28 de julho de 2010

Sobre adestramento de jovens!!!

Sobre adestramento de jovens!!!

O senador José Agripino Maia (DEM-RN) foi no mínimo infeliz ao dizer nesta terça-feira (28) numa entrevista à Rádio 96 FM, em Natal, que é seu desejo no proximo mandato – o democrata é candidato a reeleição -, “adestrar” os jovens. Certamente o senador potiguar quis dizer que pretende arregimentar os jovens para a política, mais precisamente para se filiar ao seu partido. Contudo, a palavra adestrar usada pelo parlamentar suou muito mal aos ouvidos de quem estava acompanhando a entrevista do respeitado senador.

É bom lembrar que política não se faz adestrando ninguém. A política tem que está no sangue da pessoa. Na verdade, no Brasil não se faz mais políticos como antigamente. Não se tem mais lideranças como um Ulysses Guimarães, um Teotônio Vilela, um Brizola, um Miguel Arraes. Os jovens hoje estão alienados, mas talvez não por culpa deles, mas da própria classe poítica que enlamea com escândalos a política brasileira.

Daí e certamente ao dizer que no próximo mandato pretende “adestrar” os jovens, o senador José Agripino quis ressaltar a importância de se voltar para os jovens. Mas adestrando não senador. Qual o jovem que vai querer ser adestrado para entrar para a política? A não ser que a velha prática udenista que ainda impera no seio do DEM use mesmo esse artifício para arregimentar os jovens. Prefiro estar equivocado quanto a isso, mas “adestrar”, senador, francamente!
Fonte:blogdobarbosa.jor.br

27 de julho de 2010

Treze razões pra votar em Dilma pra presidente em cordel

Autor: CRISPINIANO NETO

Treze razões pra votar

em Dilma pra presidente



01

Mais uma vez o Brasil

Vê-se numa encruzilhada;

Um gancho de dois caminhos

Se apresenta em sua estrada,

Um é claro, outro é escuro;

Um aponta pra o futuro

O outro é água passada!

02

Um caminho é de avanço

O outro é de retrocesso;

Um representa o atraso,

O outro aponta o sucesso;

Um é farol, luz e fé

O outro é a marcha-à-ré

Na manobra do regresso!

03

Quem não lembra do Brasil

Há oito anos atrás,

Quando demos e tucanos

Com seu instinto voraz

E aquela gula nojenta

Venderam cento e oitenta

Empresas nacionais.

04

Venderam empresa em leilão,

Por telefone e por fax,

Quase que ao BB e à Caixa

Davam uma dose de Antrax;

Petrobrás quase caia

Nas mãos da Privataria

Com o nome de Petrobrax!

05

Foi um tempo de desgraças

De fome e de desemprego,

Violência, epidemias,

Corrupção e chamego,

Quando o FMI

Vinha todo mês aqui

Destruir nosso sossego!


06

Era um Brasil de joelhos,

Era uma nação rendida,

Onde a ganância estrangeira

Era tão bem recebida

Com bajulações e palmas,

Que na Bacia das Almas

Nossa Pátria era vendida!

07

Foi preciso um operário

Que perdeu três eleições

Quebrar a lei da exclusão

Vencer discriminações

Derrotando o preconceito

Para o Brasil ter conceito

No Concerto das Nações!

08

Lula, que em 2002

Assumiu a Presidência

Juntando os cacos da Pátria,

Colando com paciência

Os pedaços dos retalhos

Costurando os agasalhos

De um embrião de potência!

09

Hoje o Brasil é Brasil

Com um “s” e não com “Z”;

Um Brasil dos brasileiros

Que o mundo inteiro já vê

Com respeito e amizade,

Um chão de felicidade

A rir pra mim e você!

10

Lula governou pra todos

Pra Sem terra e fazendeiro,

Doutor e analfabeto

Servidor público e banqueiro;

Hoje o catador de lixo

Diz com orgulho e capricho

Sou feliz, sou brasileiro!



11

Bolsa-Família trazendo

Renda mínima garantida,

SAMU erguendo milhares

Do chão duro da avenida,

Luz Para Todos brilhando

E o ex-Sem teto gritando:

Minha casa; Minha Vida!

12

No campo a fome sumindo

Dos levantados do chão;

As estradas sem pedágio

Conduzem a nova nação,

Pré-Sal e biocombustível

Estão tornando possível

Outro Brasil pra o povão!

13

Com transferência de renda,

Guinada educacional

Crescimento acelerado,

Vê-se que o Brasil real

Foge do fogo do inferno,

Bebendo o leite materno

Da inclusão social!

14

Por isso que Lula tem

Estupenda aprovação;

Se ele quisesse ficar,

Pelo gosto do povão

Para executar seus planos

Ficava cinquenta anos

Sem perder uma eleição.

15

Mas Lula não quer assim;

Quer que a lei tenha valia,

Que o rodízio no poder

Azeite a democracia,

Que a lei da República avance

E que todos tenham chance

À luz da cidadania!


16

Por isso agora ele sai

Pois cumpriu bem seu mister,

Porém não quer entregar

O País a um qualquer,

Que queira mudar a prosa...

Quer ver a mão caprichosa

Do carinho da mulher.

17

Escolheu DILMA ROUSSEF

Mulher de fibra e de flores;

Que viu a dor da tortura,

Do parto sentiu as dores

Venceu a dor da doença,

Mas age, respira e pensa

Bordando a vida de amores!

18

Soube ser esposa digna,

Sabe ser mãe, quase avó,

Sabe o poder da ministra,

Sabe as lágrimas da vovó,

Sabe o valor da família

Sabe mandar em Brasília

Pra desatar qualquer nó!

19

Mãe de Paula e Mãe do PAC

Conhece o trono e a cruz;

Fez quase um milhão de casas

Seu “Luz Pra Todos” reluz.

Sua estrela sobe e brilha

E vai estar junto à filha

Quando Paula der à luz!

20

Temos milhões de motivos

Pra gente em Dilma apostar,

Mas vamos destacar 13,

Por que 13, é bom lembrar,

Que 13 é o número dela

Vai ter o 13 na tela

Quando a gente for votar!


21

UM - É o FIM DA MISÉRIA,

Porque 31 milhões

De todas faixas de idade,

De todas as regiões

Na classe média ingressaram,

Que além de bolsas ganharam

Empregos e profissões.

22

Ponto DOIS – São MAIS EMPREGOS,

Pois em nossa Pátria amada

Nunca se viu tanta obra

Com tanta gente empregada,

Campos e repartições;

Passa dos 13 milhões

De carterinha assinada!

23

Ponto TRÊS - MAIS REAJUSTES

Das massas salariais

Todos os trabalhadores

Tiveram ganhos reais

E o mínimo segue adiante...

Com LULA cresceu bastante

Com DILMA vai crescer mais!

24

QUATRO – É MAIS BOLSA FAMÍLIA

Com mais valor, pra mais gente;

LULA fez, DILMA aplicou,

Ela vai tocar pra frente...

Quem vivia a criticar,

Hoje promete aumentar,

Todos sabem que ele mente!

25

CINCO – É MAIS EDUCAÇÃO

Com mais universidade,

Muito mais escola técnica

Mais básico, mais faculdade...

Nosso antigo sonho massa

De ensino público, de graça

E de boa qualidade!


26

PONTO SEIS – É MAIS SAÚDE,

Mais SAMU bem mais urgente,

Mais farmácias populares,

Mais prevenção pra mais gente;

PSF, bem mais,

Mais vacinas e U.P.As

E o BRASIL mais SORRIDENTE!

27

O SETE - É MAIS SEGURANÇA

Nos campos e nas cidades,

Polícia pacificando

As nossas comunidades

Sem bandido a mandar brasa

Com o cidadão preso em casa

Com cadeados e grades!

28

OITO – MAIS COMBATE AO CRACK

Praga da atualidade.

É preciso combatê-lo

Com carinho e autoridade

Ao jovem, apoio constante

E ao maldito traficante

Algema, processo e grade.

