
Japi: atirar pedra. Um pássaro.
Japiassú: variação do pássaro acima referido.
Jerereca: pequena rã.
Jenipapoassu: jenipapo (uma fruta, da qual se extrai tinta preta) grande.
Jitirana: batata falsa. De jiti=batata+rana=falsa.
Joaci: arrependido.
Jucá: matar. Árvore de madeira muito rija de vargens de uso medicinal.
Juçara: tipo de palmeira, o Açai. Espinhal.
Juciê: Mágoa.
Jupi: Subir, pendurar, enforcar.
Jupiassú: ladeira.
Juquerí: espinho que arranha. De ju=espinho+tiri=gretar, rachar.
Juraci: doente
Jurandi: Óleo claro.
Jurema: Pequena árvore da família das mimózeas. De sua seiva se faz uma bebida alucinógena. De Ju=espinho+ema=odor.
Juriti: um tipo de ave que canta na madrugada: macuco.
Juruna: boca preta.
Jurupari: boca fechada, obstruida. Entidade que apresetava-se nos sonhos dos índios causando pesadelos, tapando lhes a boca impedindo de gritarem. Os padres lhe associaram a figura do demônio.
Jurupariassu: jurupari grande. De jurupari=(ver jurupari)+assu=grande.
Jutai: rio da juta, de juta+y=água.
Lambarí: chefe lendário guarani. Seria um pássaro pescador.
Maira: senhor das coisas. De mba’e+iara: coisa+senhor.
Maitê: coisa verdadeira, autêntica.
Manajára: senhor das chuvas. De Amã=chuva+jara=senhor.
Mangará: para ser coisa. A ponta do cacho da bananeira.
Maracajá: gato selvagem.
Mataquiri: arvore silenciosa.
Mataúve: no rio da árvore. De Mata=árvore+u ou y=água ou rio+ve=no.
Mena: esposo, marido.
Moacir: arrependimento. De mo=fazer+acy=dor.
Moema: mentira.
Morici: faz resina. Pequena fruta amarela.
Morontim: branco.
Morungá: canibal.
Nambiquára: buraco da orelha, orelha furada, de nambi=orelha+cuára=buraco.
Neci: sua mãe. De nde=seu+cy=mãe.
Nhanduti: bico de ema.
Oquenassu: porta grande. De oquem=porta+assu=grande.
Oiticica: oiti resinoso. Oiti, é um tipo de fruta.
Paiacam: cabeça do senhor das coisas.
Panacú: buraco de pano. Cesto para guardar roupas. De pano=tecido+cu=buraco.
Paraguassu: mar grande.
Paraupaba: gamboa. De para=mar+y=água+paba ou peba=chata, rasa. Ägua do mar rasa. Ou lagoa de água do mar.
Pererê: saltitar..
Peri: guia. Literalmente, “caminho pequeno”, de tape-ri, onde tapé=caminho e ri, é uma froma diminuitiva.
Petúnia: flôr semelhante à flôr do fumo. Piabussu: valente. De py’a=coração+bussú=grande. O contrário, py’amirim, significa covarde. Piragibe: barbatana. De pirá=peixe+gibe=braço..
Poti: camarão. De po=mão+ty=ajuntamento, reunião.
Potiguassu: camarão grande.
Potira: flor. De mboty.
Riroca: casa da felicidade. De rory=felicidade, alegria+oca=casa.
Rudá: o deus do amor.
Saracura: Ave pernalta. De eçá racú ra, olho de calor, olhos de brasas.
Sucupira: Tipo de árvore.
Suruagi: invade por baixo.
Sinimbu: Camaleão.
Suassuna: Caça grande, preta.
Sucupira: Tipo de árvore de grande porte.
Taiá-assu: Porco selvagem chamado queichada.
Taiguara: onde nasce os filhos.de ta’y=filho (fala o pai) guará=local de nascer.
Tainá: filho do homem.
Tambaguassu: ostra grande.
Tamandaré: tamanduá voador
Tavíra: madeira de pedra, espada. De ita=pedra+yvyrá=árvore, madeira.
Tesaporam: olho bonito. De teçá=olho+porá=bonito.
Tibirissá: olho do chão. De tyvy=chão+reçá=olho.
Timbira: irmão.
Tininim: seco, muito seco. Seco ao sol.
Tindê: retilíneo verdadeiramente.
Ubiraci: mãe da vara, de yvyrá=madeira+ci=mãe.
Ubiraobi: arco-verde. De yvyrá=madeira, arco+obi=verde.
Ubiratam: vara rija, chuço, lansa. De ybyra=vara+atã=rijo, duro.
Uirandê: amanhã.
Upeva: água rasa. De y=água+peba=chata, rasa.
Urandi: água clara. De y=agua+ndi=luz.
Urubatam: uru (espécie de ave) forte.


Apelidios
Acatitado: olhos muito abertos, arregalados.
Apuçá: mouco.
Babáu: acabou, findou.
Batoré: baixinho e grosso.
Bebé: criança, José. Voar.
Berúca: mosqueiro.
Bilú: Lurdes.
Bicuara: raposa. Tipo de peixe.
Bichanim: gatinho.
Bidu: o mesmo que bitu.
Bitu: vento. De yvytú.
Bilúca: tira, arranca do chão. De yby=chão+úca=arrancar.
Biró: amargo, azedo.
Bíu: sebastião.
Buiúca: fazer amadurecer.
Cabeça de cuia: quem corta o cabelo redondo, como se tirasse o modelo por uma cuia.
Caipora: gente azarada. Pessoa que fuma muito. A Caipora é uma entidade protetora da selva. De Ca’a=mato+i=aquele que+pora= existe, esta ou habita ou ainda, fantasma= aquele que habita no mato, o fantasma do mato.
Caramujo: espécie de crustáceo de água doce. De cará=lento.
Caroba: folha de mato.
Caxi: genitália. Espécie de cabaço comprido.
Cherimbá: animal de estimação. Uma pessoa querida. Um bajulador. De che=meu+rimba=animal.
Chichiu: genitália.
Chico, Chicó: Francisco.
Curió: pássaro canouro.
Carimã: tipo de goma para mingau.
Catita: tipo de rato, pequeno e muito esperto.
Catôta: pucumam. Coisa fraca.
Dunga: maioral, o valentão. De túnga=o bicho de pé.
Gobíra: o mesmo que guabíra.
Guabíra: filhote de rato.
Panatí: borboleta.
Panemado: doente, azarado.
Pindóba: palmeira. Pessoa de compleição física delgada.
Pindúca: pesca de anzol.
Pitica: gente pequenina.
Pitôta: gente baichinha e grossa.
Pipotão: pé grande. De pipóra=rastro+ão=aumentativo potuguês.
Pitotó: cachimbo.
Purúca. usar, emprestar.
Popo. dez. pula, pula.
Popoca. pipoca, bolha, estouro.
Pororóca. forte, grande estrondo.
Quixaba. gente preta. Pequenina fruta, de cor muito preta. Árvore de grandes espinhos.
Surú: aparado, cortado. Do verbo tsoro=invadir, rasgar.
Manicáca: marido submisso.
Mocuréba: gente desajeitada, deselegante.
Nenem: criança de colo, na verdade significa “grande fedor”. De nem=fedor, havendo a repetição (nem+nem)do termo o que significa dobrar a intensidade do adjetivo.
Guabiraba: fruta de aprx. 1 polegada, de cor preta.
Guariba: tipo de macaco.
Sabiá: pessoa de pernas finas, olhos arregalados e vermelhos. De teçá mbyjá=olhos estrelas.
Manduca: de mba’é+úca= coisa tirada ou cortada.
Mandú: tipo de feijão.
Manú: Manoel.
Mingáu: calda de fécula de mandióca, milho ou araruta. Comida para recém nascidos.
Mossoró: estragar, tornar roto. De mo tsoró=rasgar.
Moxoró: enrugar.
Mundóca: Raimundo.
Tião: Sebastião.
Tico: Francisco.
Tijíba: Gilberto.
Tijibú: tipo de lagarto, de cor verde. Tindô: narigudo.
Tiririca: nervoso, enfurecido. Pequeno arbusto de afiados espinhos. De tiri=rachar, gretar.
Tororomba: cachoeira.
Tuiú: o largato teiú. O vagaroso, o velho.
Xande: Alexandre.
Xandú: Alexandre.
Xanduca: diminutivo de Xandú.
Xanóca: casa de gato. Minha casa.
Xororó: enrrugado.


