30 de outubro de 2010

Chico Buarque - Vai Passar (Ditadura militar)

500 anos esta noite

500 anos esta noite

Pedro Tierra


De onde vem essa mulher
que bate à nossa porta 500 anos depois?
Reconheço esse rosto estampado
em pano e bandeiras e lhes digo:
vem da madrugada que acendemos
no coração da noite.

De onde vem essa mulher
que bate às portas do país dos patriarcas
em nome dos que estavam famintos
e agora têm pão e trabalho?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem dos rios subterrâneos da esperança,
que fecundaram o trigo e fermentaram o pão.

De onde vem essa mulher
que apedrejam, mas não se detém,
protegida pelas mãos aflitas dos pobres
que invadiram os espaços de mando?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem do lado esquerdo do peito.

Por minha boca de clamores e silêncios
ecoe a voz da geração insubmissa
para contar sob sol da praça
aos que nasceram e aos que nascerão
de onde vem essa mulher.
Que rosto tem, que sonhos traz?

Não me falte agora a palavra que retive
ou que iludiu a fúria dos carrascos
durante o tempo sombrio
que nos coube combater.
Filha do espanto e da indignação,
filha da liberdade e da coragem,
recortado o rosto e o riso como centelha:
metal e flor, madeira e memória.

No continente de esporas de prata
e rebenque,
o sonho dissolve a treva espessa,
recolhe os cambaus, a brutalidade, o pelourinho,
afasta a força que sufoca e silencia
séculos de alcova, estupro e tirania
e lança luz sobre o rosto dessa mulher
que bate às portas do nosso coração.

As mãos do metalúrgico,
as mãos da multidão inumerável
moldaram na doçura do barro
e no metal oculto dos sonhos
a vontade e a têmpera
para disputar o país.

Dilma se aparta da luz
que esculpiu seu rosto
ante os olhos da multidão
para disputar o país,
para governar o país.




Brasília, 31 de outubro de 2010.

27 de outubro de 2010

Homenagem deste blog ao companheiro Lula


No mercado da Redinha ao lado de Fátima e o saudoso João Alfredo

Nas dunas de Genipabu

Recebendo das minhas mãos o manto sagrado do ABC FC

21 de outubro de 2010

O melhor programa da campanha até agora

O futuro do Brasil em cordel

Por Crispiniano Neto (RN)

1ª parte

01
Mais uma vez o Brasil
Vê-se numa encruzilhada;
Um gancho de dois caminhos
Se apresenta em sua estrada,
Um é claro, outro é escuro;
Um aponta pra o futuro
O outro é água passada!

02
Um caminho é de avanço
O outro é de retrocesso;
Um representa o atraso,
O outro aponta o sucesso;
Um é farol, luz e fé
O outro é a marcha-à-ré
Na manobra do regresso!

03
Quem não lembra do Brasil
Há oito anos atrás,
Quando demos e tucanos
Com seu instinto voraz
E aquela gula nojenta
Venderam cento e oitenta
Empresas nacionais.

04
Venderam empresa em leilão,
Por telefone e por fax,
Quase que ao BB e à Caixa
Davam uma dose de Antrax;
Petrobrás quase caia
Nas mãos da Privataria
Com o nome de Petrobrax!

05
Foi um tempo de desgraças
De fome e de desemprego,
Violência, epidemias,
Corrupção e chamego,
Quando o FMI
Vinha todo mês aqui
Destruir nosso sossego!

2ª parte

06
Era um Brasil de joelhos,
Era uma nação rendida,
Onde a ganância estrangeira
Era tão bem recebida
Com bajulações e palmas,
Que na Bacia das Almas
Nossa Pátria era vendida!

07
Foi preciso um operário
Que perdeu três eleições
Quebrar a lei da exclusão
Vencer discriminações
Derrotando o preconceito
Para o Brasil ter conceito
No Concerto das Nações!

08
Lula, que em 2002
Assumiu a Presidência
Juntando os cacos da Pátria,
Colando com paciência
Os pedaços dos retalhos
Costurando os agasalhos
De um embrião de potência!

09
Hoje o Brasil é Brasil
Com um s e não com Z;
Um Brasil dos brasileiros
Que o mundo inteiro já vê
Com respeito e amizade,
Um chão de felicidade
A rir pra mim e você!

10
Lula governou pra todos
Pra Sem terra e fazendeiro,
Doutor e analfabeto
Servidor público e banqueiro;
Hoje o catador de lixo
Diz com orgulho e capricho
Sou feliz, sou brasileiro!

3º parte

11
Bolsa-Família trazendo
Renda mínima garantida,
SAMU erguendo milhares
Do chão duro da avenida,
Luz Para Todos brilhando
E o ex-Sem teto gritando:
Minha casa; Minha Vida!

12
No campo a fome sumindo
Dos levantados do chão;
As estradas sem pedágio
Conduzem a nova nação,
Pré-Sal e biocombustível
Estão tornando possível
Outro Brasil pra o povão!

13
Com transferência de renda,
Guinada educacional
Crescimento acelerado,
Vê-se que o Brasil real
Foge do fogo do inferno,
Bebendo o leite materno
Da inclusão social!

14
Por isso que Lula tem
Estupenda aprovação;
Se ele quisesse ficar,
Pelo gosto do povão
Para executar seus planos
Ficava cinquenta anos
Sem perder uma eleição.