29

O Ponto NOVE – É MAIS CRECHES

Para o conforto infantil;

Pra mãe poder trabalhar

Em todo o imenso Brasil

Dilma vai edificar

De creche e Pré-Escolar

Nada menos que seis mil.

30

O DEZ – É MAIS MORADIAS

A preços bem populares;

LULA inaugura um milhão

Nos mais diversos lugares

Já DILMA vai prosseguir,

Pois garante construir

Outros dois milhões de lares!


31

ONZE – É MAIS APOIO AO CAMPO

Pra produzir, pra crescer,

Ter mais luz, mais alimentos,

Ter mais crédito, mais lazer

Para o pequeno e pra o grande

Pois o Brasil só se expande

Se o campo desenvolver!

32

O PONTO DOZE – É MAIS CRÉDITO,

É mais dinheiro na mão,

Pra produzir, pra comprar,

Crédito para exportação

Financiando o futuro,

Mais dinheiro e menos juro

Desenvolvendo a nação!

33

O PONTO TREZE – É RESPEITO;

Respeito pelo País,

O pendão verde e amarelo

Na África, em Tóquio ou Paris

Tremulando glorioso

E o brasileiro orgulhoso,

SEM MEDO DE SER FELIZ!

34

Pois vamos votar em DILMA

Que é ela que LULA quer

E o povo quer, pois o povo,

Quer o que LULA quiser;

Pois LULA quer ver o povo

Vendo a luz de um Brasil

No ventre de uma mulher!

35

Pois no Brasil a metade

Da nação é feminina;

Na outra metade os homens

Somos felizes com a sina

De sermos filhos queridos

Pais, irmãos, primos, maridos

De mulher, moça e menina!


36

Brasil, mãe de Berta Lutz,

Berço de Anita e Quitéria,

Clara Camarão e Nízia,

Aprova em sua matéria

O nome DILMA ROUSSEF

Para eleger uma chefe

Firme e doce, alegre e séria!

37

LULA, o primeiro operário

A governar a nação

Deu lições de autoridade

Em tudo que é tubarão,

Já DILMA na presidência

Vai ensinar competência

À cambada de machão!

38

Com DILMA na presidência

O Brasil vai caminhar,

Vai virar quinta potência,

Continuando a mudar,

Ser mais bonito e maior

Mais feliz e bem melhor

Mudando pra melhorar!

Dilma diz que Agripino e Rosalba “mudam de fantasia”

por Carlos A. Barbosa

O jornalista Carlos Skarlack, do Portal Nomomento.com, disse que a ex-ministra Dilma Ruosseff (PT), candidata à Presidência da República, em entrevista à Radio Difusora de Mossoró, fez severas críticas ao comportamento dos senadores José Agripino Maia (DEM-RN) e Rosalba Ciarlini (DEM-RN), essa última candidata ao governo do Rio Grande do Norte, em relação ao comportamento dos dois parlamentares no que toca ao governo Lula.

De acordo com Skarlack, Dilma bateu forte em Agripino e Rosalba, lembrando que “no Brasil todo mundo sabe que o DEM é a oposição mais negativista que o governo do presidente Lula teve”, declarou, emendando:

- Agora, se aí, por conta de que há um reconhecimento do governo do presidente Lula, do nosso governo, um reconhecimento e uma grande aprovação ao presidente, eles mudam de fantasia, ai me desculpa, mas isso não é correto nem com o povo do Rio Grande do Norte, nem com o povo brasileiro.

21 de julho de 2010

CRÍTICA DE ARIANO SUASSUNA SOBRE O FORRÓ ATUAL

'Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esqu ecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.


Ariano Suassuna

19 de julho de 2010

‘Redes sociais organizam os apoiadores para fazer campanha fora da internet’

‘Redes sociais organizam os apoiadores para fazer campanha fora da internet’

* 19 de julho de 2010|

Responsável até o início deste ano pelo megaevento nerd Campus Party, Marcelo Branco coordena há cerca de três meses a campanha de Dilma à Presidência nas redes sociais. Foi ele o responsável por fazer a candidata twittar pelo @dilmabr – diz ele que por conta própria, num notebook que anda sempre à tiracolo com a petista. Mas é dele também a tarefa de mobilizar os internautas a fazerem campanha espontânea. Seja para fazerem um vídeo engraçadinho como DilmaBoy ou aproveitarem comunidades no Orkut já existentes, ele já viajou todos os estados do Brasil reunindo-se com blogueiros, twitteiros, orkuteiros, etc.

“(A campanha do Obama na redes sociais) foi construída pelos apoiadores. Não por agências”, diz. “A gente não consegue construir uma reputação na rede em pouco tempo. Então, não tem como, em dois meses de campanha, querermos construir uma reputação e uma presença massiva na rede. A nossa estratégia nas redes sociais é estimular que nossos apoiadores construam conteúdos multimídia. Não vamos deixar de construir na agência (de publicidade). Mas estamos apostando muito nessa idéia de que o apoiador precisa construir o conteúdo.”

Leia abaixo os principais trechos da entrevista que fiz com ele:

A campanha está começando agora. Já vemos uma grande movimentação dos candidatos pelo Twitter. Como você vê isso?
Acho que o Twitter é uma ferramenta indispensável para o processo eleitoral. Mas o candidato estar no Twitter é apenas uma pequena parte da campanha no Twitter. O perfil da Dilma é ela mesma quem atualiza. Nossa opção foi que a campanha da Dilma no Twitter fosse o conjunto de pessoas que estão se mobilizando para fazer a campanha dela nas redes sociais. E não somente ela. Não estamos centrando a campanha e avaliação da campanha dela pelo Twitter a partir só do que ela posta. Inclusive por questões legais, até de postura como candidata, ela tem que ter uma postura diferente que nós apoiadores, dos outros Twitters da campanha, podemos fazer de interação. O resultado tem sido positivo. Todas as medições que a gente fez no Twitter nos últimos dois meses apontam vantagem de citações positivas da Dilma nesta rede social.

Como vocês fazem essas medições?
Temos ferramentas que fazem buscas nas redes sociais, em cima do nome do candidato, palavras chaves. Em março, quando começamos, estávamos muito atrás do Serra, pois ele estava lá há um ano e meio. Mas mudou muito. Nas redes sociais, pelo que medimos, é a campanha que tem a maior presença. Pois fizemos uma opção de não investir apenas nos canais oficiais da campanha. Optamos por aproveitar os espaços da internet já consolidados, as redes já existentes, como espaço para estimular e aproveitar para a campanha. Há uma comunidade do Orkut, por exemplo, que está há cinco anos na internet, que tem 98 mil pessoas que apóiam a Dilma. Daí a gente pega outra de mil, de 20 mil. No Facebook é a mesma coisa.

As comunidades oficiais da Dilma no Orkut, no Twitter, no Facebook, são espaços institucionais. No entanto, estamos usando outros Twitters, como o @dilmanaweb, @dilmanarede, que são Twitters de mobilização da campanha. A gente não constrói reputação na rede em pouco tempo. Então, não tem como, em dois meses de campanha, querermos construir uma reputação e uma presença massiva na rede. Temos hoje 128 blogs cadastrados, que são blogs espontâneos de apoio, muitos com audiência muito próxima à do blog oficial da candidata. A nossa estratégia nas redes sociais é estimular que nossos apoiadores construam conteúdos multimídia. Não vamos deixar de construir na agência (de publicidade). Mas estamos apostando muito nessa idéia de que o apoiador precisa construir o conteúdo.

Como o DilmaBoy?
Sim. Nós nunca tínhamos ouvido falar desse cara. É um webhit. Há dezenas de outros. Nós estamos apostando. Foi assim a campanha do Obama. Essa idéia de que foi a agência que construiu a campanha do Obama nas redes sociais é um erro. Ela foi construída pelos apoiadores. 90% dos vídeos postados foram caseiros. E os de maior audiência foram esses.Estamos apostando nisso. O viral é uma coisa imprevisível. Ninguém constrói um viral. As pessoas tentam, mas na maioria das vezes não conseguem. O que pega é o imprevisível. As pessoas não compartilham só informação, mas emoções também. Hoje não existe uma ferramenta para medir emoções na rede. Talvez mais adiante se consiga. Até hoje a comunicação, o jornalismo e a publicidade conseguiram construir ferramentas de avaliação em cima de informações. Mas as redes sociais têm outro ingrediante imprevisível, que é a emoção. As redes sociais transmitem informação com emoção. Dependendo do momento da rede, um conteúdo pode bombar ou não. As pessoas replicam dependendo de como estejam.