Adjetivos.
Aboticado: arregalado, estufado, saido para fora das órbitas.
Acatitado: olhos pequenos e arregalados.
Ajojado: junto, pegado, igual. De ojoja, verbo igualhar, afinar.
Amojado: indivíduo de sorte. Animal em estado de gestação.
Araque: falso, de mentira.
Aruá: bobo, calmo. De aruá=pacífico, calmo. Um provérbio sertanejo diz que “besta é aruá que sai do molhado para morrer no seco”. Os sertanejos também dizem que a ova do aruá prevê o nível que as lagoas e açudes terão suas águas no inverno próximo. Suas ovas são remédio para ferida braba.
Assú: grande.
Badejo: gente de pequena estatura, quase anão. É o nome de um peixe.
Batoré: pessoa baixa e forte, atarraxada.
Biró: azedo, amargo.
Boboca: tolo, néscio.
Bocó: bobo, débil mental. De bocó, vasilha de cuité cuja imagem lembra uma pessoa com a boca sempre aberta.
Boró: grosso, pesado, mal acabado.
Brocoió: bobo, pessoa do mato.
Cabeça de cúia: cabeça chata. Tipo de corte de cabelo.
Caboclo. índio mestiçado com europeu. De ca’a=mato+boc=tirado, portanto, “tirado do mato”.
Cacaréco: troços sem valor.
Cacáu: Cláudio.
Caipira: matuto. De ca’a ipyra=habitante do mato.
Caipora: ser mitológico que bota azar naqueles que maltratam os animais. Gosta de fuma e dá agudíssimos assobios. Seus pés são voltados para trás para que sues rastros confunda os caçadores.
Cambada: grupo de pessoas.
Cangaceiro: praticante do cangáço. Bandido. De canga=cabeça+açu=grande.
Canguçú: um tipo de onça. De acam=cabeça+ussu=grande.
Capenga: coxo. De carénva=torto.
Capichaba: natural do estado do Espírito Santo. De tapichá= o próximo.
Carachué: bajulador. De cará=capaz+xué=de má qualidade.
Carijó: pintado com pequenas manchas.
Carióca: natural do Rio de Janeiro.De caria’y+oca= casa de jovens.
Caritó: solteirona. Pequena prateleira no canto da parede ou um nincho onde se depositam pequenos objetos domésticos.
Catimbó: feitiço. De cachimbo=cachimbo.
Catingueiro: morador da catinga.
Catinguento: fedorento.
Chororó: roto, estragado. De tsorô, rasgar.
Cobáia: préa, pequeno animal roedor, brasileiro. De sobáia=animal.
Combúco: côncavo.
Curempí: argentino, como os chamam os paraguaios. De curém pírê=pele de porco.
Coróca: velha esclerosada. De curuka=resmungo.
Curúca: triste, velho. Mesmo que coroca.
Curupira: ser mitológico semelhante ao da Caipora, localizado no Nordeste e o do Curupira é registrado entre os tupinambás do Rio de Janeiro.
Dedé: José.
Dudé: José.
Dudu: Eduardo.
Duro de Tinir: duríssimo. De tini=secar, enrigecer ao sol.
Imbiricicado: amarrado, inquirido, envolvido por cordas ou barbante. De yvyra+icica+ado= enresinado, colado.
Imbuanceiro. desordeiro. De imbuá, induá=enroscar-se.
Ipanemado: adoentado, azarado, doentio. De i paném va=enfeitiçado.
Jiquí: apertado.
Jiriquitáia: molhera, vasilha com pimenta braba. De jere=jirar+quy’i=pimenta.
Jirúca: homossexual masculino. Guarani. povo do Paraguai e do estado de São Paulo. De guarini=guerreiro.
Jeréba: crustáceo. Geraldo.
Jururú:triste.
Matuto: do máto, caipira.
Mambembe: de ma qualidade, groseiro. De mba’é bébe ou peba=coisa achatada, plana, sem graça.
Mirim: pequeno.
Mocó: animal brasileiro da família dos roedores.
Mococa: escondido.
Mucura: ladrão de galinha. Masurpial. De micura=raposa.
Nha, Nhô: senhor, senhora.
Páca: homosexual.
Pacovã: tipo de banana. De pacová=banana.
Pajé: feiticeiro.
Paraguaio: natural do Paraguai.
Paruára: tolo. De aruáva=pacífico.
Péba: chato, plano. Ma qualidade.
Pindaíba: Má situação. De pindá=anzol+yvyra=-árvore, madeira.
Pindóba: pessoa de pequena estatura e compleição delgada. De pindó=palmeira.
Pingúnço: Beberão. De Tim=nariz+uçú=grande.
Pirado: louco.
Pitotó: baichinho e grossinho.
Pixaim: encolhido. Cabelo de africano. De chaim=encolhido.
Pixéte: o mesmo que “cabelo pixaím”. De piché=tostado.
Pixóte: pequeno, insignificante.
Potiguá: natural do Rio Grande do Norte. De poti=camarão+y+gua=nascer. Nascido no rio Poty’y.
Preá: cobáia. De pere=lamber, raspar.
Puára: prostituta. Literalmente “emprestada’.
Púba: pôdre. Frágil.
Puído: frágil, se desfazendo, tecido velho soltando os fios. De pu’i=extinguir, acabar.
Pirangueiro: pidão, garapeiro, oportunista, usurário. De pirãia, pira ãi=peixe dente.
Quenguista: pessoa esperta, inteligente. De canga=cabeça.
Quilombola: refugiado em um quilombo. de Caa anhã bóra= alma, vulto escondido no mato.
Sabiá: sujeito das pernas finas e olhos avermelhados.
Sapéca: danado, atilado, atrevido. De sapi=queimar.
Sarará: negro mestiçado com europeu louro.
Tabaréu: morador da roça. De taba=aldeia indígena.
Tapéra: casa velha abandonada. Coisa que já não é mais. De taba=aldeia+puera=ex.
Timbó: tipo de cipó. De anuviar, enfumaçar, defumar.
Tinindo: endurecido por secagem em fogo lento ou ao sol.
Tingizado: tonto, embriagado. De tinguí, arbusto de folhas em palma as quais maceradas nos poços, faz os peixes boiarem tontos.
Toré: dança sagrada dos índios tupis. Gente de baixa estatura. De t o retê=que se eleve. uma buzina.
Tuchá. chefe. De tuichá=o maior.
Xaboqueiro: grosseiro. Mal acabado. De che a boque=eu tiro.
Xará: nome igual. De che rêra=meu nome.
Xôco: sem graça. Galinha depois da postura. Homem quando a esposa dá a luz.
Xué: de qualidade inferior.