15
Mas Lula não quer assim;
Quer que a lei tenha valia,
Que o rodízio no poder
Azeite a democracia,
Que a lei da República avance
E que todos tenham chance
À luz da cidadania!

4ª parte

16
Por isso agora ele sai
Pois cumpriu bem seu mister,
Porém não quer entregar
O País a um qualquer,
Que queira mudar a prosa...
Quer ver a mão caprichosa
Do carinho da mulher.

17
Escolheu DILMA ROUSSEF
Mulher de fibra e de flores;
Que viu a dor da tortura,
Do parto sentiu as dores
Venceu a dor da doença,
Mas age, respira e pensa
Bordando a vida de amores!

18
Soube ser esposa digna,
Sabe ser mãe, quase avó,
Sabe o poder da ministra,
Sabe as lágrimas da vovó,
Sabe o valor da família
Sabe mandar em Brasília
Pra desatar qualquer nó!

19
Mãe de Paula e Mãe do PAC
Conhece o trono e a cruz;
Fez quase um milhão de casas
Seu Luz Pra Todos reluz.
Sua estrela sobe e brilha
E vai estar junto à filha
Quando Paula der à luz!

20
Temos milhões de motivos
Pra gente em Dilma apostar,
Mas vamos destacar 13,
Por que 13, é bom lembrar,
Que 13 é o número dela
Vai ter o 13 na tela
Quando a gente for votar!

Serrarojas

Capa da proxima Veja

20 de outubro de 2010

Alô Frasqueira de Luta!!!!!!

Manifesto dos Pontos de Cultura . Dilma 13 para cultura seguir mudando.

Manifesto dos Pontos de Cultura .
Dilma 13 para cultura seguir mudando.

Protagonismo, Autonomia, Empoderamento.
um novo conceito: PontoS de Cultura.

O segundo turno é a hora da decisão: não podemos ser neutros, devemos optar pelo projeto político cultural que desejamos para o Brasil ou que mais se aproxima deste desejo.

Nós, do Movimento dos Pontos de Cultura do Brasil, nos dirigimos aos arteros, oficineiros, fazedores de cultura, todaS cidadãS e cidadãoS do BRASIL. Acreditamos que todo ser humano é um produtor de cultura. É o que os Pontos de Cultura e outras entidades culturais provam no seu dia-a-dia.

Hoje, somos uma rede de mais de 5 mil pontos de cultura: indígenas, afro-descendentes, imigrantes, ciganos, fronteiriços, trabalhadores rurais e urbanos e toda a diversidade cultural que contempla o povo brasileiro. Os
Pontos de Cultura estão presentes em centenas de cidades brasileiras, não só levando a cultura, mas principalmente fortalecendo os meios de produção cultural e mostrando a cara, o cheiro e o jeito diferente de transformar o
Brasil através da cultura. Trabalhamos com as mais diversas linguagens artísticas. Somos um exemplo DO QUE DÁ CERTO: ser e ter sustentabilidade através da
cultura. Não se trata apenas de um projeto do governo ou da sociedade, mas de um projeto comum do encontro de uma proposta do Governo Lula/Dilma e dos anseios e de uma sociedade sedenta de cultura. Trabalhamos para a afirmação de novas relações entre Estado e sociedade, nas quais gestores públicos e movimentos sociais estabelecem canais de diálogo e aprendizado mútuo. Acreditamos na construção coletiva de um novo processo de cultura política com caráter emancipador, em que as hierarquias sociais, econômicas e políticas são quebradas por nós. Assim criaremos as bases para uma nova sociedade.


Antes de Lula/Dilma a cultura tinha como seu principal instrumento a lei Rouanet de isenção de impostos de empresas. Um outro foco, economicista, que tinha como slogan a cartilha Cultura é um Bom Negócio. A política cultural ficou praticamente a cargo das empresas e não da sociedade e/ou do Ministério da Cultura. O orçamento final de FHC/Serra foi de 0,14% e hoje com Lula/Dilma chegamos próximos a 1% e queremos mais e mais.

Mais do que orçamento, a lógica de Lula/Dilma foi acreditar na capacidade da própria sociedade, principalmente de movimentos sociais e culturais que
estavam em plena atividade.

Acreditamos que toda mudança estrutural passa pela mudança cultural, não basta ter crescimento econômico sem uma democratização radical da cultura. A cultura envolve mudança de mentalidades e atitudes no lidar com a
terra, com os valores, os saberes tradicionais, eruditos e populares. Isto requer mais que investimentos em obras e instalações, requer investimento em seres humanos, meio ambiente, natureza contemplando suas diversidades e contradições. Nesta nova lógica, o Governo Lula/Dilma deu um passo GIGANTE. Acreditamos que os Pontos de Cultura são uma das bases nesta nova sociedade a ser construída. Temos a certeza que só O Governo Dilma dará continuidade, aprofundamento e transformará esta
proposta de Governo em Política Publica.

Pra cultura seguir mudando o Brasil. DILMA 13

Comissão Nacional de Pontos de Cultura

Artistas e intelectuais declaram apoio a Dilma no Rio de Janeiro




Depoimento de Leonardo Boff (18 de outubro)



Bem galera Leonardo Boff é mesmo um grande brasileiro, estive com ele no ato do dia 18 no Rio e pude até bater um papinho sobre eleições, ele está muito confiante no avanço do Brasil!

15 de outubro de 2010

Bonequeiros, cultura, Dilma 13!