Como fazer para mobilizar as pessoas então?
O que mais organiza a campanha da Dilma tem sido o Twitter porque todas as pessoas organizadores, apoiadoras, estão no Twitter. As pessoas estão seguindo o Twitter de mobilização – @dilmanaweb, por exemplo – o que organiza as atividades. E nós construímos a caravana digital, que são reuniões físicas. Viajei o Brasil todo nos últimos 50 dias, capital por capital, e nós estamos fazendo reuniões físicas com centenas de militantes em casa estado. Nessas reuniões nós discutimos as estratégias e as melhores formas de atuar nas redes sociais. Não é curso. Participam blogueiros, twitteiros. Em muitos casos, as pessoas nunca foram políticas, mas estão se envolvendo na campanha pela estratégia que estamos adotando. Reunimos 7 mil pessoas no total, 320 média por local. Queremos preparar e estimular esses militantes a fazer a cobertura multimídia.

Como vocês chamam as pessoas para essas reuniões?
Tudo pelo Twitter. O Twitter é para convocação.

Já há uma resposta objetiva nas pesquisas eleitorais?
A nossa estratégia é usar as redes sociais para construir opinião, argumentos e contra-argumentos para que esses argumentos não sejam usados não só dentro da internet, mas principalmente fora. A nossa visão da internet é como espaço de organização dos apoiadores para fazer o debate offline, para disputar os votos nas ruas, no trabalho, onde a eleição será decidida. Não tenho expectativa de que a gente irá virar milhares de votos de indecisos. Mas a rede irá fortalecer os contra-argumentos para a disputa offline. Credito que a movimentação nas redes até agora tem ajudado a fortalecer o crescimento da Dilma nas pesquisas. Claro que há muitos outros elementos: o Lula, a postura da candidata que melhora no discurso a cada dia que passa. Mas acho que a internet tem ajudado a mobilizar as pessoas nas ruas.

Nesta campanha, essa mobilização irá além do apio nos avatares fo Orkut e do Twitter?
Claro. No posicionamento de um produto, conta muito quem está bem colocado nos trending topics do Twitter, por exemplo. Quando vai comprar um produto, o cara vai ver se é o mais citado, o mais comentado. Só que uma campanha política é diferente. Nós queremos falar com pessoas verdadeiras. É ótimo saber quantas vezes estivemos nos trending topics, é bom para motivar a campanha. Mas para mim é mais importante saber quantas pessoas nós estamos envolvendo na internet. Ninguém vai no blog do Serra ou da Dilma indeciso. As redes sociais estão servindo para organizar os apoiadores para as pessoas fazerem campanha fora da internet.

Você pode não ir no blog do candidato se não for apoiador. Mas no Twitter você pode acompanhar coisas que seus amigos twittaram e, daí, decidir seu voto, não?
Claro que em alguns votos pode ocorrer isso. Acho que numa segunda eleição teremos uma melhor medida disso. Hoje, não consigo. Acredito que alguns votos mudem dentro da rede. Que as pessoas vejam que eu sou Marcelo, fiz Campus Party, e decidam seu voto a partir daquilo que eu falar no Twitter. Acho que isso acontece também. Mas é obvio que a maioria dos votos vai virar fora da rede. Porém, acho que esses que esses votos viram serão muito influenciados pela capacidade de as pessoas se informarem na rede. Como hoje os apoiadores conseguem saber o que falar nas ruas, o que comentar com os indecisos? Não é por uma carta do partido, como era antigamente. Eles se informam pela internet, vão lá na comunidade da Dilma, acompanham as lideranças políticas no Twitter e vão para o mundo offline.

Os candidatos irão debater entre si pelo Twitter?
Não acredito. Acho que não tem sido a estratégia do Serra, da Dilma e da Marina, por exemplo, a Dilma dar uma paulada na Marina, a Marina no Serra e o Serra na Dilma pelo Twitter. Ali é um espaço muito controlado pela assessoria de imprensa clássica. Ali tem todo o marketing que cuida do que se fala no Twitter. Diferentemente do que a gente fala normalmente, correndo riscos. Mas o risco que a gente corre é que vai dar a dinâmica dessas eleições.

Quer dizer que há uma equipe que cuida do que o candidato twitta?
Claro. Mesmo o Serra, que está há mais tempo no Twitter, não faz o que fazia antes. Está todo mundo meio segurando a barra. Diferentemente dos twitters dos apoiadores. Se eu tiver lideranças numa rede social, como comunidade de software livre, dos favelados, etc., a mensagem só vai chegar neles se alguém que já pertence à rede acionar a palavra. Não adianta eu, Marcelo, querer falar com ele, Essa relação que temos com base aliada do PT, dos movimentos sociais organizados que já estão nas redes sociais, é o que nos dá vantagem na internet.

Como você vê a possibilidade de blogs apócrifos, perfis apócrifos?
É normal, acho que já acontece. Mas acho que essas baixarias não dão resultado. Se o cara montar um blog para fazer baixaria contra adversários, quem vai ler esse cara? Como vou criar uma audiência para esse blog? Qual é a credibilidade? Temos dezenas de blogs atacando a Dilma. Optamos em não acionar juridicamente. Se formos acionar, fará o maior barulho e daremos audiência para esse cara.

Você teve de ensinar a Dilma a usar o Twitter?
A Dilma não é uma pessoa totalmente fora da tecnologia. Ele sempre levou notebook no governo. Desde o ano passado, ela tem me falado que queria estar no Twitter, mas não tinha tido essa oportunidade. Há dois meses, estava em Brasília, ela me chama na casa dela às 18h e diz: ‘Marcelo, estou pronta, agora vou fazer o Twitter’. Ela escolheu o nome, @dilmabr. Ela entrou no Twitter, fez cinco posts, eu anunciei no meu Twittar que ela estava lá. Em 30 minutos, ela tinha 1,7 mil seguidores. Uma hora depois, 3,2 mil. E não foi mandada uma nota de imprensa. Ela está pouco a pouco aprendendo. Tem acjuda da assessora de comunicação. Ela não usa até agora o dispositivo móvel, usa o notebook. Mas ela mesma faz os twitts dela. Ela me disse: “O que for meu, deixa comigo”.

Fonte ESTADÃO

Pra começar bem a semana, Flor do reggae com Cida Lobo

17 de julho de 2010

SBPC CULTURAL 2010 - FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO

SBPC CULTURAL 2010

PROGRAMAÇÃO - LABIRINTO CULTURAL

FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO


Organizada em um espaço com formato de um labirinto, a exposição apresentará um pouco da cultura potiguar. Se um tradicional labirinto é constituído por um conjunto de percursos intrincados criados com a intenção de desorientar quem os percorre, no Labitinto Cultural da SBPC 2010, organizado pela Fundação José Augusto, esse trajeto vai orientar os participantes a conhecer um pouco da cultura local, sua diversidade, sua tradição e contemporaneidade. Além disso, o espaço contará com uma mostra diária de vídeos produzidos no Rio Grande do Norte e com um palco onde ocorrerão apresentações culturais das mais variadas linguagens artísticas, envolvendo mais de 500 artistas.

