22 de abril de 2011

A briga na procissão da via-sacra

A briga na procissão da via-sacra
22/04/2011
por Leonardo Boff

Sexta-feira Santa é dia de seriedade pela morte de Jesus na cruz. Sábado Santo, antigamente chamado de Sabado de Aleluia, é dia de alegria antecipando o clarão da Ressurreição no Domingo de Páscoa. Neste espírito – para rir mesmo – publico esse cordel que me foi dado por um pastor envangélico do Sul da Bahia, cujo nome esqueci. Ele o sabia de cor e me fez rir a mais não poder. O autor do cordel é Chico Pedrosa. Bom proveito lb

Quando Palmeiras das Antas
Pertencia ao Capitão
Justino Bento da Cruz
Não faltava diversão,
Vaquejada, cantoria,
Procissão e romaria:
Sexta-Feira da Paixão.

Na quinta-feira maior,
Dona Maria das Dores
No salão paroquial
Reunia os moradores
E após uma preleção
Ao lado do Capitão
Escalava a seleção
De atrizes e de atores.

O papel de cada um
O Capitão escolhia.
A roupa e a maquiagem
Eram com Dona Maria.
E o resto era disccutido,
Aprovado e resolvido
Na sala da sacristia.

Todo ano era um Jesus,
Um Caifás e um Pilatos.
Só não mudava a Cruz
E o verdugo e os maus tratos.
O Cristo daquele ano
Foi o Quincas Beija Flor,
Caifás foi Cipriano
E Pilatos, Nicanor.

Duas cordas paralelas
Separavam a multidão,
Pra que pudesse entre eles
Caminhar a procissão.
O Cristo carregando a cruz,
Foi não foi, advertia
O centurão perverso
Que com força lhe batia.

Era pra bater maneiro
Mas ele não entendia
Devido ao grande pifão
Que tomou naquele dia
Do vinho que o capelão
Guardava na sacristia.
E o Cristo dizia:
“Oh, rapaz vê se bate devagar”.

“Já to todo encalombado,
Assim não vou agüentar,
Ta com gota pra doer.
Ou tu pára de bater
Ou a gente vai brigar.
Jogo já esta cruz fora,
To ficando revoltado,
Vou morrer antes da hora
De morrer crucificado”?

Mas o pior que o malvado
Fingia que não ouvia,
Alem de bater com força
Ainda se divertia.
Espiava pra Jesus
Carregando aquela cruz,
Fazia pouco e dizia:
“Que Cristo frouxo é você
Que chora na procissão”?

E Jesus, pelo que se sabe,
Não era mole assim não.
“Eu to é com pena,
Tu vai ver o que é bom
É na subida da ladeira
Da venda de Fenelon
Que o couro vai ser dobrado
Até chegar no mercado
A cuíca muda o tom”.

Neste momento ouviu-se
Um grito na multidão.
Era Quincas que com raiva
Sacudiu a cruz no chão
E partiu feito maluco
Pra cima do Bastião.
Se travaram no tabefe
Pontapé e cabeçada.
Madalena levou pancada,

Deram um bofete em Caifás
Que até hoje não faz
Nem sente gosto de nada.
Desmancharam a procissão
O cacete foi pesado.
São Tomé levou um tranco
Que ficou desacordado.
Acertaram um cocorote
Na careca do Timote

Que até hoje está aluado.
Até mesmo São José
Que não é de confusão,
Na ânsia de defender
O filho de criação,
Aproveitou a guararapa
Pra dar um monte de tapa
Na cara do bom ladrão.

A briga só terminou
Quando o doutor
Delegado
Interveio e separou:
Cada um pro seu lado!
Desde que o mundo se fez
Foi esta a primeira vez
Que o Cristo foi pro xadrez
Mas não foi crucificado.
22/04/2011
por Leonardo Boff

Sexta-feira Santa é dia de seriedade pela morte de Jesus na cruz. Sábado Santo, antigamente chamado de Sabado de Aleluia, é dia de alegria antecipando o clarão da Ressurreição no Domingo de Páscoa. Neste espírito – para rir mesmo – publico esse cordel que me foi dado por um pastor envangélico do Sul da Bahia, cujo nome esqueci. Ele o sabia de cor e me fez rir a mais não poder. O autor do cordel é Chico Pedrosa. Bom proveito lb

Quando Palmeiras das Antas
Pertencia ao Capitão
Justino Bento da Cruz
Não faltava diversão,
Vaquejada, cantoria,
Procissão e romaria:
Sexta-Feira da Paixão.

Na quinta-feira maior,
Dona Maria das Dores
No salão paroquial
Reunia os moradores
E após uma preleção
Ao lado do Capitão
Escalava a seleção
De atrizes e de atores.

O papel de cada um
O Capitão escolhia.
A roupa e a maquiagem
Eram com Dona Maria.
E o resto era disccutido,
Aprovado e resolvido
Na sala da sacristia.

Todo ano era um Jesus,
Um Caifás e um Pilatos.
Só não mudava a Cruz
E o verdugo e os maus tratos.
O Cristo daquele ano
Foi o Quincas Beija Flor,
Caifás foi Cipriano
E Pilatos, Nicanor.