Leonardo Boff: Dilma: garantir conquistas e consolidar avanços

DEBATE ABERTO
Dilma: garantir conquistas e consolidar avanços

Serra representa outro projeto de Brasil que vem do passado, se reveste de belas palavras e de propostas ilusórias mas que fundamentalmente é neoliberal e não-popular e que se propõe privatizar e debilitar o Estado para permitir a atuação livre do capital privado nacional, articulado com o mundial.

Leonardo Boff

O Brasil já deixou de “estar deitado eternamente em berço esplêndido”. Nos últimos anos, particularmente sob a administração do Presidente Lula, conheceu transformações inéditas em nossa história. Elas se derivaram de um projeto político que decide colocar a nação acima do mercado, que concede centralidade ao social-popular, conseguindo integrar milhões e milhões de pessoas, antes condenadas à exclusão e a morrer antes do tempo. Apesar dos constrangimentos que teve que assumir da macroeconomia neoliberal, não se submeteu aos ditames vindos do FMI, do Banco Mundial e de outras instâncias que comandam o curso da globalização econômica. Abriu um caminho próprio, tão sustentável que enfrentou com sucesso a profunda crise econômico-financeira que dizimou as economias centrais e que devido à escassez crescente de bens e serviços naturais e ao aquecimento global está pondo em xeque a própria reprodução do sistema do capital.

O governo Lula realizou a revolução brasileira no sentido de Caio Prado Jr. no seu clássico A Revolução Brasileira (1966):”Transformações capazes de reestruturarem a vida de um pais de maneira consentânea com suas necessidades mais gerais e profundas, e as aspirações da grande massa de sua população…algo que leve a vida do país por um novo rumo". As transformações ocorreram, as necessidades mais gerais de comer, morar, trabalhar, estudar e ter luz e saúde foram, em grande parte, realizadas. Rasgou-se um novo rumo ao nosso pais, rumo que confere dignidade sempre negada às grandes maiorias. Lula nunca traiu sua promessa de erradicar a fome e de colocar o acento no social. Sua ação foi tão impactante que foi considerado uma das grandes lideranças mundiais.

Esse inestimável legado não pode ser posto em risco. Apesar dos erros e desvios ocorridos durante seu governo, que importa reconhecer, corrigir e punir, as transformações devem ser consolidadas e completadas. Esse é o significado maior da vitória da candidata Dilma que é portadora das qualidades necessárias para esse “fazimento” continuado do novo Brasil.

Para isso é importante derrotar o candidato da oposição José Serra. Ele representa outro projeto de Brasil que vem do passado, se reveste de belas palavras e de propostas ilusórias mas que fundamentalmente é neoliberal e não-popular e que se propõe privatizar e debilitar o Estado para permitir atuação livre do capital privado nacional, articulado com o mundial.

Os ideólogos do PSDB que sustentam Serra consideram como irreversível o processo de globalização pela via do mercado, apesar de estar em crise. Dizem, nele devemos nos inserir, mesmo que seja de forma subalterna. Caso contrário, pensam eles, seremos condenados à irrelevância histórica. Isso aparece claramente quando Serra aborda a política externa. Explicitamente se alinha às potências centrais, imperialistas e militaristas que persistem no uso da violência para resolver os problemas mundiais, ridicularizando o intento do Presidente Lula de fundar uma nova diplomacia baseada no dialogo e na negociação sincera na base do ganha-ganha.

O destino do Brasil, dentro desta opção, está mais pendente das megaforças que controlam o mercado mundial do que das decisões políticas dos brasileiros. A autonomia do Brasil com um projeto próprio de nação, que pode ajudar a humanidade, atribulada por tantos riscos, a encontrar um novo rumo salvador, está totalmente ausente em seu discurso.

Esse projeto neoliberal, triunfante nos 8 anos sob Fernando Henrique Cardoso, realizou feitos importantes, especialmente, na estabilização econômica. Mas fez políticas pobres para os pobre e ricas para os ricos. As políticas sociais não passavam de migalhas. Os portadores do projeto neoliberal são setores ligados ao agronegócio de exportação, as elites econômico-financeiras, modernas no estilo de vida mas conservadores no pensamento, os representantes das multinacionais, sediadas em nosso pais e as forças políticas da modernização tecnológica sem transformações sociais.

Votar em Dilma é garantir as conquistas feitas em favor das grandes maiorias e consolidar um Estado, cuja Presidenta saberá cuidar do povo, pois é da essência do feminino cuidar e proteger a vida em todas as suas formas.

Leonardo Boff é teólogo e escritor.

GIL APOIA DILMA

14 de outubro de 2010

Estarei lá

Artido do prof. Gilson Gomes - UFRN - IFRN

Prezados amigos:


Desculpem-me pela intromissão, por estar enviando uma mensagem dessa natureza, mas acho importante esclarecer algumas coisas que talvez não sejam do conhecimento da maioria.

Há algumas semanas, recebi um e-mail de uma amiga, uma senhora católica bastante engajada nas atividades da Igreja, referindo-se a uma eventual posição da CNBB contra a candidatura de Dilma Roussef, em virtude de posições que ela (Dilma) teria em contrário aos ensinamentos da própria Igreja. Resolvi, na época, fazer um levantamento da veracidade dessa informação – pois na internet circula muito boato – e encontrei apenas um artigo publicado por um bispo em uma seção existente na página da CNBB onde as autoridades eclesiásticas fazem divulgação das suas idéias. Tal documento, porém, não parecia encontrar eco nos demais documentos da Conferência dos Bispos. Para estas eleições, a CNBB até editou uma cartilha que diz, entre outras coisas, que devemos "ter presentes o CHÃO em que pisamos e o HORIZONTE que nossa vista alcança. O primeiro nos dá o senso do real e evita que tropecemos já nos primeiros passos; mas é o segundo que aponta para onde levam os caminhos".(...)