PROGRAMAÇÃO PALCO



26 DE JULHO – SEGUNDA



· 16h - GRUPO DE CHORINHO MANOEL DO CAVAQUINHO – CASA DE CULTURA POPULAR DE GROSSOS

· 16h40 - O MALA DA ARTE - CASA DE CULTURA POPULAR DE ASSÚ

· 17H25 - GRUPO DE CAPOEIRA E MACULELÊ - CASA DE CULTURA POPULAR DE MACAU

· 17h45 - OS MÍMICOS - CASA DE CULTURA POPULAR DE LAJES

· 18h - BRAZUKA JAZZ - SHOW “BRAZUCA JAZZ À VONTADE”

· 19h - CORAL HARMUS – INSTITUTO DE MÚSICA WALDEMAR DE ALMEIDA



27 DE JULHO – TERÇA



· 16h - JOEL CARVALHO/MARCOS SILVA/SILVIA SOL – SHOW “DA NAÇÃO POTIGUAR – OUTROS TÓPICOS”

· 16h50 – BAMBELÔ DA ALEGRIA DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE

· 17h10 – BOI DE REIS PINTADINHO DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE

· 17h40 - A LOJA DE CHAPÉUS – PONTO DE CULTURA EM CENA AÇÃO (JANDUIS)

· 18h - MAGUINHO DA SILVA – SHOW “E O PIOR QU’ISSO TUDO NÃO É FICÇÃO”

· 19h10 - PROJETO TRINCA – SHOW “O NOSSO DISCO DAVA UM FILME”



28 DE JULHO – QUARTA



· 16h - GRUPO DE VIOLINO E METAIS - CASA DE CULTURA POPULAR DE NOVA CRUZ

· 16h30 - GRUPO CORDÃO DE OURO: CAPOEIRA E MACULELE – PONTO DE CULTURA CHICO ANTONIO: NA PANCADA DO GANZÁ - PEDRO VELHO

· 17h - SAMIR BILRO – SHOW “O SOM DAS PALAVRAS”

· 18h - BOI DE REIS DA PRAIA DE CARAÚBAS

· 18h30 – PASTORIL DONA JOAQUINA

· 19h - CORAL CANTO DO POVO – FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO



29 DE JULHO – QUINTA



· 16h – SONOROSINHO – INSTITUTO DE MÚSICA WALDEMAR DE ALMEIDA

· 16h45 - PRINCESA DE BAMBULUÁ – PONTO DE CULTURA AVANÇA BOM PASTOR

· 17h15 - 1.2 JUNTOS - CIA. DE DANÇA DO TEATRO ALBERTO MARANHÃO (EDTAM)

· 18h - TEATRO DE MAMULENGOS - CASA DE CULTURA POPULAR DE CURRAIS NOVOS

· 18h30 - QUARTETO PRISMA – SHOW “MISTURA DE SENTIMENTOS”



30 DE JULHO – SEXTA



· 16h30 - GRUPO DE FLAUTA DOCE E CHORINHO - CASA DE CULTURA POPULAR DE CAMPO GRANDE

· 17h10 - PASTORIL ESTRELA DO MAR DE MAXARANGUAPE

· 17h30 - APRESENTAÇÃO DE BALÉ DA ESCOLA DE ARTE SANTA CECÍLIA - CASA DE CULTURA POPULAR DE MARTINS

· 18h – BANDA LUNARES – SHOW “LUNARES PROMO-SHOW 2010”

· 19h10 - BANDA FLIPERAMA – SHOW “BEM MAIS QUE 3 ACORDES”



LABIRINTO DA CULTURA REGIONAL
Exposição Fotográfica, Mostra de Vídeos e Apresentações Culturais
25 a 30 de julho - 9h às 20h
62ª Reunião Anual da SBPC
Campus da UFRN - Ao lado da Reitoria

DILMABOY

Esquina do Continente - Pedrinho Mendes

16 de julho de 2010

OS DONOS DO PODER

OS DONOS DO PODER

* Homero de Oliveira Costa*

Passados 25 anos do fim da ditadura militar no Brasil, podemos considerar que vivemos num país plenamente democrático? Creio que a resposta mais prudente desta pergunta é: em termos. Se não vivemos numa democracia em sentido mais amplo, cujo princípio fundamental é o da igualdade, é inegável que temos o que alguns autores chamam de “democracia eleitoral” na qual há uma ampla liberdade de organização política, eleições periódicas, liberdade de expressão, sem ameaças de (mais uma) intervenção militar na política brasileira, E, como diz Luis Felipe Miguel “Em meio a constantes crises-econômicas, éticas, de governabilidade – a democracia brasileira mostrou-se capaz de resistir, sem que o retrocesso político surgisse como alternativa possível para qualquer força social relevante”

Por outro lado, parece não termos ainda uma democracia num sentido mais amplo, ou seja, como forma de governo que tenha como um dos seus princípios a igualdade. Mesmo reconhecendo que houve inegáveis avanços sociais, especialmente a partir de 2002, com o governo Lula, com a redução da pobreza, o país ainda mantém um padrão de desigualdades que, para citar Luis Felipe Miguel mais uma vez, compromete a qualidade da democracia. O autor acrescenta que, além de desses (graves) problemas, há outro aspecto relevante para se analisar a qualidade da democracia no Brasil: a grande concentração dos meios de comunicação (“O possível, aquém do necessário: transformando a ação política da mídia no Brasil”).

Nesse sentido, desde o fim da ditadura militar, se houve avanços, em relação especificamente à concentração dos meios de comunicação, houve um retrocesso: em vez de diminuir, a concentração cresceu. E, concentrada nas mãos de poucos grupos (econômicos, familiares, políticos etc.), não há pluralidade de informações, condição essencial numa democracia.

Os dados a respeito da concentração dos meios de comunicação mostram que a tendência tem sido de crescimento. No início dos anos l990, ou seja, pouco depois do fim da ditadura militar, havia nove grupos de empresas familiares que controlavam a grande parte da mídia no Brasil: Abravanel (SBT), Bloch (Manchete) Civita (Abril), Frias (Folha), Levy (Gazeta) Marinho (Globo) Mesquita (O Estado de S. Paulo) Nascimento Britto (Jornal do Brasil) e Saad (Grupo Bandeirantes).

Em 2002, esse numero se reduz para cinco: Bloch, Levy, Nascimento Brito e Mesquita já não exercem mais o controle sobre os antigos veículos. Houve, portanto, uma maior concentração e, ao mesmo tempo, esses grupos passam a atuar em outras áreas, ou s seja, além dos jornais e canais de televisão, esses grupos familiares controlam outros setores (provedores de internet, jornais, revistas TV aberta, por assinatura, rádio, etc.).

Venício A. Lima é um dos mais importantes estudiosos da mídia no Brasil publicou em 2001, um livro (“Mídia: teoria e Política”) em que analisando especificamente os meios de comunicação, procura inserir o Brasil no que chama de “cenário da globalização contemporânea” no qual um dos aspectos principais, é a oligopolização do setor, no qual uma das conseqüências é a enorme e sem precedente concentração da propriedade em reduzido número de mega-empresas mundiais.

O autor cita um estudo de McChesney, que mostra como o mercado global da mídia era comandado, naquele momento por dez enormes conglomerados, no qual 40 empresas eram (são) direta ou indiretamente associadas às primeiras.

No caso específico do Brasil, há o que ele chama de concentração horizontal (tratando-se da oligopolização ou monopolização que se produz dentro de uma mesma área do setor (ex. televisão), propriedade cruzada (ou seja, a propriedade, pelo mesmo grupo de diferentes tipos de mídia (o caso paradigmático em ambos é o da Rede Globo).

Além de grupos familiares, há de se levar em conta a expansão das igrejas (exemplo da Rede Record, propriedade da Igreja Universal do Reino de Deus, Rede Vida etc.) e o controle por parte de políticos. Um estudo feito em 2001 por Israel Fernando de Carvalho Bayma (“A concentração da propriedade dos meios de comunicação e o coronelismo eletrônico”, acessível no site www.donosdamidia.com.br) mostrou que das 3.315 concessões de rádio e televisão distribuídas pelo governo Federal, 37,5% pertenciam a políticos (de vários partidos).

Em 2004, um levantamento do Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação revelou que 38% dos senadores possuíam relação direta ou indireta com veículos de comunicação, a maioria do PFL (hoje DEM) com 58,8% seguido do PSDB com 54,5% e que também deputados federais e governadores de Estado são proprietários de emissoras de rádio e/ou televisão.

Dados relativos ao quadriênio 2007-2010 indicam que um terço dos senadores e mais de 10% dos deputados detêm o controle de rádios e/ ou televisões.