Substantivos.
Adjunto de jurema: ritual da religião dos tapuias (ou dos tupis?)
Açaí: palmeira, comum no norte do país.
Acauã: ave de rapina.
Aguapé: camelote, planta aquática que põe flor de intenso perfume.
Aluá: bebida de baixa fermentação de frutas. De aruá=calmo, pacífico.
Amendoim: planta arbustiva, em cujas raízes nasce em um estojo, sementes oleaginosas.
Ananá: variação do abacaxi..
Anúm: tipo de ave, de cuja espécie existem as variações preto e branco. De ara um=arara preta.
Andiroba: árvore de madeira de lei. De, andira=morcego+ao=folha.
Apito: instrumento musical de sopro de uma nota, apenas. De pytê=sugar.
Araçá: fruta semelhante a uma goiaba, porém, de menor porte. No Paraguai, araçá, é a própria goiaba. Existem três variações: o comum, o araçá de nambu e o araçá açú, sendo este último dotado de um único e enorme caroço.
Arapiraca: tipo de fumo. “fumo de arapiraca”. Piráca significa “lamparina” no dialeto caboclo. Ára significa “tempo”, no idioma guarani. Em guarani, piraca, pode significar “fogo de peixe” se tomar o termo, como resultante da soma das raízes “pirá”, que significa “peixe”, com “tatá”, que significa “fogo”, certamente, a segunda raiz bastante deformada pela acócope que suprime a sílaba tônica e transforma o “t” em “c”, fato corriqueiro.
Araponga: o pássaro ferreiro.
Arapuá: tipo de abelha, pequena e preta, que quando atacada, revida penetrando pelos orifícios do agressor. De eira pua=mel redondo ou levantado.
Arapuca: armadilha de forma piramidal, para capturar pequenos e médios pássaros.
Arara: ave trepadora. Símbolo de valentia.
Araruna: literalmente, arara preta.
Araticum: fruta semelhante à gravióla, porém de aroma muito forte e agradável.
Aratú: tipo de caranguejo.
Arenga: discurso. De arenga=discurso.
Ariranha: animal aquático do porte de um quati.
Aruá: mesmo que uruá. Crustáceo de água doce. De aruá=calmo, pacífico.
Assaí: fruto de uma palmeira, comum no Norte do país, do qual, extrai-se suco usado na alimentação matinal da população.
Avacóra: tipo de peixe marinho, muito apreciado.
Babaçú: tipo de palmeia.
Bacuráu: tipo de coruja.
Bacurím: o mesmo que maturi. É também o leitão.
Badejo: gente muito pequena, quase anã. Tipo de peixe.
Badóca ou bodoque: arco que atira pedras.
Baiacú: peixe do mar que incha o ventre ao ser coçado. Peixe venenoso.
Banho de cuia: banhar-se usando uma cuia para por água sobre o corpo.
Baraúna: madeira preta. De yvyrá=madeira+una=preta.
Benjoim: árvore de resina medicinal.
Bicóca, bitóca: beijo.
Bichano: gato.
Bilóca: jogo infantil, com bolinhas de vidro, às quais se dá este nome. De yby=chão+óca=casa.
Bilôla: desmaio.
Biguá: pássaro aquático, marinho. De, yby=chão, terra+gua=nascido.
Brejui: o mesmo que benjoim.
Bóga: anus.
Boitatá: fogo fátuo. De mba’e=coisa+tatá=fogo, portanto significa, “coisa de fogo”.
Borocoió: o mesmo que “brocoió”. Gente sem conhecimentos, broca.
Botico: anus. Coisa que se salienta.
Caatinga: mata do semi-árido nordestino. De ca’a=mato+tinga=branco.
Caba: maribondo, no Para.
Cabatam: tipo de árvore. De caba=vespa+retã=região, país.
Caboré: tipo de coruja.
Cadúca: esclerosada. De ca’arúca=tarde.
Caiçára: cerca de pau a pique.
Caipira: matuto.
Caipóra: gente azarada ou que fuma muito.Duende protetor das matas.De caa=mato+i=aquele que+póra=no interior.”Aquele que está dentro do mato”.
Cajú: fruto do cajueiro. De aca=ponta+saidju, ju=amarelo.
Cajupiranga: caju vermelho.
Cambuím: pequeno fruto arbustivo.
Camumbebe: mato que faz voar.
Camurim: peixe do mar.
Camurupim: peixe do mar.
Canapum: arbustro, cuja fruta, é envolvida por uma bolsa, a qual, as crianças por divertimento, a estouram na testa provocando em sonoro estouro. De cama=seio+pu=som..
Caninana: tipo de cobra venenosa. Salvo engano, também é chamada de “corre-campo” o que seria uma confirmação de sua tradução: ca’a inhã va, “a que corre no mato”.
Canga. Peça de carro de boi, que prende o animal ao veículo, pelo pescoço, ou cangote. Instrumento de castigo para gado bovino posta sobre o pescoço. De acan=cabeça.
Cangacêro: bandoleiro do sertão nordestino e central.
Cangaço: monte de trastes, grupo de bandoleiros nordestinos.
Cangapé: brincadeira aquática, onde os contendores, dam saltos, tentando atingir o oponente na cabeça, utilizando o pé.
Cangalha: apetrecho do arreame para jumento.
Cangatí: pequeno peixe de água doce. De canga=cabeça+ti=branca.
Canguçú: tipo de onça. De canga=cabeça+ussu=grande.
Cangueiro: boi que usa a canga, no carro de boi. Pessoa que dirige ruim, um veículo.
Canjica: caldo de milho cozido ao ponto de papa.
Canjerê: festa,dança. De jere=jirar.
Capão: ilha de floresta. De ca’a=mato+puam=redondo ou ainda ca’a pa’um=mato separado.
Capim: grama, gramínea. De ca’a=mato+pim= estreito, delgado.
Capivára: grande animal roedor. De capim=gramínea+guára=nascido.
Capuchú: tipo de abelha.
Capoêra: mata renascida, depois de derrubada. Jogo de destreza física. Arte marcial brasileira. De ca’a puêra: ex-mata.
Cará: espécie de peixe de muita espinha. Tipo de tubércole, parecido com o inhame. Áspero. De cará=o capaz, hábil. Áspero.
Caramorú: peixe moréia.
Caramujo: caracol.
Carapanám: moriçoca, no Para.
Carapéba: tipo de peixe. De cará peba= o cará chato.
Carrapêta: pinhão de dedo. Gente tonta. Gente baixinha e danada.
Carapirá: pássaro marinho.
Caraúba: tipo de árvore, que dá cachos de flôres amarela. De cara=áspero+yvyra=árvore..
Carimã: bolo de goma, para mingáu.
Carimbó: dança paraense. Nome de um tambor.
Caritó: nicho ou pequena prateleira na parede uma casa de barro. Expressão popula: “ficar no caritó” significa Ficar sem casar.
Caruá: planta de cujas folhas se extrai fibras para a confecção de cordas.
Catapóra. Varíola. De tatá=fogo+póra=interno, portanto, febre.
Cateretê: rítimo e dança.
Catimba: fingimento, ação premeditada.
Catimbó: feitiço. De timbó=Fumaça, embriagues.
Catimbozeiro: praticante do catimbó, feiticeiro.
Catinga: mata do semi-árido do nordeste brasileiro. De, ca’a=Mato+tinga=branco.
Catira: cancã sulista. De ca’a=mato+ira=mel=mel do mato.
Catita: espécie de rato muito pequena.
Catiripapo: pancada, surra.
Catôta: semente de pucumã.
Cauím: bebida fermentada, feita de frutas ou mandioca.
Caviúna: árvore de madeira de lei. De ca’a=mato+una=preto.
Caxambú: gênero musical,
Caxixí: pequeno cesto de cipo, usado como maracá no berimbau de barriga.
Chabóque: pedaço arrancado. De che a’o pehenge.
Chaboqueiro: grosseiro, de feições grosseira.
Chambarí: músculo da canela, panturrilha. De chambarí, idem.
Chenheém: gênero musical nordestino. De che nhe’em=minha fala.
Chenhenado: uma queda por alguém, um namoro disfarçado. De che nhe’em=minha fala+ado, sufixo
Cherimbaba: animal de estimação, pessoa bajuladora. De che himbá:meu mascote.
Craúna: pássaro canouro, de cor negra. De ara=pássaro trepador+una.preto.
Cioba: tipo de peixe, de cor rosada.
Cipó: trepadeiras de caule forte, usados para confecção de cestos e cordas. De ici=pegar+pó=mão.
Cipoada: pancada desferida com cipó.
Cipoal: emaranhado de cipó. Complicação, embaraço.
Cirí: pequeno crustáceo, da família do caranguejo. De ciri=sangrar, esguinchar, chiringar.
Ciriá: dança paraense e nordestina.
Cirigado: tipo de peixe marinho.
Cirirí: dança nordestina.
Ciririca: mastubação.
Cócora, cóca: a tradicional posição de defecar.
Cruêra: massa de mandióca usada para fazer beijú. De curucuêra.
Coité: fruto da cuitezeira, de cujos frutos se faz as cuias. De cuia ete.
Coivara: forma de desmatar, utilizada pelos tupis, incendiando o mato.
Copaíba. Árvore cuja seiva é medicinal.
Copiá: alpendre. De coty=quarto, aposento.
Cotia: animal roedor de médio porte.
Cucúia: acabar, cair de maduro. Ir pras cucúias. De cucúi=cair (de maduro).
Cuia: vasilha feita com a metade de uma coité.
Cumbúca: armadilha para macaco, feita com um cabaço, dentro da qual se põe uma fruta.
Cumarú. Árvore medicinal, cujas cascas e folhas cozidas, são utilizadas em banhos para moléstias da pele. No Paraguai é conhecido por “curupá” ou “árvore do feiticeiro” de cuja madeira se faz amuletos.
Cupim: tipo de inseto que se alimenta de madeira.
Curica: tipo de papagaio pequeno.
Curicáca: tipo de papagaio..
Curimatã: peixe de água doce.
Currimboque: estojo de guardar rapé.
Curuba: tipo de micose, coceira que deicha a pele do paciente encaroçada como a pele de um cururú. De curuva: encaroçado.
Cumandá: feijão.
Curúca: senil, cadúca. De ca’arúca=tarde, velho.
Curumim: menino.
Curupira: entidade sobrenatural, que tem corpo de criança.De Curu=criança+píra=corpo.
Cururú: sapo, animal batráqueo. De curú=ronco, cururu=roncador.
Eichúí: casa de abelha. De eichuí=colméia.
Embuá: inseto anelídeo. De ndu’a=abraçar.
Gabirú: tipo de ratazana.
Guajá: tipo de caranguejo marinho de grande porte. Do tupi, guajá=caranguejo.
Gajirú: árvore parecida com o cajueiro cujos frutos outora eram vendidos na feira. Parece uma mangaba, pois tem leite, quase mesmo temanho e cor verde muito semelhante, mesmo maduro.
Gambá: animal massurpial, que expele intenso mal odor.
Garapa: adocicada.
Garatúja: desenho infantil. De coatiá=marca, cor, pontos, buracos.
Gravata: planta xerófita.
Goiamúm: caranguejo menor que o caranguejo uçá, de casco azulado. De guaiá úm=caranguejo preto.
Goiti: fruto do goitizeiro, tem o tamanho de um punho, cor amarela, e um grsnde carôço polido.
Goláçu: gol notável. Do inglês “gol”+assú=grande.
Guaiúba: tipo de peixe.
Guandú: tipo de feijão selvagem.
Guará: animal canino, americano. Lobo brasileiro. Também é o nome de uma ave pernalta.
Guaraná: árvore cuja fruta, contém muita cafeína, sendo usada como estimulante.