"Saber olhar para o chão sem perder a visão do horizonte, é o grande desafio do atual momento político-eleitoral. Se ficarmos presos ao chão, cairemos nas escolhas tipo plebiscitário, de tipo Estado mínimo X desenvolvimentista, a favor ou contra a descriminalização do aborto, ou outras polarizações de cunho imediatista. Se, ao contrário, somente olharmos o que se desenha no horizonte, descuidaremos do processo político-eleitoral porque nenhuma candidatura será capaz de solucionar aquelas grandes questões.

Olhar para o chão e para o horizonte significa, em termos práticos, posicionar-se criticamente diante da realidade cotidiana e buscar os meios que mais favoreçam a construção de um mundo justo, pacífico e ecologicamente equilibrado. Daí a importância da escolha não só do presidente mas de parlamentares com critérios éticos para a elaboração de leis justas. Só assim, haverá uma unidade maior de critérios como possibilidade de real governabilidade em bases éticas."

Com todo o respeito ao autor, o bispo de Guarulhos, Dom Bergonzini, informo que a CNBB retirou do ar o seu artigo, e isso não seria feito se ele expressasse o pensamento da entidade. Lamentavelmente, o referido bispo, em atitude que demonstra falta de unidade com seus pares, teima em manter o texto no site de sua Diocese e em divulgar
> sua visão, no mínimo, digamos, radical. Mas vejam o anexo “CNBB condena boicote a Dilma”, que reforça o que afirmo, e mais um que mostra, em debate recentemente realizado na CNBB, a posição pessoal da candidata do PT contra o aborto. Respondi, na ocasião, àquela amiga colocando esse ponto e mais alguns que repasso agora a vocês.

No último sábado, quando se completaram cinco anos da morte da minha mãe, fui à missa no Cemitério Morada da Paz, que costumeiramente já inclui nas intenções os falecidos cujo aniversário de nascimento ou de morte tenha transcorrido naquela semana. Ao final da missa, um dos fiéis presentes pediu para ler uma orientação sobre as eleições, mas o que houve foi a divulgação, em momento deveras inoportuno (ao final de uma missa de finados), de um manifesto, eu diria raivoso, supostamente escrito (pelo menos é o que foi na hora alegado) por um religioso ligado à rede Canção Nova, de orientação carismática, em que sobejavam acusações ao atual governo no que diz respeito, novamente, ao aborto, ao casamento entre pessoas de mesmo sexo e ao divórcio. Inclusive condenando ao Inferno – vejam só! – quem votasse em candidatos que apoiassem tais idéias, mas nas entrelinhas era Dilma o alvo desse documento. Não sabia que alguém nesta Terra podia antecipadamente condenar uma pessoa às penas eternas.


Provavelmente, o referido texto, lido talvez em muitas comunidades católicas no Brasil nas vésperas das eleições, e infelizmente não refletido aprofundadamente, pode ter contribuído para a mudança de posição de muitos fiéis em relação ao pleito que ocorreu ontem. Ou seja, um certo fundamentalismo religioso fez o que a mídia não conseguiu fazer com sua enxurrada de denúncias. Eu não ficaria preocupado com essa atitude, se fosse verdadeira (aliás, ficaria até feliz), e se ela não trouxesse a possibilidade de um retorno – que considero indesejável – a uma situação que vivemos anos atrás, e que passo a relatar.


Para nossa sorte, vivemos - já faz alguns anos - em um regime democrático. Com muitos defeitos, sim, mas democrático. A Revolução Militar nos roubou anos de amadurecimento político, e por isso ainda estamos aprendendo.

Neste regime democrático, a aprovação de uma lei que venha a descriminalizar a prática do aborto, para além daquelas possibilidades já permitidas, precisa de discussão exaustiva nas nossas casas congressuais. Portanto, não é o desejo de um presidente que poderá modificar a legislação sobre um tema como esse que causa tanta polêmica em nossa sociedade. Ou seja, não é a eleição da Sra. Dilma que vai nos tornar mais um país onde a prática do aborto é livre, nem é a eleição de qualquer outro candidato que impedirá que isso aconteça.

Daí a grande responsabilidade em acompanharmos as atividades dos senadores e deputados federais - eles é que terão a possibilidade de modificar as normas jurídicas e constitucionais deste país. Podem, até mesmo, revogar um veto do próprio presidente e desaprovar medidas provisórias baixadas pelo poder executivo.


Portanto, é lá no Congresso que deve estar o nosso foco de atenção quanto a isso. Dessa forma, sinto-me, ainda que católico praticante, livre para não seguir a orientação de sua eminência Dom Bergonzini, até porque essa posição (não votar em Dilma) não é uma posição prioritária da Igreja, tanto que ele assina como ele próprio e não como entidade, no caso, a CNBB.