Quanto aos jornais, segundo dados da Associação Nacional de Jornais – ANJ – sobre a comercialização de jornais diários impressos há um alto grau de concentração na mídia impressa brasileira, tanto em termos de circulação, como de propriedade: numa pesquisa feita em 2001 e 2003, por exemplo, entre mais de 500 veículos de comunicação impressos de circulação diária em todo país, os dez maiores jornais estavam localizados na região Sul e Sudeste e apenas seis grupos empresariais concentravam a propriedade de mais da metade da circulação diária de notícias impressas no país (mais precisamente 55,46%).

Assim, pode-se constar que a mídia brasileira carece de pluralismo e como afirma Venicio A. Lima “Corremos, de fato, o risco de estar assistindo a um processo de concentração de propriedades, de manutenção de velhas estruturas familiares, de fortalecimentos de elites políticas locais e regionais, acompanhado da presença significativa de igrejas no setor de comunicações, que pode se constituir em ameaça concreta, não só para a liberdade de expressão mais para a própria democracia no Brasil”]

*Homero Costa é professor do Departamento de Ciências Sociais da UFRN

Os quase Deuses

Ah, como mentem os jornalistas!
Mas todos se acham coerentes
Dependem, mas se dizem independentes
Suas verdades, são as verdades, nunca pontos de vistas.

Os admiro, pois são todos uns artistas...
Meu Deus, eles sabem de tudo!
Falam e escrevem sobre tudo
Porque de tudo eles são especialistas...

Se mudam de emprego ou de patrão
Também mudam logo de opinião
Mas esbravejam: “Só coincidência!...

Na política, todos estão na neutralidade
Sem partidos, só do lado da verdade
Está em nós, pobres mortais, qualquer incoerência.

(Carlos Barba dos Santos)

Imagens da inauguração da casa do bem ontem




12 de julho de 2010

Casa do Bem é sonho concretizado

ONG idealizada pelo jornalista Flávio Rezende inaugura sede no
próximo dia 15, em Mãe Luiza

Por Verônica Garrido
Assessoria de Imprensa voluntária

O sonho agora é realidade. Depois de cinco anos de luta pela construção de um espaço próprio e muitos outros no caminho da solidariedade, o escritor e jornalista Flávio Rezende anuncia a inauguração da sede oficial da Casa do Bem, no bairro de Mãe Luiza. Será no próximo dia 15 de julho, quando Flávio comemora também 49 anos de idade.
Na programação estão, em um primeiro momento, além de muita energia positiva, apresentações culturais de jovens assistidos pela Casa, plantação de mudas de árvores na área de esportes de Mãe Luiza, discursos das autoridades presentes e homenagens, show do grupo Raízes do Samba, formado por meninos do bairro, e queima de fogos. Tudo isso a partir das 18h, no Centro Desportivo do bairro (campo de futebol), que fica na Rua João XXIII, sem número. Em seguida, por volta das 21h, haverá o deslocamento dos presentes até a Casa do Bem, nº 1719, na mesma rua, para o descerramento da placa e a visitação às instalações da entidade, com oferecimento de coquetel naturalista.
A sede da ONG presidida por Flávio Rezende abre as portas para a comunidade já com 30 ações humanitárias para abrigar e uma estrutura que conta com 11 salas, uma cozinha, cinco banheiros, estacionamento, salas específicas para gastronomia, balé, informática, atendimento psicológico, ensaios do coral e da capoeira, a casa do surfe, brinquedoteca e biblioteca/videoteca. Ainda num segundo momento, serão inaugurados mais dois auditórios.
De acordo com Flávio, a construção de toda essa estrutura foi possível graças ao apoio do Governo do Estado, da Fundação José Augusto, pela Lei Câmara Cascudo, da Cosern e da Petrobras. A ONG conta também com o apoio da Prefeitura do Natal e de diversas empresas e pessoas individualmente.
A Casa do Bem vai funcionar das 8h às 22h e também ficará disponível para que pessoas de boa vontade nela possam compartilhar o seu conhecimento e seus dons pessoais, promovendo, por exemplo, aula de idiomas, ensino de instrumentos musicais, criação de grupos culturais, aulas de gastronomia, palestras, exibição de filmes, realização de shows, entre outras atividades. Além disso, o local vai servir como ponto de apoio para festas infantis de pessoas carentes, para realização de eventos do bairro e como pólo centralizador de discussões de interesse da comunidade.
Hoje, a Casa do Bem atende diretamente, com os 30 projetos, cerca de 450 pessoas, entre crianças, jovens e idosos, com predominância da faixa etária entre 5 e 22 anos. “Todos os projetos têm um coordenador voluntário e o meu papel é tornar todas as ações possíveis e fazer acontecer. Articulo, planejo, crio, peço ajuda, cuido de tudo para que as ações se tornem realidade, mas cada uma tem uma pessoa responsável”, explica Flávio Rezende, que aproveita para fazer o convite: “Conclamo as pessoas de bom coração a ingressarem nas fileiras do bem se tornando voluntários, compartilhando seus dons pessoais gratuitamente com aqueles que necessitam”.
Os projetos realizados atualmente envolvem as áreas da educação, do esporte, da cultura e do lazer. Entre eles estão: Cursinho do Bem, Surfistas do Bem, Capoeiristas do Bem, Casa do Bem Futebol Clube, Coral Infantil da Casa do Bem, Grupo Vocal da Casa do Bem, Cultura do Bem, Show do Bem, Livro Letras e Imagens do Bem, Hotel do Bem, Caminhada do Bem, entre outros.
Como a ONG atua em diversas áreas, acaba envolvendo muita gente nessa energia do bem, na vivência de ajudar as pessoas, dando o peixe em alguns casos, mas principalmente ensinando a pescar, como conta o seu presidente e fundador: “A Casa do Bem atua em um dos bairros mais violentos da cidade e o objetivo principal é ocupar os jovens, dando a eles uma identidade e afastando-os da influência das drogas, da violência etc. A idéia é tentar causar um reflexo bom na vida deles. Uns certamente vão aproveitar de uma forma melhor que outros, mas estou dando uma oportunidade, uma maneira melhor de ver a vida, abrindo horizontes, proporcionando descobertas”.
Segundo Flávio, com a inauguração da sede, a tendência é envolver ainda mais as pessoas, trazendo cada vez mais resultados positivos, e difundir cada vez mais a cultura da paz na sociedade até mesmo através da imprensa. “Sinto-me extremamente bem em ajudar as pessoas de diversas maneiras e o sonho da construção da Casa foi sendo vivenciado passo a passo numa história de vitórias e também de pequenos contratempos. Mas agora, com a efetiva realização do sonho, no dia do meu aniversário, só me lembro do lado bom de tudo e dedico essa luta vitoriosa principalmente a meu pai, ao qual a Casa do Bem Dr. Fernando Rezende é dedicada, e a meus demais familiares, meus filhos e minha esposa, como também a todas as pessoas que foram e que vão ser beneficiadas com as ações humanitárias que estamos desenvolvendo, além dos voluntários que trabalham e dos doadores que ajudam”.
Até o final do ano, a Casa do Bem está trabalhando na realização do Show Diga Sim ao Bem, que conta com a apresentação anual de todos os grupos da ONG. Em 2010, o show deve acontecer em novembro. O volume 5 do Livro Letras e Imagens do Bem já está em fase de diagramação e será lançado em breve e todos os demais projetos como o Cultura do Bem, a Visita do Bem e o Hotel do Bem continuam acontecendo sistematicamente.