Guariba: tipo de macaco brasileiro.
Guariroba: tipo de fruta.
Guaxinim: animal parecido e do porte de um cachorro
Gurí: Menino.
Gurinhaém: tipo de chibata usada por tropeiros.. De guri=garoto+nhe’em=fala.
Igaçaba: jarra.
Igapó: gamboa. De y=água+apo=mão.
Igarapé: riacho navegável. De, igára=canoa+ape=caminho.
Imbé: planta aquática. Imbira: corda de casca de árvore ou arbusto. Tipo de árvore, de cuja casca se tece cordas, alças, panos e revestimento
Imbirapiranga: o mesmo que imbirapitám.
Imbirapitam: Pau Brasil. Literalmente, madeira vermelha.
Imbiricica: feixe, molho. Coisa bem amarrada.
Imbú: fruto do imbuzeiro, árvore da caatinga, em cujas raízes armazena água. De y=água+bóra=existe.
Imbuá: inseto que enrola-se ao ser tocado De enduá,patuá=envolver, enrolar.
Imbúia: madeira de lei.
Imburána: árvore, cuja madeira, é utilizado para esculturas e xilogravuras, além de tamboretes, portas e mesas. De imbú+rana=parecido, portanto, “parecido com imbú”.
Inajá: tipo de gavião.
Ipê: árvore, de madeira de lei, utilizada pelos tupis, para fazerem seus arcos, daí ser também conhecida por “pau d’arco”. Pato.
Ipuêra: lagoa seca, poça de água de chuva.
Iraquitã: talismã com forma de rã, esculpido em pedras semi--preciosas.De mbo=fazer+ira=mel+quitam=rijo, duro.
Irerê: tipo de pássaro.
Itã: concha.
Itambé: Coisa de pedra. De ita=pedra+mba’e=coisa.
Jaboti: animal quelônio.
Jaburú: tipo de ave pernalta. Pessoa pesada, vagarosa, triste.
Jacá: tipo de balaio quadrado.
Jacarandá. árvore de madeira de lei.
Jacaré: réptil anfíbio, da família dos crocodilos. De icarém=o torto.
Jacaréassú: jacaré grande.
Jacarémirim: jacaré pequenho.
Jaçanã: pequena ave pernalta, de cor preta, com detalhes vermelhos.
Jacú: tipo de ave galinácea.
Jacutinga: variação do jacu. É o jacu branco.
Jabiráca: significada impreciso.
Jaburú: ave pernalta, de grande bico. Adjetivo, triste.
Jaborandim: planta medicinal.
Jaboti: répteil com carapaça, da família da tartaruga. Cágado.
Jaboticaba: fruto muito preto, pequeno, que nasce em árvore de pequeno porte, pregada diretamente no tronco e galhos.
Jaibára: o torto, empenado. De i ava pára= o homem torto.
Jandaíra: tipo de abelha.
Jandáia: ave trepadora, parecida com a arara, porém, sendo ela, toda verde.
Jararáca: tipo de cobra venenosa.
Jati: tipo de abelha.
Jatobá: tipo de árvore.
Jaú: tipo de pássaro aquático..
Jequitibá: tipo de árvore.
Jenipapo: fruta do jenipapeiro, árvore de cuja casca, extrai-se tinta preta.
Jerico: jumento. De jerico=tartaruga.
Jerimatáia: planta medicinal.
Jereba: crustáceo.
Jereré: rede de pescar. De jere=girar, rodar.
Jerico: jumento. De Jericó=tartaruga.
Jerimatáia: planta medicinal.
Jia: rã.
Jibóia: cobra que mata suas vítimas, apertando-as com o corpo. De, ji=braço+mbóia=cobra.
Jiquí: apertado. De jiqui=apertar.
Jiráu: palanque ou mesa para armazenar objetos ou comida. Pode ser pendurado nos caibros ou sobre forquilhas.
Jiriquitáia: vasilha contando pimenta braba, cachaça e outros temperos. Molheira.
Jiriquití: também conhecido por “mosquito mole”, medindo cerca de um milímetro e meio, de cor preta e que aparece de nuvens na safra da manga, perturbando os meninos com cutucadas em suas perebas.
Jirita: o mesmo que maritatáca.
Jitirana: trepadeira cuja rama e flor, assemelha-se as da batata. De, jiti=batata+rana=parecido.
Juá: fruto do juazeiro, a única árvore da ca’atinga, que não seca.Tem espinhos, grandes e fortes, suas folhas mascadas, servem para limpeza bucal. O dito fruto,é pequeno, tendo um caroço, grande e duro. É amarelo e de doce paladar. De ju=espinho+iva=fruta.
Juazeiro: árvore cujo fruto é o juá.
Jucá: árvore de porte médio, de galhos invariavelmente retorcidos. Madeira muito resistente, usada para a confecção de tacapes. De, ojucá=verbo matar.
Juruá: o mesmo que juá.
Lambarí: ave pescadora? No Paraguai é um chefe lendário que aparece ressuscitado nas xilogravuras, nos jornais editados durante a Guerra do Paraguai.
Lenga-lenga: fala-fala. Conversa comprida. De arenga-arenga=discurso longo.
Macaíba: palmeira cujo tronco tem um bucho, próximo à base das folhas.
Macaxera: raiz comestível, semelhante, em tudo, com a mandióca, a diferença é que a mandióca, cozida é venenosa.
Macuco: ave noturna que marca as horas com seu canto.
Maguarí: ave pernalta. De mbeguere=vagaroso.
Mamucába: corda de fios de algodão, usada na tecelagem de redes. De mba’e=coisa+mum, inimúm=fio+ caba=instrumento.
Manacá: tipo de árvore
Maracá: chocalho sagrado. De Mara=guerra+ca, caba, saba=instrumento.
Mandióca: raiz utilizada pelos índios na sua alimentação básica, diária. Com ela se faz, tapióca, bejú, grude, mingáu, farinha e bebida alcólica. De mani=personagem lendária cujo corpo transformou-se nesta raiz comestível+oca=casa. “casa de Maní”.
Mangirióba: arbusto silvestre de cujas bargens, no sertão se faz uma beberagem semelhante ao café. De mani=manioca+cirescorre+oba=folha.
Manipéba: tipo de mandióca que não cresce linheira. De mani’o+peba=mandioca chata.
Manipuêra: líquido extraído da mandióca, que contém ácido anídrico. Com ele se faz aguardente. De mani=personagem lendária+puera=ex.
Manipuba: mandióca mole. Tipo de massa. De mani=manioca+puba=podre, mole.
Mandú: espécie de feijão. De mam=coisa+endu=cintura.
Mangaba: pequena arvore da qual extrai-se látex. Seu fruto é comestível.
Mangangá: grande besouro que voa baixo, fazendo grande zumbido.
Mangará: a parte de baixo de um cacho de bananas.
Manjericão: arbusto de folhas aromáticas.
Manjiróba, manjirióba: arbusto de cujas vagens se faz uma beberagem semelhante ao café.
Maniçóba: árvore da qual extrai-se latex. Folhas da mandióca. De mani=mandióca+óba=folha.
Manibú: capim navalha. De mani=tubércule+mbo=contém, existe.
Manipeba: variação de mandioca. De mani=ser lendário+peba=achatado.
Maniva: caule da mandióca. De mani=manióca+yvyrá=madeira.
Manjúba: tipo de peixe.
Maracá: chocalho. De mara=guerra+ca=instrumento.
Maracajá: gato do mato, de cor avermelhada, daí também ser conhecido por gato vermelho.
Maracatú: rítimo musical. De maracá=chocalho+catú=bom.
Maracujá: fruta de uma trepadeira, de propriedades sedativas e calmantes. Maracujá-peroba: tipo de maracujá cuja casca é enrugada.
Marapuama: planta medicinal. “remédio de guerra”. De Mara=guera+poçanga=remédio.
Maranha: vigarice, trama, enrolada. De marâ: mancha, defeito, erro ou pecado.
Maritatáca: tipo de animal, que expele gás, como defesa. De himbá=animal+tatá=fogo+ca=instrumento.
Marreco: pato.
Mata: floresta. De yvyrá máta=árvore.
Matruá: palhaço do grupo folclórico caboclinhos. Talvez a origem da palavra seja maturá, espécie de feira praticada pelo grupo tupi/guarani.
Maturí: vinga de caju, ou outras frutas. De mba’é=coisa+curi=que será.
Meganga: soldado de polícia. De meganga=despresível.
Mendobim: amedoim.
Merety: sítio das moscas. De merú=mosca+ty=reunião. Também é nome de uma palmeira parecida com a carnaubeira, sendo o merity, de menor porte.
Meretibe: no sítio das moscas. De meru=mosca+ty=reunião+pe=em.
Meruim: pequeno mosquito, habitante dos mangues, que ferroa ao anoitecer. De meru=mosca+im=pequena.
Mico: tipo de macaco.
Minhoca: inseto anelídeo, que vive sob a terra. É usado como fertilizante. De yby=terra+oca, portanto, casa de terra.
Mipinguarí: ser lendário do Amazonas. Grande animal peludo, com um só olho e boca na barriga. É antropófago e mora em cima de uma árvore.
Mirinda: não pequeno.
Mocica: puchavante. De mbo=fazer+cica=chegar, portanto, “fazer chegar”.
Mochicão: puchavante grande.
Mocó: animal roedor, maior que um preá. De mocói=dois ou mocõ=engolir.
Mococa: escondido. De mo=fazer+oca=casa. fazer casa.
Moqueca: comida feita de carne ou peixe, assado envolto em folhas, em forno primitivo, enterrado no chão. De mbo=fazer+caê=seco.
Moricí: árvore que produz pequenas frutinhas amarelas. De mo=fazer+rici=resina.
Moringa: quartinha, vasilha para guardar água para beber. De mbo=fazer+y=água.
Mororó: planta medicinal conhecida por pata de vaca, com propriedades farmacêuticas, no tratamento da diabete.
Muamba: coisa escondida, contrabando. De mbo=faz+mbaé=coisa.
Mucuim: tipo de inseto, de porte de uma pulga.
Mucumbú: o osso conhecido por cóxis.
Mucura: tipo de masurpial. De mocõ=tragar, engolir+ra, ba ou va=partícula que adjetiva o verbo.
Mucureba: sujeito bisonho e sem escrúpulos. De mocõ=engolir+re, retê=partícula superlativa+ba=partícula que adjetiva um verbo resultando em “aquele que come mesmo”.
Muquirana:De mo=fazer+quirá=gordo+rana=falso.
Murici: frutinha amarela. “em tempo de murici, cada qual cuide de se”, foi a ordem do Cel. Tamarino quando se viu cercado pelos jagunços de Antonio Conselheiro.
Mundéu: tipo de armadilha. De mondê=enfiar.
Mussambê: arbusto medicinal usado como expectorante. De posan=remédio+mbae=coisa.
Mutamba: o mesmo que muamba?
Mutirão: trabalho em conjunto. De mbo=fazer+ty=reunião+irum=companheiro.
Mutum: ave também conhecida como “pavãozinho”.
Nambú: pomba que corre escondida no capinzal. De nham=correr+mbu=oculto.
Nambuape: tipo de nambu.
Nenem: bebé. De néném= fedor nauseabundo.
Nha, nhô: senhor, senhora. Pessoa de respeito. De nha=tratamento usado para pessoa de respeito.
Nhem nhem nhem: falatório comprido. De nhe’em=falar. A repetição de uma palavra ou última sílaba, é uma forma de superlativo da língua tupi. Por exemplo. “neném, piripirí, caracará.
Oiti: tipo de árvore utilizada na arborização do Tirol.
Oiticica: árvore das várzeas sertanejas, de cujo fruto, se extrai óleo inflamável.
Orubá: festa religiosa de povos tapuias.
Paca: grande animal roedor brasileiro. Gíria: homossexual masculino.