Por outro lado, como funcionário público federal, devidamente concursado, de dois órgãos subordinados ao Ministério da Educação, tive oportunidade de participar da direção de um deles - o CEFET, atual Instituto Federal (IF) - quando, no governo FHC (do qual fez parte o Ministro Serra, hoje candidato), o MEC era dirigido pelo Sr. Paulo Renato. Esse ministro tratou à míngua as nossas instituições de educação mais importantes - o então CEFET e a UFRN.

Pela primeira vez na história, uma instituição centenária como a nossa teve o desprazer de ter telefones e energia elétrica cortados por falta de pagamento, mas não pagávamos porque no orçamento não verba não havia suficiente para isso. Eu era gerente de uma área de ensino com 1200 alunos e mais de 100 professores, e não tinha recursos na minha gerência para comprar um cartucho de tinta para uma impressora, e muitas vezes tive de tirar dinheiro do próprio bolso para essa e outras necessidades, de forma a não deixar de atender aos alunos e a seus pais. Houve uma forte intenção de "quebrar" o CEFET para depois privatizá-lo. Graças a Deus e aos esforços dos que nele trabalham, isso não ocorreu.

Com o atual governo, ao contrário, não só tivemos mais facilidades de manutenção, como pudemos ainda expandir o Instituto para muitas cidades do interior - Apodi, Pau dos Ferros, João Câmara, Santa Cruz, Caicó, Ipanguaçu, Currais Novos, e agora Parnamirim, São Gonçalo e Nova Cruz, além de melhorar as nossas unidades já existentes em Natal e em Mossoró - e abrir mais duas escolas em Natal, uma na Zona Norte e outra na Av. Rio Branco. Muito dinheiro foi investido em construções, equipamentos e na contratação, por concurso, de dezenas de
> professores. Com isso, um número ainda maior de jovens (e de adultos também) passou a ser atendido pelo nosso IF.

Por essas razões, gostaria de não ver essa escola a quem já dediquei 30 anos de minha vida profissional, escola que goza o respeito de todo o nosso RN, ficar refém mais uma vez da política de "terra arrasada” do Sr. Paulo Renato (que foi Secretário de Educação do governo José Serra em São Paulo e, ao que tudo indica, poderá voltar ao MEC em caso de vitória “tucana” – e se não for ele será outro com igual pensamento). Sou, então, impelido a votar na continuidade da política educacional do atual governo federal – embora a grande imprensa nacional faça a ele e à sua candidata uma campanha acirrada e desleal procurando desmoralizá-los impiedosamente (e nesse ponto os boatos na internet têm colaborado com as piores e impublicáveis baixarias. E por isso votarei novamente – como fiz no primeiro turno – em Dilma para presidente.


Sou católico, como disse acima, e ministro da eucaristia (função que cumpro sem nenhum orgulho e com a convicção de que nem a mereço, mas o sou por atendimento ao chamado da minha paróquia), e longe de mim defender crime tão grave quanto o aborto, mas tenho um fé suficiente madura para me dar absoluta convicção de que não irei para o Inferno por esse voto.

E, afinal, infelizmente nenhum candidato é santo, sabemos disso. Se pudéssemos impedir certas candidaturas, seria bom, mas para isso é necessária uma reforma política, e isso é com os deputados e senadores, mais uma vez. E acho que eles não querem essa reforma porque poderão perder a chance de se manter, eles mesmos, por tantos anos no congresso.


Respeitosa e democraticamente, acato a posição contrária de qualquer pessoa, porque cada um tem seus próprios motivos para escolher em quem votar. Mas faço esse esclarecimento porque acho que é preciso pensar no perigo que correm as nossas Instituições Educacionais (não só o IF, mas também a Universidade Federal, outra vítima dos anos de governo do PSDB) e todos os jovens que dela dependem. Resumindo com uma frase que não é minha, mas que eu gostaria de ter escrito: Dilma não chega a ser a candidata dos meus sonhos, mas Serra é hoje o candidato dos meus maiores pesadelos.


Recebam o meu cordial e fraterno abraço.

Gilson Gomes de Medeiros

Professor - IFRN e UFRN

13 de outubro de 2010

'Em casa nunca teve murro na mesa'

De O Globo

'Em casa nunca teve murro na mesa'

O advogado Carlos Araújo, de 72 anos, é só elogios à ex-mulher, Dilma Rousseff; inclusive sobre seu temperamento forte

ENTREVISTA
Carlos Araújo
casarão às margens do lago Guaíba, em Porto Alegre, as únicas reminiscências dos tempos de militância e da luta armada do casal Vanda e Max são quadros na parede com fotos do comunista Mao Tsé-Tung. A casa foi dividida pelos dois por 30 anos. Hoje, está tomada por fotos da filha dos dois, Paula, e pilhas de cartazes de propaganda da campanha da agora ex-mulher de Max, que, na verdade, se chama Carlos Araújo: Dilma Rousseff, a Vanda.

A rotina do advogado de 72 anos, que se levanta às 3h para ir ao escritório, onde defende causas de operários, em nada se parece com o glamour da vida de Dilma em Brasília. De hábitos simples, Carlos sofre de enfisema.

Vive acompanhado de dois cachorros e, atualmente, da ex-sogra, dona Dilma Jane, e de uma tia da candidata, dona Arilda. Apesar do tubo de oxigênio na sala e da proibição de fumar, não foi desautorizado pelos médicos a tomar uma cervejinha diária, “não muito gelada”.

Há dez dias, ele relembrou sua história com a ex-mulher, que acompanha da sala com dois telões de LCD — um para o noticiário e outro para os jogos de futebol.