A HISTÓRIA DO PRESENTE
O presente de aniversário não poderia ser melhor para o jornalista “alma boa”, que tem uma bonita história do bem para contar. Flávio Rezende é escritor, jornalista, funcionário da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, canceriano, autor de 20 livros, casado e dois filhos. Pessoa iluminada, sincera, amiga para todas as horas - realmente do bem. Sempre gostou de ajudar as pessoas, mesmo no colégio, na faculdade. Ajudava como podia.
No ano de 1992, foi morar em Mãe Luiza, onde comprou um terreno e começou a construir sua casa. Pouco a pouco conheceu as pessoas do bairro carente e como já tinha seu próprio dinheiro, conquistado por meio do trabalho como jornalista em assessorias de imprensa, começou a ajudá-las de diversas maneiras. Flávio ajudava as pessoas dando dinheiro para pequenas reformas em suas casas, levava para hospital e maternidade quando preciso, entre outras coisas.
Nessa época surgiu o trabalho Liberdade aos Passarinhos, que ele chamou depois de Pazlhaço da Paz. A idéia era distribuir doces, balas para crianças de Mãe Luiza e chegar às casas do bairro procurando passarinhos e estimulando as pessoas a libertá-los. Cada vez mais envolvido com o voluntariado, o jornalista se inscreveu na ONG Natal Voluntários, que faz o trabalho de intermediação entre as pessoas de boa vontade e as outras ONGs, direcionando voluntários para as entidades carentes existentes.
Assim, Flávio percebeu que existia uma boa vontade das pessoas em fazer o bem, em ajudar, mas que isso se perdia às vezes porque elas não sabiam pra onde ir, não sabiam a quem poderiam ajudar. Pensou então que seria interessante construir um lugar para poder receber qualquer tipo de voluntários, desde que as pessoas fossem compartilhar seus dons de maneira gratuita. Foi quando, por volta de 1993, 1994, sempre caminhando pela manhã, bem cedo, amadureceu a idéia.
Inicialmente, Flávio pensou em comprar uma casa para que pudesse fazer esse trabalho e em como conseguir o dinheiro. Conversou com Paulo Campos, então presidente da Apurn, de onde Flávio era assessor de imprensa, sobre a idéia e a partir dos conselhos do amigo viu que não conseguiria evoluir nessa vontade sem fundar uma ONG, que daria todo o amparo legal, jurídico. Paulo Campos convenceu Flávio Rezende e disse ainda que o ajudaria. Assim, Flávio foi atrás e em 2005 conseguiu fundar a ONG Casa do Bem. Mas a idéia inicial de comprar uma pequena casa ainda permanecia.
A primeira ação para arrecadar dinheiro foi publicar o Livro Letras e Imagens do Bem, que seria escrito só por jornalistas colaboradores, mas que terminou com a participação de outras pessoas também. No lançamento do livro, o empresário Ricardo Barros, que tem um estabelecimento comercial no bairro de Mãe Luiza, estava presente e ofereceu um terreno em doação, um terreno dos maiores para o padrão do bairro. Com isso, Flávio teve que abandonar logo a idéia de comprar uma casa pequena e partir para a idéia de construir uma casa.
Com a nova idéia na cabeça, Flávio falou com a jornalista Eliana Lima, que indicou o arquiteto Wellington Fernandes. Ele aceitou e fez o projeto arquitetônico da Casa do Bem. O orçamento foi feito na seqüência. Seriam necessários 370 mil reais para a construção da sede da ONG. Então, o jornalista do bem começou a luta, com a realização de festas, rifas, bingos e viu que seria muito difícil construir a casa com o dinheiro arrecadado só dessa maneira. Assim, um amigo informou que podia transformar o projeto de construção da Casa do Bem em um projeto amparado pela Lei Câmara Cascudo de Incentivo à Cultura.
A essa altura, Flávio começou a criar, paralelamente à luta para construir a Casa do Bem, o que ele chama de ações humanitárias no bairro, como: a criação do coral infantil, um dos primeiros projetos, com a voluntária Cristina Nagahama; a adoção dos jovens que praticavam surfe no bairro pela fundação Filhos da Mãe, que se transformaram nos Surfistas do Bem; a criação do time de futebol Casa do Bem Futebol Clube; o grupo vocal da Casa do Bem; a realização de visitas do bem, vindo em seguida o balé, a capoeira e muitos outros.
O projeto de construção da sede da ONG foi então aprovado pela Lei Câmara Cascudo. Em seguida recebeu a adesão primeiramente da Cosern e depois da Petrobras, o que culminou na sua conclusão e inauguração agora em 2010, no próximo dia 15 de julho.
O sonho se transformou então em realidade e segundo Flávio Rezende, presidente da entidade, nessa caminhada nos últimos cinco anos, muito mais de 200 ações humanitárias foram realizadas pela ONG Casa do Bem nos mais variados lugares de Natal. Isso se considerarmos a realização de apenas três ações por mês.
“A palavra BEM nunca foi tão falada na cidade, tudo é do bem, não tem discriminação, envolvimento político. Construímos muito mais do que uma casa, mais do que um sonho, um pólo centralizador do bem. Trabalhamos de maneira bem simples, sem muitas pretensões, sem muito protocolo. Todos podem ajudar e fazer parte dessa corrente”, conclui Flávio Rezende.
Doações de alimentos, roupas, utensílios domésticos e equipamentos de informática sempre são bem vindos, além de apoios financeiros que podem ser depositados na conta do Banco do Brasil 26847-X, Agência 1668-3. As pessoas interessadas em conhecer a Casa do Bem ou em ser voluntárias podem entrar em contato pelos telefones (84) 3202-3441 e (84) 9902-0092. A Casa do Bem tem suas ações detalhadas no site www.casadobem.org.br.


--
Verônica Garrido
(84) 9922-3680



Ficaremos gratos com sua presença na
inauguração da Casa do Bem - Dr. Fernando Rezende.
Fica na rua João XXIII, 1719 - Mãe Luiza, entre os motéis Rarus e Caribe.
A inauguração vai começar no Campo de Futebol de Mãe Luiza das 18 às 21h e, a partir dai, na própria sede. O Campo de Futebol fica na mesma rua João XXIII, depois do Rarus no sentido Via Costeira - Petrópolis e, antes, no sentido Petrópolis - Via Costeira. Teremos pessoal cuidando dos carros e indicando o local. Vai ser no próximo dia 15, uma quinta-feira.
Mais detalhes, 9902 0092 - 3202-3441
Luz e paz, Flávio Rezende


Casa do Bem - Ajude a manter !
Acesse: www.casadobem.org.br


ONG idealizada pelo jornalista Flávio Rezende inaugura sede no
próximo dia 15, em Mãe Luiza

Por Verônica Garrido
Assessoria de Imprensa voluntária

O sonho agora é realidade. Depois de cinco anos de luta pela construção de um espaço próprio e muitos outros no caminho da solidariedade, o escritor e jornalista Flávio Rezende anuncia a inauguração da sede oficial da Casa do Bem, no bairro de Mãe Luiza. Será no próximo dia 15 de julho, quando Flávio comemora também 49 anos de idade.
Na programação estão, em um primeiro momento, além de muita energia positiva, apresentações culturais de jovens assistidos pela Casa, plantação de mudas de árvores na área de esportes de Mãe Luiza, discursos das autoridades presentes e homenagens, show do grupo Raízes do Samba, formado por meninos do bairro, e queima de fogos. Tudo isso a partir das 18h, no Centro Desportivo do bairro (campo de futebol), que fica na Rua João XXIII, sem número. Em seguida, por volta das 21h, haverá o deslocamento dos presentes até a Casa do Bem, nº 1719, na mesma rua, para o descerramento da placa e a visitação às instalações da entidade, com oferecimento de coquetel naturalista.

A sede da ONG presidida por Flávio Rezende abre as portas para a comunidade já com 30 ações humanitárias para abrigar e uma estrutura que conta com 11 salas, uma cozinha, cinco banheiros, estacionamento, salas específicas para gastronomia, balé, informática, atendimento psicológico, ensaios do coral e da capoeira, a casa do surfe, brinquedoteca e biblioteca/videoteca. Ainda num segundo momento, serão inaugurados mais dois auditórios.

De acordo com Flávio, a construção de toda essa estrutura foi possível graças ao apoio do Governo do Estado, da Fundação José Augusto, pela Lei Câmara Cascudo, da Cosern e da Petrobras. A ONG conta também com o apoio da Prefeitura do Natal e de diversas empresas e pessoas individualmente.