Pacará: tipo de bolsa de palha. Tipo de jogo de baralho.
Pacovã: tipo de banana. De pacová=banana.
Paçóca: comida feita de carne, amendoim ou castanha pilada com farinha de mandioca.
Pajelança: feitiço. De pajé=feiticeiro.
Pamonha: comida do ciclo junino. Feita de caldo de milho cozido em um patuá de palhas de espiga de milho.
Panacú: cesto de guardar roupa.
Paiacú: tribo tapuia do Apodi. Baiacu é um peixe do mar, venenoso.
Patota: turma, grupo de gente. De opa=todos+ tota, topa=encontro.
Patuá: caixa, pequeno pacote feitiço. De pa=todo+enduá=envolver, enrolar.
Peitica: teima.
Pepaconha: arbusto de raiz medicinal. De ipecaconha= órgão genital da pata.
Pereba: ferida, infecção dérmica, por estafilococos. De pire=péle+obá ou opá=acaba, destrói.
Peróba: tipo de árvore. De pire=pele, couro+oba, ova ou o’a= folha. “folha de couro.
Pererê: saltitar.. De pererê=saltitar, inquieto. Saci Pererê, de Sacy ou Jacy pererê=aquele que saltita desordenadamente. Lua, estrela que saltita, ou seja a brasa do cachimbo do Sacy brilhando no escuro, como diz a lenda.
Perereca: tipo de rã de pequeno porte e de cores variadas, amarela, cinza e verde. De pererê: saltitar+ca=instrumento..
Peteca: tipo de jogo juvenil. De pete=tapa+ca=instrumento.
Petúnia: flor nativa. Palavra adotada pela língua francesa. De petym=fumo.
Piá: coração. filho do homem. De py’a: entranhas, fígado ou coração.
Piaba: peixinho muito pequeno.
Piáu: tipo de peixe de água doce.
Pichincha: pequeno valor. De michim=pouco.
Picica: azar, interferência nefasta de outrem. De pici=pegar+ca=instrumento.
Piciríco: fornicação. De i=aquele+ciri=esguincha, chiringa+iço=está.
Picuái: troço velho. De picuái=tipo de bolsa.
Piqui: pequeno arbusto de cujas sementes se extrai óleo de uso culinário de cor verde.
Pimba: pênis.
Pindaíba, pindaúba: vara de pescar.
Pindóba: tipo de palmeira. De, pindó=palmeira.
Pindorama: primitivo nome do Brasil, o País das Palmeiras. De pindó=palmeira+rama=região, país.
Pinduca: possivelmente, “pinsar, pescar, tirar forma sorrateira. De pindá=anzol+uca=tirar, mandar.
Pingunço: beberão. De Tim=nariz+guassú=grande.
Pinóia: bufa. De pinõ=peido.
Píra: corpo. Da expressão “dar no píra”ou tirou o píra”.
Piráca: candeeiro, lamparina.
Piracema: período de desova de alguns peixes que se mudam nesta ocasião.
Piranha: peixe carnívoro, voraz. Gíria, protistuta. De pirá=peixe+ãi=dente.
Pirirí: diarréia. Fritura. De chyryry=fritura.
Pipoca: comida de milho. De pire, pi=pele+póka=explosão.
Piquí: tipo de fruta.
Piraca: lamparina.
Piracema: pescaria. De, pira=peixe+cema=saida.
Pirambéba. mesmo que pirapembéba.
Pirapembeba: tipo de peixe. Literalmente, “peixe chato”.
Pirarucu: grande peixe de água doce. De pira=peixe+urucú=açafrão.
Pirrita: tipo de rocha. Ita=pedra.
Piroca: pênis. De ypy=extremidade+róca=pelado.
Piroga: canoa.
Pirú: fraco, seco, magro.
Pitaco: opinião, palpite. De pytá=ficar.
Pitanga: pequena fruta de cor vermelha. De pitan=vermelho.
Pitaraca: secreção seca, presa à mucosa do nariz.
Píto: canudo do cachimbo, vávula.
Pitôco: pequena saliência, pessoa de baixa estatura.
Pitomba: frutas em cachos que lembram os da uva, porém sua casca é dura, e tem um só caroço, que se parte em dois. No Norte, a pitombeira é uma palmeira.
Pitotó: cachimbo.
Pitú: espécie de crustáceo semelhante ao camarão, porém muito maior.
Pituba: um tipo de abelha.
Pituim: fedor.
Pium: espécie de mosquito. De, py=pé+um=preto.
Piúba: ponta de cigarro. Madeira de fazer jangada.
Pichano: gato. Também bichano. Em guarani, gato é chamado mbaracajá.
Priquití, piriquiti: tipo de cipó que bota pequena vargem, contendo sementes de vermelho vivo e um ponto preto.
Puçá: espécie de rede de pescar. De pohaçá, pó=mão+haçá=passar.
Ponguá: punhado, porção. Nome da medida “mão de milho”, usada pelos vendedores de espigas verdes, durante o período junino, corresponde a 50 unidades, nasce do termo ponguá. De pó=mão+guá= origem.
Porrada: pancada com a mão. De pó=mão.
Porongo: cumbúca de barro para transportar água.
Preá: pequeno roedor. De apere’a.
Punaré: tipo de peixe e de rato.
Quati: tipo de animal.
Quenga: casca da amêndoa do coco. De acã=cabeça.
Quengada: golpe de inteligência.
Quengo: alto do crâneo. De akã, acanga=cabeça.
Quicé: faca.
Quilombo: coito de negros fugidos. De ca’a anhã bóra=vulto dentro do mato.
Quilombola: habitante de quilombo.
Rapé: pó de fumo e cumaru, para fazer espirar,
Sabiá: pássaro canouro. De sabi’a.
Sabiá gonguê: variação da espécie acima. De sabi’a onguê= sabiá defunto, finado, fantasma.
Saburá: substância da qual as abelhas produzem o mel.
Samburá: cesto de cipó, onde o pescador guarda o pescado.
Sapê: tipo de palmeira.
Sapiranga:conjuntivite. De eça=olho+piranga=encarnado.
Sapo: cururú. De teçá po=olho saltado.
Sapopemba: tipo de árvore.
Sapucáia: tipo de árvore tropical cujo fruto é uma grande amêndoa cuja casca sugere um vaso de 20 cm de diâmetro. De sapucaí=grito.
Sapucai: rio da sapucáia. De Sapucái’y, sapucaí=grito+’y=agua: “Rio da sapucáia”.
Saráça: tipo de formiga que tem predileção por doce.
Saracúra: tipo de pássaro, da família dos galináceos.
Saruê: o timbú.
Saúva: formiga.
Seringa: instrumento médico para aplicação de remédios na veia ou no tecido musculoso do paciente. De siri: sangrar, escorrer, esguinchar.
Seringeira: árvore da qual se extrai a borracha.
Shelita: mineral do tuguestênio. O sufíxo ita, é tupi e significa pedra.
Siriríca: masturbação. De siri=esguinchar.
Socó: pássaro que caça na lama e água do manguesal. De tso(ro)icô, suruico, invadir vivendo.
Socó-boi: socó de maior porte e de cor acastanhada.
Soím: pequeno macaco. De so’o=caça+im=pequeno.
Surucucú: tipo de cobra, não venenosa. De surú=invadir+cutú=furar.
Sucupira: árvore de madeira de lei.
Sucurí: tipo de cobra sem veneno.
Sucurijú: cobra gigante. De sucuriju, cobra sucuri amarela ou talvez encantada.
Suruba: bacanal. De surú:invadir+ba, va= partícula substantivadora.
Surubajá: tribo (carnavalesca) de Natal. De surúba=invasão+já, jára=senhor, o dominante.
Sururú: crustáceo, tipo de ostra. Confusão. De sururu, tsurú=rompimento, invasão.
Quináu: pergunta sem resposta.
Taba: aldeia.
Tabatinga: barro branco utuilisado na produção de quartinhas.
Tabóca: versão brasileira do bambú. Usada para confecção da bomba do fogo de artifício conhecido por foguetão.
Tabocada: pancada barulhenta.
Tacacá: comida paraense, feita de mingáu de mandióca.
Tacaca: mesmo que maritataca.
Taióba: tipo de crótom. De ta’y=filho+oba=folha.
Taiá: porco do mato, conhecido por “queichada”. De tãi=dente.
Tambá: concha, genitália.
Taquára: espécie americana de bambú.
Taquarí: variação de taquara.
Tapéra: vasa velha, abandonada. De taba=aldeia+puéra=sufixo que determina a atual inexistência.
Tapióca: comida feita de goma de mandióca. De tapy=anta+a’o=roupa.
Tapuio: índio.
Tatu: animal desdentado
Tamanduá: animal desdentado.
Tambatajá: tipo de crotom, cultivado com fins mágicos, no Para. De tambá=concha+ta=muito+já, jará=senhor.
Tambetá: jóia de pedra semi preciosa, usada em uma perfuração no lábio inferior . De tembê=lábio+ita=pedra.
Tanajura: formiga mãe do formigueiro.
Tangará: tipo de pássaro.
Tauá: barro. Tauápiranga: barro vermelho.
Teiú ou teju: lagarto de cerca de 1,30cm de comprimento. De teiú= lagarto.
Tejuassú: o teju, grande.
Ticúm: pessoa de pele muito escura.
Tijibú: espécie de lagarto, de cor verde, menor que um camaleão.
Tijuca, tijuco: atoleiro. De tujuco=lamaçal, atoleiro.
Timbaúba: árvore de grande porte cujo fruto é usado como sabão. Também conhecida por tambor. Com seu tronco, os caboclos constroem barcos monoxílicos cujo desenho é semelhante ao de Pocarrontas, do desenho animado do produtor americano Valter Disnei.
Timbó: cipó usado para cestaria. De timbó: neblina.
Timbú: tipo de masurpiáu.
Tinguí: espécie de cipó usado para pescaria em poços. De timbo’y= água turva.
Tinguizada: local adequado para este tipo de pescaria.
Tipóia: espécie de rede nas quais as mães carregar os recém-nascidos escanchados nos quadris.
Toró: chuva torrencial.
Tiririca: tipo de capim. De tiri=rachar, fissurar.
Toca: casa.
Tocaia: emboscada, armadilha. Espécie de esconderijo, onde o caçador espera a caça.
Topada: tropeço, encontro. De topá=encontrar.
Topar: encontrar.
Trapiá: árvores cujos frutos em cacho, lembram os testículos, daí, a palavra em guarani, tem este significado, tarapi’a.
Tubiba: tipo de abelha.
Tucupí: tempero paraense.
Tupi: pequeno, nação indígena.
Turica: desmaio.
Tutú: comida amassada com a mão, em pequenos bolinhos em forma elipsóide. Dinheiro. De temi’ú=comida.
Ubáia: frutinha amarela, muito azeda.
Urú: grande cesto de cipó ou de couro.
Uruá: tipo molusco com carapaça, também chamado lolô. “Besta como...” De aruá=pacífico.
Uruassú: grande cesto ou enorme bolsa de couro. De uru=cesto+ussú=grande.
Urubú: ave de rapina, da família do abutre. De yryvú.
Urucú: açafrão. De uru=cesto+cum, pecúm=língua.
Uruçú: tipo de abelha, que produz mel escuro.
Urupema: peneira. De uru=cesto+pema=chato.
Xabóque: pedaço tirado com violência, arrancado. De xe a=eu(e a respectiva flexão verbal)+boc, ‘o=retirar, arrancar.
Xerém: resto do milho pisado, peneirado e tirado a palha. De perém=pedaço.
Xibéu: merenda de farinha com mel e polpa de frutas. De che mi’u= minha comida.
Xibiu: vagina.
Xincho: tipo de bromácea.
Xirú: companheiro. De che irúm=minha companhia.
Xôco: período que sucede ao nascimento, quando o homem submete-se a um resguardo, em função do nascimento do filho. Diz-se “estou no xôco”. Usado também para as galinhas, que chocam os seus ovos.
Xochóta: vagina.
Xulé: fungos nos pés.