Duas cordas paralelas
Separavam a multidão,
Pra que pudesse entre eles
Caminhar a procissão.
O Cristo carregando a cruz,
Foi não foi, advertia
O centurão perverso
Que com força lhe batia.

Era pra bater maneiro
Mas ele não entendia
Devido ao grande pifão
Que tomou naquele dia
Do vinho que o capelão
Guardava na sacristia.
E o Cristo dizia:
“Oh, rapaz vê se bate devagar”.

“Já to todo encalombado,
Assim não vou agüentar,
Ta com gota pra doer.
Ou tu pára de bater
Ou a gente vai brigar.
Jogo já esta cruz fora,
To ficando revoltado,
Vou morrer antes da hora
De morrer crucificado”?

Mas o pior que o malvado
Fingia que não ouvia,
Alem de bater com força
Ainda se divertia.
Espiava pra Jesus
Carregando aquela cruz,
Fazia pouco e dizia:
“Que Cristo frouxo é você
Que chora na procissão”?

E Jesus, pelo que se sabe,
Não era mole assim não.
“Eu to é com pena,
Tu vai ver o que é bom
É na subida da ladeira
Da venda de Fenelon
Que o couro vai ser dobrado
Até chegar no mercado
A cuíca muda o tom”.

Neste momento ouviu-se
Um grito na multidão.
Era Quincas que com raiva
Sacudiu a cruz no chão
E partiu feito maluco
Pra cima do Bastião.
Se travaram no tabefe
Pontapé e cabeçada.
Madalena levou pancada,

Deram um bofete em Caifás
Que até hoje não faz
Nem sente gosto de nada.
Desmancharam a procissão
O cacete foi pesado.
São Tomé levou um tranco
Que ficou desacordado.
Acertaram um cocorote
Na careca do Timote

Que até hoje está aluado.
Até mesmo São José
Que não é de confusão,
Na ânsia de defender
O filho de criação,
Aproveitou a guararapa
Pra dar um monte de tapa
Na cara do bom ladrão.

A briga só terminou
Quando o doutor
Delegado
Interveio e separou:
Cada um pro seu lado!
Desde que o mundo se fez
Foi esta a primeira vez
Que o Cristo foi pro xadrez
Mas não foi crucificado.

Valeu Mestre Roosevelt Pimenta

12 de abril de 2011

Se a vida lhe der limão

Se a vida lhe der limão
Azedinho uma morrinha
Você faz uma limonada
Uma coisa arretadinha
Mas melhor pode fazê-lo
Com cachaça, açúcar e gelo
Bem melhor: caipirinha

ALLAN SALES

9 de abril de 2011

No lançamento da Frente Parlamentar de Cultura, Fátima cita Câmara Cascudo

No lançamento da Frente Parlamentar de Cultura, Fátima cita Câmara Cascudo

Brasília, 6 de abril de 2011



Na sua fala, hoje de manhã (6/4), durante o relançamento da Frente Parlamentar de Cultura, a presidenta da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, deputada Fátima Bezerra, reafirmou o papel da cultura para a melhoria da educação. “Não vamos ter uma educação republicana, inclusiva e democrática, se não trabalharmos em parceria com a cultura. Venho aqui reafirmar o papel da Comissão de Educação e Cultura, em parceria com esta Frente parlamentar, para trabalhamos na consolidação e aprovação dos projetos relativos à agenda cultural que tramitam nesta Casa. Queremos que esses projetos cheguem ao plenário”, afirmou.

A deputada Fátima Bezerra citou o folclorista potiguar Câmara Cascudo. “Ele, quando dizia que o melhor do Brasil era o brasileiro, certamente estava se referindo à identidade, diversidade e riqueza cultural do nosso país”, enfatizou.

O lançamento da Frente Parlamentar de Cultura contou com a participação de vários artistas, como as cantoras Rita Ribeiro, Margareth Menezes e Sandra de Sá; do cantor Betinho de Paula e outros representantes das artes brasileiras. A ministra de Cultura, Ana de Holanda, presente ao evento, falou sobre os projetos do ministério e pediu o apoio dos parlamentares para os projetos de interesse da cultura que tramitam no Congresso Nacional. O lançamento foi prestigiado por deputados e senadores.

Fonte: www.fatimabezerra.com.br

8 de abril de 2011

Ana de Hollanda pede aprovação dos programas vale-cultura e Procultura

Ana de Hollanda pede aprovação dos programas vale-cultura e Procultura




Ao participar do relançamento da Frente Mista da Cultura, na Câmara, a ministra Ana de Hollanda disse ontem que o Congresso e o Executivo devem ser parceiros para fazer avançar propostas que valorizem a cultura e tenham como foco o cidadão. Ela apontou como propostas prioritárias para o setor o vale-cultura (PL 5798/09), que depende de inclusão na pauta do Plenário, e o Programa Nacional de Fomento à Cultura - Procultura (PL 6722/10), que substitui a Lei Rouanet (8.313/91) e está em discussão na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio.