A Casa do Bem vai funcionar das 8h às 22h e também ficará disponível para que pessoas de boa vontade nela possam compartilhar o seu conhecimento e seus dons pessoais, promovendo, por exemplo, aula de idiomas, ensino de instrumentos musicais, criação de grupos culturais, aulas de gastronomia, palestras, exibição de filmes, realização de shows, entre outras atividades. Além disso, o local vai servir como ponto de apoio para festas infantis de pessoas carentes, para realização de eventos do bairro e como pólo centralizador de discussões de interesse da comunidade.
Hoje, a Casa do Bem atende diretamente, com os 30 projetos, cerca de 450 pessoas, entre crianças, jovens e idosos, com predominância da faixa etária entre 5 e 22 anos. “Todos os projetos têm um coordenador voluntário e o meu papel é tornar todas as ações possíveis e fazer acontecer. Articulo, planejo, crio, peço ajuda, cuido de tudo para que as ações se tornem realidade, mas cada uma tem uma pessoa responsável”, explica Flávio Rezende, que aproveita para fazer o convite: “Conclamo as pessoas de bom coração a ingressarem nas fileiras do bem se tornando voluntários, compartilhando seus dons pessoais gratuitamente com aqueles que necessitam”.
Os projetos realizados atualmente envolvem as áreas da educação, do esporte, da cultura e do lazer. Entre eles estão: Cursinho do Bem, Surfistas do Bem, Capoeiristas do Bem, Casa do Bem Futebol Clube, Coral Infantil da Casa do Bem, Grupo Vocal da Casa do Bem, Cultura do Bem, Show do Bem, Livro Letras e Imagens do Bem, Hotel do Bem, Caminhada do Bem, entre outros.

Como a ONG atua em diversas áreas, acaba envolvendo muita gente nessa energia do bem, na vivência de ajudar as pessoas, dando o peixe em alguns casos, mas principalmente ensinando a pescar, como conta o seu presidente e fundador: “A Casa do Bem atua em um dos bairros mais violentos da cidade e o objetivo principal é ocupar os jovens, dando a eles uma identidade e afastando-os da influência das drogas, da violência etc. A idéia é tentar causar um reflexo bom na vida deles. Uns certamente vão aproveitar de uma forma melhor que outros, mas estou dando uma oportunidade, uma maneira melhor de ver a vida, abrindo horizontes, proporcionando descobertas”.

Segundo Flávio, com a inauguração da sede, a tendência é envolver ainda mais as pessoas, trazendo cada vez mais resultados positivos, e difundir cada vez mais a cultura da paz na sociedade até mesmo através da imprensa. “Sinto-me extremamente bem em ajudar as pessoas de diversas maneiras e o sonho da construção da Casa foi sendo vivenciado passo a passo numa história de vitórias e também de pequenos contratempos. Mas agora, com a efetiva realização do sonho, no dia do meu aniversário, só me lembro do lado bom de tudo e dedico essa luta vitoriosa principalmente a meu pai, ao qual a Casa do Bem Dr. Fernando Rezende é dedicada, e a meus demais familiares, meus filhos e minha esposa, como também a todas as pessoas que foram e que vão ser beneficiadas com as ações humanitárias que estamos desenvolvendo, além dos voluntários que trabalham e dos doadores que ajudam”.
Até o final do ano, a Casa do Bem está trabalhando na realização do Show Diga Sim ao Bem, que conta com a apresentação anual de todos os grupos da ONG. Em 2010, o show deve acontecer em novembro. O volume 5 do Livro Letras e Imagens do Bem já está em fase de diagramação e será lançado em breve e todos os demais projetos como o Cultura do Bem, a Visita do Bem e o Hotel do Bem continuam acontecendo sistematicamente.

A HISTÓRIA DO PRESENTE
O presente de aniversário não poderia ser melhor para o jornalista “alma boa”, que tem uma bonita história do bem para contar. Flávio Rezende é escritor, jornalista, funcionário da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, canceriano, autor de 20 livros, casado e dois filhos. Pessoa iluminada, sincera, amiga para todas as horas - realmente do bem. Sempre gostou de ajudar as pessoas, mesmo no colégio, na faculdade. Ajudava como podia.

No ano de 1992, foi morar em Mãe Luiza, onde comprou um terreno e começou a construir sua casa. Pouco a pouco conheceu as pessoas do bairro carente e como já tinha seu próprio dinheiro, conquistado por meio do trabalho como jornalista em assessorias de imprensa, começou a ajudá-las de diversas maneiras. Flávio ajudava as pessoas dando dinheiro para pequenas reformas em suas casas, levava para hospital e maternidade quando preciso, entre outras coisas.
Nessa época surgiu o trabalho Liberdade aos Passarinhos, que ele chamou depois de Pazlhaço da Paz. A idéia era distribuir doces, balas para crianças de Mãe Luiza e chegar às casas do bairro procurando passarinhos e estimulando as pessoas a libertá-los. Cada vez mais envolvido com o voluntariado, o jornalista se inscreveu na ONG Natal Voluntários, que faz o trabalho de intermediação entre as pessoas de boa vontade e as outras ONGs, direcionando voluntários para as entidades carentes existentes.

Assim, Flávio percebeu que existia uma boa vontade das pessoas em fazer o bem, em ajudar, mas que isso se perdia às vezes porque elas não sabiam pra onde ir, não sabiam a quem poderiam ajudar. Pensou então que seria interessante construir um lugar para poder receber qualquer tipo de voluntários, desde que as pessoas fossem compartilhar seus dons de maneira gratuita. Foi quando, por volta de 1993, 1994, sempre caminhando pela manhã, bem cedo, amadureceu a idéia.
Inicialmente, Flávio pensou em comprar uma casa para que pudesse fazer esse trabalho e em como conseguir o dinheiro. Conversou com Paulo Campos, então presidente da Apurn, de onde Flávio era assessor de imprensa, sobre a idéia e a partir dos conselhos do amigo viu que não conseguiria evoluir nessa vontade sem fundar uma ONG, que daria todo o amparo legal, jurídico. Paulo Campos convenceu Flávio Rezende e disse ainda que o ajudaria. Assim, Flávio foi atrás e em 2005 conseguiu fundar a ONG Casa do Bem. Mas a idéia inicial de comprar uma pequena casa ainda permanecia.
A primeira ação para arrecadar dinheiro foi publicar o Livro Letras e Imagens do Bem, que seria escrito só por jornalistas colaboradores, mas que terminou com a participação de outras pessoas também. No lançamento do livro, o empresário Ricardo Barros, que tem um estabelecimento comercial no bairro de Mãe Luiza, estava presente e ofereceu um terreno em doação, um terreno dos maiores para o padrão do bairro. Com isso, Flávio teve que abandonar logo a idéia de comprar uma casa pequena e partir para a idéia de construir uma casa.
Com a nova idéia na cabeça, Flávio falou com a jornalista Eliana Lima, que indicou o arquiteto Wellington Fernandes. Ele aceitou e fez o projeto arquitetônico da Casa do Bem. O orçamento foi feito na seqüência. Seriam necessários 370 mil reais para a construção da sede da ONG. Então, o jornalista do bem começou a luta, com a realização de festas, rifas, bingos e viu que seria muito difícil construir a casa com o dinheiro arrecadado só dessa maneira. Assim, um amigo informou que podia transformar o projeto de construção da Casa do Bem em um projeto amparado pela Lei Câmara Cascudo de Incentivo à Cultura.
A essa altura, Flávio começou a criar, paralelamente à luta para construir a Casa do Bem, o que ele chama de ações humanitárias no bairro, como: a criação do coral infantil, um dos primeiros projetos, com a voluntária Cristina Nagahama; a adoção dos jovens que praticavam surfe no bairro pela fundação Filhos da Mãe, que se transformaram nos Surfistas do Bem; a criação do time de futebol Casa do Bem Futebol Clube; o grupo vocal da Casa do Bem; a realização de visitas do bem, vindo em seguida o balé, a capoeira e muitos outros.
O projeto de construção da sede da ONG foi então aprovado pela Lei Câmara Cascudo. Em seguida recebeu a adesão primeiramente da Cosern e depois da Petrobras, o que culminou na sua conclusão e inauguração agora em 2010, no próximo dia 15 de julho.
O sonho se transformou então em realidade e segundo Flávio Rezende, presidente da entidade, nessa caminhada nos últimos cinco anos, muito mais de 200 ações humanitárias foram realizadas pela ONG Casa do Bem nos mais variados lugares de Natal. Isso se considerarmos a realização de apenas três ações por mês.
“A palavra BEM nunca foi tão falada na cidade, tudo é do bem, não tem discriminação, envolvimento político. Construímos muito mais do que uma casa, mais do que um sonho, um pólo centralizador do bem. Trabalhamos de maneira bem simples, sem muitas pretensões, sem muito protocolo. Todos podem ajudar e fazer parte dessa corrente”, conclui Flávio Rezende.
Doações de alimentos, roupas, utensílios domésticos e equipamentos de informática sempre são bem vindos, além de apoios financeiros que podem ser depositados na conta do Banco do Brasil 26847-X, Agência 1668-3. As pessoas interessadas em conhecer a Casa do Bem ou em ser voluntárias podem entrar em contato pelos telefones (84) 3202-3441 e (84) 9902-0092. A Casa do Bem tem suas ações detalhadas no site www.casadobem.org.br.