Carlos diz que não ajuda na campanha por causa da doença, que o impede de suportar o clima seco de Brasília. A última vez que visitou a ex-mulher foi quando ela teve câncer, no ano passado. Ficou com ela uns 10 dias no início do tratamento. Em setembro, voltaram a se encontrar, quando ela esteve no Rio Grande do Sul: — Não faço nada na campanha. Gostaria muito de estar em Brasília, na retaguarda, ajudando em algo. Mas não posso.

Após a separação, no fim da década de 90, Dilma comprou um apartamento no mesmo bairro para que os dois continuassem próximos, por causa de Paula. Dilma não se casou novamente.

Carlos tem uma namorada, que diz dar-se muito bem com Dilma.

— Presidente tem essa coisa da primeira-dama. Se um dia a Dilma precisar, estarei a seu lado — diz Carlos.

Viveram 30 anos juntos e até hoje Carlos tem admiração inequívoca pela ex-mulher. O temperamento forte dela não é negado por ele. Mas “aqui em casa nunca teve esse negócio de dar murro na mesa”, diz ele sobre a fama da ex-ministra em Brasília. Em entrevista ao GLOBO, Carlos relembra o passado e diz acreditar na vitória de Dilma.

Maria Lima* e João Guedes
PORTO ALEGRE

O GLOBO: Quando e onde o senhor conheceu Dilma?

CARLOS ARAÚJO: Em 1969, no Rio, numa reunião. Ela era da Colina, e meu grupo não tinha nome. Com a fusão, virou o Var-Palmares. Ela tinha 19 anos e eu, 30. Na segunda reunião, já estava apaixonado. Um mês após, estávamos morando juntos.

Ela era linda, um espetáculo! Esse negócio que falam de amor à primeira vista, né?

O que mais chamou sua atenção em Dilma?

CARLOS: Ela ser tão jovem e tão entregue à luta política.

Uma inteligência muito forte e pujante. E sua beleza.

Que música marcou a relação?

CARLOS: Rita, do Chico Buarque.

Namorávamos, às vezes, no apartamento em que a gente ia, mas a gente não podia ficar por questão de segurança. Namorávamos em praças, bairros mais retirados. De vez em quando ali por Ipanema, Jardim de Alá.

Mas ela já era casada (com Claudio Galeno Linhares)...

CARLOS: Mas só formalmente, o casamento já estava se desfazendo, não conviviam mais, viviam foragidos.

Quando nos conhecemos, ela falou para o marido que íamos viver juntos. Eu e o marido dela ficamos amigos, militamos juntos. Ele foi para o exterior, se casou, teve filhos. Em 76, voltou e veio morar na minha casa. Eu o abriguei por um bom tempo.

Moraram os três nesta casa?

CARLOS: Eu e Dilma morávamos aqui. Ele veio com a mulher e os filhos.

Não tinha ciúmes?

CARLOS: Podia ter ciúmes de outra situação, não dele, cada um já tinha seu rumo. Sou um bom ex-marido. Falo bem da Dilma, não é? Não falo mal.

Nesses 30 anos de convivência, em que momentos ela era mais brava e mais delicada?

CARLOS: Não existe pessoa mais ou menos brava. Dilma sempre teve temperamento forte, é da personalidade dela. O que tirava ela do sério era deslealdade, falta de companheirismo, a pessoa não ter palavra, dar bola nas costas. Não sei como ela faz lá (em Brasília). Aqui em casa nunca teve esse negócio de dar murro na mesa.

Quem mandava na casa?

CARLOS: Nossos parâmetros não eram esses, de quem manda, não manda. Éramos companheiros.

Não era nosso estilo um mandar no outro. Foi uma bela convivência. Tivemos uma vida boa juntos, tenho recordação boa, não é saudade.

Como foram as prisões?

CARLOS: A dela foi em São Paulo.

Ela foi presa sete meses antes de mim. Eu estava no Rio.

Como ficou sabendo?

CARLOS: Quando ela foi presa, a primeira coisa que fiquei sabendo foi seu nome verdadeiro, que não sabia durante o ano que vivemos juntos. Naquele tempo, eles publicavam o nome, de onde era, filho de quem, logo em seguida. Soube que ela se chamava Dilma porque vi lá: filha de fulano, mineira. Até então, a única coisa que sabia dela era que era mineira. Pela regra de segurança, ninguém sabia nada de ninguém. Ela também não, sabia que eu era Carlos.

Se encontraram na prisão?

CARLOS: Fui para São Paulo.

Antes, ficamos incomunicáveis.

Era uma loucura! Tinha cartazes nas ruas, aeroportos, rodoviárias, com nossos nomes e foto escrito “procurados”. Depois que fui preso, passei por um lugar por onde ela já tinha passado, na Rua Tutoia, na tortura.

Depois fui para o Dops e para o presídio. Ela já estava no presídio, mas não nos vimos. Três meses depois, ia ser transferido para o Rio, me botaram num camburão e eu vi, de longe, que ela estava no outro camburão.

Íamos ser ouvidos no Rio e fomos para a frente do juiz. Nos abraçamos rapidamente e logo nos separaram. E só fomos nos ver de novo um ano depois, no presídio de Tiradentes, em São Paulo, onde tínhamos direito a receber visita da família juntos.

Três anos depois ela foi solta e o senhor não...

CARLOS: Sim. Ela foi a Minas, visitar os pais e veio morar nesta casa, com meus pais. Depois que fui solto, moramos juntos 30 anos.