Verbos

Aboticar: tornar saliente. Abrir demasiadamente. De mbo=fazer+ti= saliente, reto ou mboti=fechar.
Ababacar: enganar, iludir. De babá=virar, tombar.
Acatitar: arregalar . De catiti=lua nova, ou catita, pequeno rato.
Botar Picica: azarar.
Acocorar: ficar de cócoras. De aco=forma triangular.
Ajojar: por em um mesmo passo os bois de um carro. De ojoja=afinar, por em sintonia.
Amirinhar: humilhar. De mirim=pequeno.
Amojar: engravidar.
Amoquecar: encolher-se.Esconder-se, fazer pacote. De mo=fazer+que, caê=secar. A moqueca é feita empacotando o peixe ou a carne que vai ser moqueada.
Apitar: fazer uso de apito. De pitê=sugar.
Atocaiar: aguardar escondido a passagem de alguém ou de um animal.
Babau: acabou. De opa=findar.
Bebúia: boiar. De vevúi= flutuar.
Botar: por. De mombó= por, jogar, depositar.
Brechar: olhar, olhar escondido, discretamente. De essá=olho.
Destabocar: destampar com pancada. Dar porrada.
Embiocar: entrar, se esconder.
Enjicar: se retrair, empancar, emburrar. De jiquí=apertar.
Enjoar: aborrecer. De jo’a=enjuriar.
Caducar: tornar-se senil, esclerosado. De ca’arúca: tarde.
Cagar: defecar. De ca’á=defecar.
Capinar: derrubar o mato, aparar o capim.
Capengar: cochear. De carém=torto.
Capinar: cortar ou aparar capim. De ca’a=mato+Tim, pim=retilíneo.
Catimbar: enganar, convencer.
Catimbozar: fazer feitiço.
Catucar: fustigar, furar. De cutú=furar.
Chabocar: arrancar pedaço.
Chingar: ofender com palavras. De michim: pouco.
Chocar: tornar sem graça. Fazer os ovos nascer. Ter filho.
Empoxisado: anorrecido. De poxi=aborrecido, zangado.
Chuezar: tornar de mal qualidade. De chué ou cha’e=de má qualidade.
Coiózar: dar assobios agudíssimos. Tornar imprestável.
Combucar: dobrar para dentro, curvar-se, tornar-se côncavo.
Cochichar: falar baixo, em segredo.
Cucúia: cair de maduro. Da expressão “foi pras cucúia”.
Desentocar: arrancar, tirar do esconderijo.
Destabocar: abrir com estampido, com violência.
Héim?: como? O que? De he’im=diga, forma imperativa e apelativa, do verbo dizer.
Encandiar: ofuscar, cegar momentaneamente por dilatação brusca da pupila.
Encapueirar: deixar nascer o mato novamente.
Ematar: tornar mata. De yvyrá mata=árvore.
Embasbacar: entontecer, fazer de besta. De babá=tombar, virar.
Embiocar: entrar sem cerimônias, abruptamente. De ibi=chão+óca=casa.
Empanemar: adoecer, amarelar, azarar. De panem=feitiço.
Encandeiar: ofuscar. De endy=luz.
Entocar: esconder, guardar.
Escambichado: de perna abertas como um cambito.
Escangalhar: areganhar, abrir exageradamente.
Escangotar: quedar a cabeça para traz.
Espocar: explodir.
Dar quináu: fazer pergunta que ninguém responde.
Espiar: olhar com ateção, curiar. De teçá pyá, chipyá=olhar.
Imbiricicar: emaranhar, por em apuros. De mby=fazer+icica=cola.
Impar: regurgitar, engulhar.
Ir embora: ir-se, sair de um ambiente. De atimbóra=assomar de dentro.
Ispiar: olhar com intensidade. De tesapy’a=ver com acuidade.
Japi: atirar pedras.
Jupi: subir.
Macaquear. imitar, caricaturar, agir como um macaco.
Mirinhar: diminuir. De mirim=pequeno.
Mocar: acertar. De pokã=conseguir, alcansar.
Mocicar: puxar. De mo=fazer+cica=pregar.
Moquear: assar. De mo=fazer+caê=seco.
Paquerar: flertar, olhar para pessoas do sexo oposto tentando seduzir. De paca, grande animal mamífero sul americano.
Pebar: achatar, por em mal situação. De pém: quebrar, é também o adjetivo”chato”, laminar.
Petecar: bater. De pete=bater com a mão aberta.
Pererecar: agir como uma perereca, saltitando, estar inquieto.
Perebar: ferir a pele, nascer ferimentos purulentos.
Picicar: azarar. É também firmar o pensamento em algo.
Piciricar: copular. De ciri=isguinchar.
Pichinchar: regatear, pedir abatimento. De michim=pouco.
Pigorar: querer de graça, ou por pequena quantia.
Pimbar: ter relações sexuais.
Pipinar: cortar em pequeno pedaços.
Pipocar: explodir, estourar. De pire=pele+poka=estouro.
Pirangar: querer conseguir grátis. De pirãi=peixe dente, a piranha.
Pirar: enlouquecer. De “dar no pira” que significa sair correndo, como acontece de muitas vezes da pessoa surtar e partir em desabalada carreira.
Pirocar: ter relações sexuais.
Pitar: fumar.
Pixinchar: tentar adquirir por menor preço. De michim=menor.
Priziacar: incomodar, chatear.
Puir: romper, estragar. De po’i=parar, suspender, acabar.
Quarar: alvejar ao sol roupas brancas). De quaracy=sol.
Sassaricar: dançar, saracotear. Alegremente estremecer. De saraquy=remecher.
Sapecar: assar, atirar, bater co violência. De sapi=queimar.
Siriá: escorregar, deslizar, dançar, fugir. De cirí=esguicho.
Siriricar: mastubar. De ciri=esguicho.
Simbóra: sair.
Surupiar: roubar. De tsurú=invadir.
Tocaiar: emboscar.
Topar: encontrar, tropeçar.
Xingar: insultar. De michim=pouco.
Xiringar: atirar jato de líquido ou pó. De cirí=esguicho.


Advérbios
Acaboclado: pessoa com traços indígenas. De ca’a bocó=tirado do mato.
Acatitado, acatotado: de olhos miúdos e aregalados
Acocado: abaixado. De acó=a forma triangular.
Acocorado: de cócoras. Idem.
Ajojado: animais presos pela orelha para acertar o passo. De ojojá=afinar, igualar.
Amojada: grávida. Gente de muita sorte.
Amoquecado: encolhido, dobrado, empacotado, enrolado.
Cadúco: esclerosado, senil. De ca’arúca=tarde, ancião.
Encandeado: ofuscado. De endy=luz.
Embasbacada: virado, demente. De vava=tombar, tontear.
Empanemada: doente, azarada. De panem=feitiço.
Empoxisado: enjoado, aborrecido. De poxi=aborrecido, enojado.
Enjoado: aborrecido. De jo’a=injúria.
Escangalhado: arreganhado, escancarado, aberto totalmente.
De cócoras: abaixado. De acó: triangulo.
Garatujado: desenhado por criança. De caratuja, coatiá= desenho, papel.
Jiqui: apertado, estreito. De jiqui=apertar.
Mococa: escondido. De mo oca=faz casa.
Panemado. doente, enfeitiçado, azarado.
Pebada: achatada, em má situação. De pem=quebrar.
Piruá: grávida.
Poxisado: enjuado. De poxi=enojo, aborrecimento.
Puído: roto, estragado. De po’i= encerrar, finalizar.
Sapecada: queimada, chamuscada. De sapi= queimar.
Tinindo: ressonando som de timbre agúdo. De tini=sêco.
Tiririca: irritada, nervosa. De tiriri=tremer.
Xabocado: tosco mal acabado.
Xingada: ofendida com palavras. De michim=pouco.
Xiringado: jato de líquido emitido. De xiri=sangrar, espelir líquido em jato.