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Verônica Garrido
(84) 9922-3680



Ficaremos gratos com sua presença na
inauguração da Casa do Bem - Dr. Fernando Rezende.
Fica na rua João XXIII, 1719 - Mãe Luiza, entre os motéis Rarus e Caribe.
A inauguração vai começar no Campo de Futebol de Mãe Luiza das 18 às 21h e, a partir dai, na própria sede. O Campo de Futebol fica na mesma rua João XXIII, depois do Rarus no sentido Via Costeira - Petrópolis e, antes, no sentido Petrópolis - Via Costeira. Teremos pessoal cuidando dos carros e indicando o local. Vai ser no próximo dia 15, uma quinta-feira.
Mais detalhes, 9902 0092 - 3202-3441
Luz e paz, Flávio Rezende


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Prece ao vento - Terezinha de Jesus e Odaires

Viva K-ximbinho e sua Catita

Morre “mestre Lucas dos Congos”

por Carlos A. Barbosa

Vítima de um AVC [Acidente Vascular Cerebral] morreu, ontem à noite, aos 89 anos, em São Gonçalo do Amarante (RN), mestre Lucas Teixeira de Moura. Mestre Lucas dos Congos, como era mais conhecido.

Num espaço de apenas dois meses a cultura popular potiguar perdeu duas grandes referências. A primeira foi Dona Militana, a Romanceira do Brasil, que chegou a receber das mãos do presidente Lula a comenda máxima da cultura popular. E agora “mestre Lucas dos Congos”.

Mestre Lucas representa um ícone do folclore sãogonçalense. Ele iniciou suas atividades aos oito anos de idade com os caboclinhos de Milharada, atuou como Contra-Mestre do Boi Calemba de Pedro Guajiru, dançou Fandangos e Bambelô e atualmente comandava os Congos de São Gonçalo do Amarante.

7 de julho de 2010

Prefeitura lança edital de seleção de projetos para o Fundo de Incentivo à Cultura

Prefeitura lança edital de seleção de projetos para o Fundo de Incentivo à Cultura
Data de publicação: 06/07/2010 16:06

A prefeita Micarla de Sousa, juntamente com os Conselheiros Municipais de Cultura, aprovou o edital de seleção de projetos para o Fundo de Incentivo à Cultura (FIC) deste ano. O FIC foi criado pela Lei 4.838 de 09 de julho de 1997, no entanto só foi regulamentado em maio deste ano. O edital já foi publicado no Diário Oficial do Município desde a última quinta-feira, dia 1º de Julho. E será lançado oficialmente numa solenidade no Auditório da Fundação Cultural Capitania das Artes, nesta quarta-feira, 7 de julho as 15h.

O objetivo do FIC é fomentar a produção de bens culturais públicos ou a viabilização de projetos culturais de interesses coletivos no âmbito municipal. Poderão se beneficiar pessoas físicas ou jurídicas, cadastradas no Cadastro Municipal de Entidades Culturais (CMEC), com pelo menos seis meses de atuação cultural comprovada.

Os projetos deverão enquadrar-se em uma das seguintes áreas artísticas ou culturais:

• Patrimônio imaterial - poderão ser inscritos projetos que visem à preservação e difusão da memória, da história, das tradições, usos e costumes coletivos característicos da cidade de Natal, em todas as áreas artístico-culturais;

• Organização e recuperação de acervos, bancos de dados e pesquisas de natureza cultural - poderão ser inscritos projetos que visem à sistematização e à recuperação de acervos artísticos e documentais de cunho cultural, à elaboração e à manutenção de bancos de dados na área de cultura e ao desenvolvimento e publicação de pesquisas de natureza cultural;

• Fomento à produção de novas linguagens artísticas - poderão ser inscritos projetos de produção e circulação nos segmentos de artes cênicas, artes gráficas, artes visuais, audiovisual, design, literatura, música e performance, voltados para a experimentação e a investigação de novas possibilidades expressivas dentro das diversas áreas artísticas.

Serão disponibilizados para o ano de 2010 o valor de R$ 200 mil, com a destinação dividida por área e por projeto. As eventuais sobras de recursos serão direcionadas para contemplar os projetos que figurarem na lista de reserva.

As inscrições são gratuitas e já estão abertas até 15 de agosto. O formulário estará disponível no site da prefeitura: www.natal.rn.gov.br e também com o secretário executivo do Conselho Municipal de Cultura, Amaury Júnior, onde serão prestados os esclarecimentos aos interessados e a orientação técnica para o preenchimento. A sede do CMC é no mesmo endereço da Funcarte (Av. Câmara Cascudo, 434 – Cidade Alta). O atendimento é de segunda a sexta, das 8h às 13h, ou pelo telefone: (084) 3232-8143 e pelo e-mail: cmc@natal.rn.gov.br.

6 de julho de 2010

Fazendo arte nas mídias sociais

Folha de S. Paulo - DIOGO BERCITO

A foto do seu perfil no Facebook pode virar uma obra de arte à sua revelia.
Isso porque artistas como Zed Nesti, 40, têm explorado as redes sociais da internet para criar seus trabalhos.
Em 2009, ele transformou os retratos de alguns de seus amigos em ilustrações rabiscadas com carvão.
O trabalho, "The Book of Faces of Facebook", está disponível no perfil dele, inclusive para desconhecidos. São cerca de cem retratos.
"A brincadeira era fazer de todos os meus amigos, mas acho que não vai dar...", conforma-se. Hoje, sua lista beira 4.500 conhecidos.
O narcisismo que dita a dinâmica das mídias sociais é espelhado no trabalho do artista. "Muita gente me pede para ser retratada", conta.
Pudera. As ilustrações chamam a atenção pelo realismo e pelo estilo variado. Assim, o projeto extrapolou os limites dos bytes e ganhou um formato palpável.
Em fevereiro, 12 dos desenhos fizeram parte da exposição "Found on Facebook", em NY, de obras escolhidas apenas por meio do site.
Além disso, em junho, 60 retratos estiveram em São Paulo na mostra "Mediações", da galeria Motor.
E, por fim, alguns deles devem ser publicados pela editora Taschen, especializada em livros de arte.
"Os artistas estão começando agora a usar mídias sociais", explica Zed.
O americano Matt Held segue esse caminho, pintando a óleo retratos do Facebook.
"Só não quero ser o cara fazendo ilustrações do site quando ele não for mais relevante", disse, em entrevista ao "The New York Times".
Já Liubo Borissov, também dos EUA, buscou inspiração no Chatroulette, site de conversa por webcam. Ele reuniu centenas de horas de imagens no projeto "Crowdsource" (bit.ly/Liubo).
As imagens, porém, não são o único território a ser explorado pelas mídias sociais. No Twitter, a limitação de 140 caracteres serve de inspiração para fazer literatura.
Para os interessados: um concurso de contos (bit.ly/ ContoTw) nesse tamanho recebe inscrições até 25/7.