O senhor foi para o presídio da Ilha da Pólvora..

CARLOS: Eu ficava na prisão e ela aqui. Não dava para fugir de lá, era uma ilha pequena. A gente não ficava na casa da pólvora. Só à noite. A prisão era a ilha.

Naquele momento, achava que ela ia chegar tão longe?

CARLOS: Ninguém achava, né? Não fazia parte dos projetos: ah, quero ser presidente! Não tinha ambição nenhuma. Ela queria se formar em economia e fazer política.

(Quando Lula a escolheu) Acho que ela estava no lugar certo na hora certa. E o Lula escolheu muito bem. Que presidente pode contar com uma pessoa como a Dilma, confiar cegamente que não vai ter bola nas costas? Ela tem o sentimento profundo da lealdade.

Foi difícil para ela passar por essa transformação? Plástica, cabelo, voz...

CARLOS: Não foi nenhum sacrifício.

Fui até enfermeiro dela quando fez a plástica. Dilma nunca se preparou para ser presidente e teve que encarar. A plástica foi bem, não foi aquela coisa exagerada, ela assimilou bem, acho que gostou.

E o guarda-roupa, o senhor acha que melhorou?

CARLOS: Está bom. Melhorou.

Antigamente, a Dilma era como eu. Sou atirado nas cordas. Ela também era meio atiradona mas, depois de um certo momento, ela tomou gosto. Gostou de se pintar. Gostou de se arrumar bem, de ir no cabeleireiro toda a semana, fazer as unhas.

O senhor é confidente dela?

CARLOS: Não. Sou amigo. Minha vida com a Dilma é uma vida não-política. Quando o Lula acenou para ela, ela veio conversar comigo e Paula. O que vocês acham? Ela não tinha dúvida, queria conversar. Disse que estava em condições, que ia se preparar da melhor forma possível.

Não titubeou, nem tinha receio.

Pelo menos, não revelou.

Aí veio a doença...

CARLOS: Nos pegou desprevenidos.

Quando ela falou a primeira vez, ficamos muito emocionados, sensibilizados, preocupados.

Mas ela disse: tudo indica que é benigno. Ela disse que tudo indicava que não era maligno, mas sentia energia de enfrentar a situação mesmo que fosse o pior. A gente só pensou em dar carinho e ser solidário.

Temeram pela campanha?

CARLOS: Não. Mesmo porque quando vieram os resultados, que era benigno, que era curável rapidamente, com equipe de bons médicos... Não era maligno.

Ela fez quimioterapia para cortar aquele quisto, para não se tornar maligno.

O que o senhor sente ao ver na internet que a Dilma é uma perigosa ex-terrorista?

CARLOS: É a baixaria dos que apoiavam a ditadura para prejudicá-la, para ganhar no tapetão.

O que ela tem de perigosa? A Dilma nunca pegou em armas.

Não era o setor dela.

E qual era o setor dela?

CARLOS: Era o mais político, de organizar movimentos, preparar o pessoal, fazer propaganda.

Desde quando pegar em armas é terrorismo? A gente tem orgulho do que viveu, era uma jovem corajosa, desprendida, entregando sua juventude, sua dor. Foi para a luta achando que ia morrer.

Muita coisa que fizemos foi equivocado politicamente, tudo bem. Mas isso é outra coisa.

* Enviada especial

Cantoria: Agora vamos com Dilma, para a mudança aprofundar!

Feriado preconceituoso

Amigos e Amigas,

Com um show dedicado a criança, terminei meu feriado e ao encerrar o
show, desci a rampa do PRAIA SHOPPING, visualizando na minha frente
dois casais, onde um dos homens, achei parecido com um NARRADOR
ESPORTIVO da SPORT TV, JOTA JUNIOR, já que amo futebol. Me dirigi a ele
e o mesmo, atencioso, afirmou não ser quem eu achava que era e de bate
pronto perguntou se eu era POTIGUAR. Afirmei que era, e diante de minha
afirmação, passou a elogiar o nosso estado. Lhe inquiri perguntando de
onde ele era e ele falou ser PAULISTA. Afirmei da minha admiração pelo
seu estado e lamentei dos PAULISTAS terem eleito TIRIRICA. O outro
amigo, ja de pé, afirma sem pestanejar que AQUILO é voto de NORDESTINO.
Perguntei se o BISPO CRIVELA no RIO DE JANEIRO era coisa de NORDESTINO e
se no passado UM MACACO e JURUNA também era COISA DE NORDESTINO. Para
aliviar o papo, uma das mulheres me perguntou em quem eu votava.

Afirmei votar em DILMA e justifiquei o voto, afirmando ter o NORDESTE
mudado de feição com o GOVERNO LULA. Todos retrucaram minhas palavras,
afirmando que com a ESMOLA DO BOLSA FAMILIA, DILMA tinha que ganhar
mesmo em nossa região. Fiz ver a eles, que no passado, a esmola era
dada a gente rica, que em alugns casos, não pagavam a divida, chegando
ao ponto de o Banco de Desenvolvimento do meu estado - BDRN - QUEBRAR.
Em nivel educado a discurssão se aprofundou e com o testemunho dos
garcons, procurei ser sobrio. Acho que fui. Nos cumprimentamos, desejei
boa sorte e me lembrei dos meus amigos que mandam email falando mal do
Brasil atual e todos pelo que sei, SÃO NORDESTINOS COMO EU. Não vou me
pronunciar por email sobre minha preferência para PRESIDENTE, mas
queria contar esta história e olhe que o CENARIO foi em nossa cidade.