Outros elementos gramaticais.
Aã!: não.
É!: sim.
Nha, nhô: pronome de tratamento. Senhora, senhor.
Paím: pronome de tratamento de maior valor. De pa’i.
Oi: saldação (resposta)
Ui!: exclamação de dor.
Xii!: exclamação de surpresa



Toponímia.
Abaeté: indio puro, sem mestiçagem. Perigoso.
Acauám: ave de rapina que come cobras.
Acajutibiro: cajual azedo. De acaju=cajú+ty=reunião+biró=azedo.
Acari: cabeça pequena. O peixe cascudo.
Acangaíba: louco.
Açu: grande.
Anhanguera: demônio.
Apipucos: estrondos.
Aquidabã:
Arapiraca: tipo de fumo.
Aracajú: verão. De ara caú=tempo quente ou ara+caju=tempo de caju.
Aracati: tempo mal cheiroso. De ara=tempo+catím=catinga.
Araçá: fruto semelhante à goiaba.
Araçaji: rio do araçá.
Araçoiába: tempo coberto.
Arachá: ver o dia, o tempo. Observatório. De ará=tempo+echá=ver.
Araguaia:
Aranum: arara preta.
Araraí: rio das araras ou ararinha.
Araruna: arara preta.
Araripe: no rio da arara.
Arenam: corre elegandte.
Arere. Eu vôo.
Avai: índio pequeno ou água do índio.
Bacabau: plantação de bacaba.
Bagé: pajé, feiticeiro.
Banabuiú.
Baraúna: madeira negra. De yvyrá=árvore, madeira+uma=preto.
Beberibe: rio do peixe voador.
Boi choco: cobra choca. De mbo’i=cobra.
Boicinim: jararaca. De mbói cinim=cobra que vibra, que toca maracá.
Borborema:
Butantã.
Caaçú: mato grande. De ca’a=mato+açu=grande.
Cabuçú: mato grande.
Caiçara: cerca de pau a pique.
Caicó: caçar. De ca’a icó=estar no mato.
Cairú: macaco preto. De cai um=macaco preto.
Cajazeira: pé de cajá.
Camaragibe: no rio do cambará.
Camucim: pote.
Canguaretama: região das vasilhas.
Canindé: tipo de arara de penas azuis e amarelas. Irmão gêmeo de Arandi, filhos de Tupã. Canindé veio com seu irmão para a terra, trazendo ele a missão de ensinar a guerra para os homens e Arandí a de ensinar a paz.(lenda guarani)
Cangaiba: louco. De acã aíba=cabeça ruim.
Canguaretama: região das vasilhas.
Capanema: mato azarado. De ca’a=mato+panem= azarado.
Capaóba:
Capió: mato tirar ou folha de capim.
Capoeira: mata extinta.
Caraguatá: o mesmo que gravatá.
Caraguatatuba: sítio dos gravatás.
Carnaúba: tipo de palmeira.
Caraubas: tipo de árvore, “madeira áspera”.
Cariacica: a chegada dos rapazes.
Cariri: calado, deserto. De quiriri=calar.
Catete: mata verdadeira. De ca’a=mata+ete=verdadeira.
Catú: bom, bem, bonito.
Catuama: bondade.
Catumbi: terra boa, boa terra (literal).
Caxangá: vulto do mato, assombração. De ca’a=mato+angá=alma, vulto, assombração.
Ceara-mirim: saída pequena.
Cerro-Corá: serra cercada. De cerro=serra em espanhol+corá=cercada.
Cepitiba: lugar de preço, valor.
Cibaúma. lagoa preta. De ypá=lagoa+uma=preta.
Crateús: rio do cará verdadeiro. De cará=tipo de peixe+ete=verdadeiro+y=água. Caraetey.
Coemassu: manhãzinha, ao nascer do dia. De co’em=manhã+assú=grande.
Conupatumirim: porto pequeno.
Cuiabá: cuitezeira.
Cuitezeiras: árvore da coite, fruto do qual se fabrica a vasilha chamada cuia.
Cumbica: língua que cola.
Cunhau: água das mulheres. De cunhã=mulher+y=água.
Curema: porco.
Curimataú: rio das curimatães.
Curitiba: sítio dos pinheiros(araucária).. De curi=pinheiro+ty=local de reunião.
Cururu: sapo. De curu (cu)ru=muitos carocinhos.
Genipabú: rio do genipapo. De jenipapo+y=agua.
Goiania: falso caranguejo.
Goiás: caranguejos. De guaiá=caranguejo.
Goianinha: goiana pequena. De guaiá, goiá=caranguejo+Ana=falso.
Golandím: riacho de Regomoleiro. De guaiá y=água do caranguejo.
Graçandú.
Gramació
Gramame.
Guayana:
Guaíra: moço, rapaz.
Guajirú: árvore frutífera.
Guanabara: baia…
Guanduba: sítio dos bagres. De guandi:bagre+tyba: sítio.
Guaporé: rastro.
Guarabira: madeira e pássaro: de guira=pássaro+yvyrá=árvore, madeira.
Guaraira: assento de pássaro.
Guaraparí: baia fechada. De guará=baia+pari=fechar.
Guaratinguetá: muitas garças brancas. De guará:garça, tinga: branca, etá:muito.
Guaratúba: sítio das garças. De guará: garça, tyba: sítio.
Guaramame:
Guarapes: caminho do guará. De guará=pequeno canídeo americano+apê=caminho.
Guararapes: caminho dos guarás.
Ibiapáva: serra chata. De yby:terra, peva:chata, plana.
Icapuí: farinha da sêca. De icá:estiagem, cuí:farinha.
Icuaraci: sol.
Igapó: mão d’água. De y:água, apó:mão.
Igaraçú: canoa grande. De igara:canoa, açú:grande.
Igarapéba: jangada. De igara=canoa+peba=chata.
Igatu: boa água. De y=água+catú=boa.
Iguassu: água grande. De y=água+assú=grande.
Imbiriguí: de distante.
Inharé: tipo de árvore tido como milagrosa.
Inajá: tipo de gavião.
Ingazeira. árvore que da o fruto ingá.
Ipacarai: lagoa sagrada. De ypá, upaba=lagoa+caraí=sagrada.
Ipanema: lagoa mal cheirosa. De ypá, upába=lagoa+nema=mal cheiro.
Ipanguaçú: lagoa grande. De ypá=lagoa+guaçú=grande.
Ipavuna: lagoa preta. De ypá=lagoa+una=preto.
Iperuípe: no rio do magro, fraco.De i= o que é+peru=fraco+y=água+pe=na. Ipiruype.
Ipiranga: água encarnada.
Ipucoêra: salto seco (dágua) seco. De ypucoê, y pu=som dágua, salto+coê=ex.
Ipuêra: poça de águas pluviais. De ypuêra, y=água+puêra=resto, sobra, ex.
Irajá: senhor, dono do mel. De eirajára, eira=mel+jará=senhor, dominador.
Itajaí: rio do itajá.
Iracema: lábios de mel. De eira=mel+cema=borda, lábio. Ou “ a que chega”.
Itacolomi: menino de pedra. De ita+curumim. Deformação kibunda.
Itabaiana: pedra...
Itabuna: pedra preta.
Itaicí: mãe da pedra.
Itaipava: lagoa de pedra. De ita=pedra+upava=lagoa.
Itaipu: pedra sonante.
Itajá: o senhor, o dono da pedra. De itajára, ita=pedra+jará=senhor, dominador.
Itamaracá: pedra maracá. De ita=pedra+maracá.
Itamarati: pedra manchada na ponta.
Itanhaém: prato de pedra.
Itapecirica: caminho escorregadia.
Itapemirim: caminho pequeno. Itaperuna: aquele caminho preto. De I= aquele+tape=caminho+una=preto.
Itapirú: pedra fraca.
Itapuã: pedra redonda.
Itamarati: pedra manchada na ponta. De ita=pedra+marã=mancha+ti=extremidade, ponta.
Itambé: ostra chata. De itã=ostra+bé=chato, plano.
Itaparica: pedra fechada. De itapari, ita=pedra+pari=fechado.
Itapecirica: caminho que desliza.
Itapirú: pedra fraca.
Itapoã: pedra redonda. De ita=pedra+poã=redonda.
Itaporam: pedra bonita. De ita=pedra+porã=bonita.
Itapuã: pedra redonda.
Itaquéra: pedras. De ita=pedra+quéra=sufixo que determina o plural.
Itaquicetuba: sítio da taquara para quicé (faca). De itacuá=tacuara+quicé=faca+tyba=sítio.
Itareré: pedra voadora. De ita=pedra+reré, vevê=voar.
Itatím: pedra branca.
Itororó: cachoeira. De ytororó, y=agua+toró ró=tempestade, tromba d’agua.
Itu: cachoeira.
Jabaquara: esconderijo. De jabá=fugir+cuara=buraco.
Jabiráca: atira ponta. De japi=atirar pedras+aca=ponta.
Jacaré acanga: Cabeça de Jacaré.
Jacaré Mirim: jacaré pequeno.
Jacarepaguá: jacaré macho, selvagem.
Jacoca: nossa casa.
Jacuípe: no rio do jacu. De jacu=espécie de pássaro pernalta+y=água+pe=no.
Jacumám: coisas de jacú.
Jaguaribe: no rio do jaguá.
Japecanga: cabeça do caminho. De apê=caminho+canga=cabeça.
Japí: atirar pedras.
Jataí: tipo de abelha.
Jequitinhonha: mosquito...
Jericoaquara: buraco da tartaruga.
Jiqui: apertado, estreito.
Jiquiá: apertado.. De jiqui va,
Jiquié: jiqui verdadeiro.
Jiquiriti: “mosquito Mole”, é um insetinho preto que em verdadeiras nuvens, perturba as perebas da gurizada.
Juquitiba: sítio do sal, salina.
Juazeiro: árvore que produz o juá ou Juruá.
Jucurutú: coruja. De nhancurutu=coruja.
Jundiaí: rio do bagre. De jundi’a=bagre+y=agua.
Jundiaperera: perera é o pau perera, de bagre
Juruá: o mesmo que juá.
Macaiba: tipo de palmeira cujo tronco de casca espinhosa enlarguesse próximo ás folhas.
Macharanguape: no vale d....?
Mairiporam: gente pequena e bonita.
Maje: o mesmo que pajé.
Mamanguape: no vale da guerra ou do mal.
Manibú: mani dentro, no interior, oculto. Tipo de capim que tem como uma cebola debaixo da terra, usada no tratamento de verrugas. Também conhecido por capim tiririca.
Mangabeira: árvore que produz borracha e a fruta, mangaba.
Mangaratiba: sítio dos mangarás.
Marabá: todo manchado. De Mara=mancha+bá, pá=todo.
Maracajau: rio do gato maracaja. De maracajá=gato+y=agua.
Maracanam: espécie de periquito. De maracá=chocalho+nham=correr.
Maracangalha.
Marajó: manchado.
Marambaia: coisas de guerra.
Maranguape: o mesmo que Mamanguape. De maram=guerra+gua=vale+pê=no.
Massangana.
Massaranduba: árvore de madeira de lei.
Maracanã: tipo de arara. De maracá=maracá+nã=corre. O maracá que corre.
Maratá: muita guerra. De mará=guerra+etá=muito.
Mauá: puro, verdadeiro.
Macharanguape.
Meruím: mosquinha.
Miracema: temporada de desova de algumas espécies de peixe. De pira=peixe+cema=saída.
Marizeiro: árvore cuja fruta é o mari.
Mearim: coisinha.
Meritibe: tipo de palmeira, rio do Meriti.
Mipibú: rastro.
Mocuripe: no rio do mocó. De mocó=tipo de roedor+y=agua+pe=no.
Mossoró: fazer rasgar. De mo=fazer+tsoro=rasgar.
Moji: machado.
Moji guaçú: machado grande.
Moji mirim: machado pequeno.
Monim: esconderijo.
Moribéca: felicidades.
Moriú: rio abrejado.
Morumbi: faminto, imprestáve/
Nhunguaçú: campo grande.
Niterói: tubarão. De i=aquele+peró(i)=pelado, sem pelos ou escamas.
Pacaju: paca amaarela.
Paissandu.
Pajeú: rio do pajé.
Pajuçára: tipo de palmeira.
Panamá: borboleta.
Panatí: rio branco. De para, pana=rio, mar+ti, tinga=branco, retilíneo.
Paparí: lagoa fechada. De ypá=lagoa+parí=fechada.
Papéba: lagoa chata, rasa. De ipa=lagoa+peba=chato, raso.
Paquetá: pacas. De paca+eta=partícula que forma o plural.
Papari: lagoa fechada. De upá=lagoa+pari=fechada,
Pará: mar.
Paracatu: mar bom.
Paraguassu: mar grande.
Paraíba: mar de fruta.
Parajá: senhor, dono do mar. De Pará=mar+jará=senhor.
Paraná: rio. De Pará=mar+anama=parente.
Paranamirim: rio pequeno. De Paraná=rio+mirim=pequeno.
Paranapanema: rio azarado.
Parati: rio reto.
Paraú: rio preto.
Parazinho: marzinho.
Passo pocu: passo comprido.
Patané: planta mirrada.
Patu: sítio do catolé. De pati=catolé+ty=sítio, reunião.
Pernambuco: mar furado.
Pernambuquiinho.
Perobas.
Piabussu: valente..
Piancó.
Piató.
Piauí: rio do piáu. De piau=tipo de peixe+y=água.
Picuí: pomba.
Piquiri: rio do piqui. De piqui=arbusto de cujos frutos se extrai um óleo para fritura de alimentos+y=água.
Pinajé: anzol pronto.
Pindaré: anzol verdadeiro.
Pindorama: país das palmeiras. De pindó=palmera+rama=região, pais.
Piracicaba: chegada do peixe.
Paraibuna: rio negro.
Pirajussara: peixe espinhal.
Pirambú: peixe que ronca.
Piranhas: peixe dente.
Piranji: água da piranha. De pirãi=espécie de peixe (piranha)+y=água.
Pirapora: peixe dentro, peixe existe. Ou ainda “salto do peixe”.
Pirassununga: peixe que resmunga.
Piratinim: peixe seco. De pira=peixe+tiním=endurecido no fogo.
Piripiri: juncal. De pirí=junco. Quando se repete a palavra, temos um coletivo ou um verbo intensivado.
Pitimbú: cachimbo.
Pititinga: tipo de peixe.
Pium: tipo de mosquito, a moriçoca. De py=pe+um=preto.
Pitanguí: criancinha de colo ou cor rosa.
Pitimbú: cachimbo.
Pituaçú: pitú grande.
Ponguá: punhado.
Ponta porá: ponta bonita.
Porantim: bonito e branco.
Potengi: rio do camarão. De poti=cccamarão+y=água.
Potilândia: terra de Poti.
Poxi: enojado, feio.
Punaú: água de punaré. De punaré=tipo de animal roedor+y=água.
Puxinanã: mato do aborrecido.
Sabará: espião. De essa=olho+bara=guerra.
Quinquê: rio.
Quixeramombím.
Quixeré: riacho do jabuti.
Sabuji: rio do sapo.
Sagi: olho d’água. De eçá=olho+y=água.
Sapé: caminho de animais.
Sapucaí: rio da sapucaia.
Seridó: a folha que escorre.
Sergipe: no rio do siri. De syry=ciri+y=agua+pe=no.
Sumaré: coisa de abelha. De eixu=casa de abelha+mba’e=coisa.
Sumé: sábio lendário da mitologia tupi.
Surubim.
Tabatinga: barro branco.
Tabebúia: boi. Imperitivo do verbo boiar.
Taguatinga: taquara branca.
Tamandaré: tamanduá voador
Tamatanduba:
Tambá: concha.
Tambaú: água da concha.
Tangara: tipo de pásaro canouro.
Tapajó: aldeiado.
Tape: caminho.
Tapirape: caminho da anta.
Tapuia: rstrangeiro.
Tatuapé: caminho do tatu.
Tietê: canário.
Tiurú. bexiga.
Tijipió: folha do Tejo.
Tijuca: atoleiro.
Timbó: tipo de cipó. De timbó=fumaça, mistério.
Tiurú: bexiga.
Tracunhaém.
Trairí: rio da traira.
Tocantim: casa branca.
Tororó: bica, cachoeira.
Totoró.
Tuiuiú: tipo de pássaro pernalta.
Tupanci: Maria, mãe de Jesus.
Ubatuba: sítio das frutas.
Uberaba: água brilhante.
Umarizal: sítio do marizeiro.
Upanema: água imprestável. De Ypaném, y=agua+paném=imprestável.
Uruaçu: cesto grande.
Urucará: vesto de cará.
Urubupungá: punhado de urubu.
Uruguai: rio dos caracóis.
Utinga: água branca.
Upanema: o mesmo que Ipanema. De ipa=lagoa+nem=mal cheiro.
Tabatinga: barro branco.
Tauápiranga: barro branco.