“O vale-cultura é importantíssimo neste momento, porque vai garantir ao trabalhador R$ 50 que ele poderá usar para ir ao teatro, comprar um livro. Há outras medidas, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 150/03, que destina 2% do Orçamento da União para a cultura. Há projetos na área do circo, do cinema e outros”, destacou a ministra.

Ana de Hollanda afirmou ainda que a proposta de revisão da Lei de Direitos Autorais (9.610/90) será novamente colocada em discussão pelo Executivo, porque alguns aspectos foram considerados vagos, como o tratamento dado à internet. No ano passado, o anteprojeto passou por consulta pública no Ministério da Cultura por quase três meses e recebeu mais de oito mil sugestões.

Desafios - Para a presidente da frente parlamentar, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), um dos principais desafios do grupo, que já tem a adesão de mais de 300 deputados e senadores, é acelerar a pauta e fazer a mediação do Parlamento com a sociedade e com os diversos governos. “Precisamos que essa pauta ganhe relevância, não apenas em torno dos projetos que já estão aqui, mas também de grandes questões que a sociedade precisa debater”, avaliou.

A deputada criticou o fato de a Cultura ter sempre o menor orçamento e ser a primeira pasta atingida pelos cortes. “Além disso, não é uma prioridade para o conjunto de gestões dos estados e dos municípios”, lamentou. Neste ano, a frente terá coordenadores estaduais e do DF para colaborar com o levantamento de demandas e na mobilização dos atores culturais locais, e também para auxiliar o conselho executivo na condução de propostas a serem apreciadas pelo grupo. O conselho foi composto suprapartidariamente.

Demandas - O deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ), um dos vice-presidentes da Frente Parlamentar da Cultura, defendeu prioridade para dois itens: a mão-de-obra e o acesso aos bens culturais. “Quando se quer colocar a cultura num contexto econômico, não se pode esquecer da classe trabalhadora. Também é importante facilitar e democratizar o acesso aos bens culturais para a maior parte da população”, argumentou.

Presidente da Comissão de Educação e Cultura, a deputada Fátima Bezerra (PT-RN) destacou que a área, “durante muito tempo relegada a segundo plano pelos governos”, tem ganhado espaço nos últimos anos. Segundo ela, a comissão será parceira da frente no sentido de assegurar mais avanços para o setor. “É obrigação da comissão acompanhar os projetos de cultura em toda sua tramitação para que eles não se percam nas gavetas do Congresso. Mas é importante lembrar que a questão do dinheiro também é vital para o setor”, disse.

Rachel Librelon - Jornal da Câmara

2 de abril de 2011

Abertura do encontro de blogueiros progressistas do RN

Encontros Rumo à Cidadania Cultural

Encontros Rumo à Cidadania Cultural
MinC faz série de oito reuniões regionais sobre os programas Cultura Viva e Brasil Plural

O Ministério da Cultura (MinC) começa, na quinta-feira, 7 de abril, uma série de oito encontros regionais com diversos segmentos sociais, como artistas, produtores, gestores, coletivos e grupos do setor cultural, universidades e participantes dos programas Cultura Viva e Brasil Plural.

Batizadas de Encontros Rumo à Cidadania Cultural, as reuniões têm como objetivo discutir os caminhos para as políticas públicas no campo da cidadania e da diversidade cultural, além de apresentar as propostas da nova Secretaria da pasta, resultado da fusão das secretarias de Cidadania Cultural (SCC) e Identidade e Diversidade (SID).

As discussões também se propõem a ampliar o diálogo com fóruns e dirigentes de cultura de estados e municípios de todo o país, a fim de fortalecer as parcerias existentes, repactuar estratégias e abrir novos caminhos.

Para a secretária Marta Porto, “os encontros representam um primeiro momento de apresentação das diretrizes pensadas para a nova Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural, sendo ainda um espaço de afirmação do diálogo da nova gestão com a sociedade”, ressaltou.

O calendário foi definido em conjunto com os chefes das representações regionais do MinC.

Calendário dos encontros

Os encontros começam em Belo Horizonte (MG) no dia 7 de abril. No dia 12, será a vez de Salvador (BA). São Paulo (SP) será a terceira capital a receber o Encontros Rumo à Cidadania Cultural.

A região sul encerra o mês de abril com dois encontros: Florianópolis (SC) no dia 19 e Porto Alegre (RS) no dia 20 de abril.

Em maio, os encontros começam pelo norte do Brasil, chegando a Belém (PA) no dia 10.
Recife (PE) terá a chance de dialogar com a nova SCDC/MinC no dia 17 de maio. O último encontro acontecerá em Goiânia (GO), dia 24, fechando a agenda nacional na região Centro-Oeste.

Informações sobre locais e horários dos Encontros Rumo à Cidadania Cultural estarão disponíveis nos próximos dias na página do MinC: www.cultura.gov.br/.

Abril 2011
Dia 7: Belo Horizonte, MG
Dia 12: Salvador, Bahia
Dia 14: São Paulo, SP
Dia 19: Florianópolis, SC
Dia 20: Porto Alegre, RS

Maio 2011
Dia 10: Belém, PA
Dia 17: Recife, PE ( Para todo o NE)
Dia 24: Goiânia, GO