Expressões.
Amarelo ipanemado: pessoa doente, pálida, desanimada. Enfeitiçado.
Bater ciririca: masturbar.
Botar picica: azarar.
Cair na arapuca: ser vítima de armadilha.
Com a Caipora: com azar.
Dar o pulo do bichano: usar um recurso oculto, de forma providencial.
Dar a mocica: puxar.
Dar banho de cuia: enganar, driblar, atirando a bola por cima do adversário.
Dar cipoada: espancar usando um cipó.
Dar mochicão: dar forte puxavante.
Dar peteleco, petecada: tapa.
Dar pipoco: explodir.
Dar pipoco de raiva: surto de ira.
Dar topada: tropeçar. Dar encontrão.
De antójo: início de gravidez.
De bebúia: boiando.
Deixar a peteca cair: vacilar.
Duro de tinir: duríssimo. Tini=sêco. Duro de sêco.
Estar pebado: estar em situação difícil.
Cutucar o cão (com vara curta): temeridade.
Capar o bichano: dispara na carreira.
Ficar de coca: se arrazar.
Foi p’ras cucúias. Se perdeu.
Manda Chuva: o chefe.
Meter a mão em cumbuca: cometer imprudência.
Meter o cipó: espancar usando um cipó.
Meter o jucá: espancar, dar pauladas.
Na mão de: sob o poder de...
Se pebar: se dar mal.
Interjeição
Xí: expressão de espanto.
Epa: alerta.
Êi!: chamamento.
Êita: surpresa.
Ôi: resposta ao chamamento, êi.
Oi!: atenção, olhe!
Úi: dor.
Marcas
Caracú: tutano. Medula óssea.
Caraú: o destro preto.
Catú: bom.
Catupirí: melhor. O hábil.
Chapecó: eu moro.
Cica: resina, chegada.
Colomi: menino. De curumím.
Coty: cômodo da casa.
Embaré: coisa.
Itambé: concha chata, plana.
Itaú: pedra preta.
Jandaia: pequeno papagaio que não fala.
Maguarí: lento, vagaroso. De mbeguerê=vagaroso.
Morim: umidecer. De mo=fazer+y=água.
Paraná: rio.
Parati: mar reto.
Pitú: espécie de camarão gigante.
Porantím: bonito e branco.
Potí: camarão.
Potiguá: nascido no rio Potengi.
Pirassunúnga: peixe que resmunga.
Ypióca: casa no chão.
Taí: criança. De ta’i=filho do homem.
Tupi: pequeno.

2 de junho de 2010

Viva Civone Medeiros



A minha arte
é minha
imagem
e semelhança

Amor-Mundi

Que "da costela" que nada!

Eu sou é de sangue
Éter e sopro vital

Sou só de coração
Alma pulsante
Meu ser é integral.

Viva cultura viva

ENCONTRO DE TEATRO DE RUA

As Companhias Teatral Alegria Alegria e Artes e Traquinagens de Natal recebem nesta terça feira o Grupo Teatro de Caretas que está em tournê pelo nordeste. A programação é a seguinte:



Dia 01

19 horas: Palestra: Teatro de Rua

Palestrante: Dramaturgo Oswald Barroso

Local: Salão Nobre Teatro Alberto Maranhão



Dia 02

9 as 12 horas:

Oficina de Máscaras

Com o Grupo Caretas de Teatro

Local: Memorial Câmara Cascudo



16 horas – Experimento com Máscaras

Local: Praça do Memorial Câmara Cascudo



17 horas: Espetáculos

Cia Teatral Alegria Alegria

O Auto do Caldeirão

Grupo Caretas de Teatro

A Farsa do Pão e Circo

Local: Praça do Por do Sol – Canto do Mangue - Rocas



Dia 03

9 horas: Espetáculos

Cia Artes eTraquinagens

Cia Burlesca de Repertório

Grupo Caretas de Teatro

A Farsa do Pão e Circo
Local: Praça do Memorial Câmara Cascudo