Um abraço


Zé Dias - Produtor Cultural

PS 1 - SE POBRE FOSSE MAL PAGADOR, SILVIO SANTOS TERIA QUEBRADO;

PS 2 - QUANDO O HOMEM ENSINAR O CACHORRO A CONTAR DINHEIRO, havera
aumento da CORRUPÇÃO, que agora pode ser dita em Verso e Prosa e num
passado muito distante, não.

PS 3 - Sobre a RELIGIOSIDADE do PSDB e do DEM, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
perdeu uma eleição para PREFEITO pois disse que era ATEU. E olhe, que
ele não era tão ruim assim. Só não gostava de INVESTIR EM EDUCAÇÃO,
mesmo sendo PROFESSOR DE SORBONE como o ANALFABETO INVESTIU.

12 de outubro de 2010

Internet: território livre para o conhecimento - OndaVermelha - #dilmanarede

Internet: território livre para o conhecimento - OndaVermelha - #dilmanarede

Lançamento #serramilcaras para o dia da criança

Miguel Nicolelis anuncia apoio a Dilma Rousseff

Miguel Nicolelis, que defende “soberania intelectual” do Brasil, anuncia
apoio a Dilma Rousseff

por* Luiz Carlos Azenha, em www.viomundo.com.br*

Entrevistei pela primeira vez o dr. Miguel Nicolelis quando era repórter da
Globo. Ele é um dos mais importantes neurocientistas do mundo. Tratamos,
então, do uso de impulsos elétricos capturados no cérebro de um macaco para
mover braços mecânicos, pesquisa que ele desenvolveu na Universidade de
Duke, nos Estados Unidos. O potencial desse tipo de pesquisa é tremendo:
permitir que paraplégicos façam movimentos com o uso de impulsos elétricos
do próprio cérebro, por exemplo.

Desde então, o cientista implantou em Natal, no Rio Grande do Norte, o
Instituto Internacional de Neurociência, uma parceria público-privada. E
continua coletando prêmios nos Estados Unidos, alguns dos quais anunciados
recentemente:

*Setembro 2010
**Miguel Nicolelis recebe outro prêmio científico dos Institutos Nacionais
de Saúde dos E.U.A.*

Dois meses depois de ter recebido dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH)
dos Estados Unidos US$2,5 milhões para investir em suas pesquisas no campo
da interface cérebro-máquina, Miguel Nicolelis volta a ser distinguido com
um prêmio de aproximadamente US$4 milhões da mesma instituição. Os recursos
devem ser aplicados no desenvolvimento da nova terapia para o mal de
Parkinson que vem mobilizando o pesquisador há alguns anos e que, na
avaliação dos NIH, se constitui numa pesquisa “arrojada, criativa e de alto
impacto”. Miguel Nicolelis é a primeira pessoa a receber da instituição
americana no mesmo ano o Director’s Pioneer Award e o Director’s
Transformative R01 Award.

*****

Hoje liguei para a Universidade de Duke, nos Estados Unidos, quando soube
por e-mail que Nicolelis tinha decidido anunciar publicamente seu apoio à
candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff.

Ele afirmou que faz isso por acreditar que Dilma representa um projeto de
país em linha com o que acredita ser desejável para o Brasil: o
desenvolvimento de uma “ciência tropical” e de um conhecimento voltado para
garantir a soberania nacional. Enquanto providenciamos a transcrição da
entrevista, clique no áudio para ouvir.

**
*


*

*Transcrição:*

*Por que é que o sr. decidiu anunciar publicamente seu apoio à candidata
Dilma Rousseff?*

Porque desde as eleições do primeiro turno eu cheguei à conclusão que essa é
uma eleição vital para o futuro do Brasil e eu estou vendo um debate que
está se desviando das questões fundamentais na construção desse futuro e
dessa maneira eu achei que como cientista brasileiro, mesmo estando radicado
no Exterior — mas que tem um projeto no Brasil e tem interesse que o Brasil
continue seguindo este caminho — eu achei que era fundamental não só que eu
mas que todos que pudessem se manifestassem a favor e fizessem uma opção
pelo futuro que a gente acredita que é o correto para o nosso país.

*Que futuro é esse?*

É o futuro da inclusão social, o futuro em que as crianças que ainda nem
nasceram possam ter a educação, saúde, ciência, tecnologia e a possibilidade
de construir os seus sonhos pessoais sejam eles quais forem. Futuro que nós,
a sua e a minha geração não tiveram. E um futuro que não leve o Brasil a
retornar a um passado recente onde nós tinhamos, além da insegurança
financeira, uma total falta de compromisso com o povo brasileiro e com a
coisa brasileira. Então, nesse momento para mim essa é uma eleição vital, é
um momento histórico para o Brasil. Eu viajo pelo mundo inteiro e eu nunca
vi o nome do Brasil e a reputação do Brasil tão alta (inaudível) e este é o
momento de deslanchar de vez e não voltar para o passado.

--Direitos e Desejos Humanos no Ciberespaço!!! www.dhnet.org.br
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----- Final da mensagem encaminhada -----


-----Anexo incorporado-----

11 de outubro de 2010 às 17:54
Miguel Nicolelis, que defende “soberania intelectual” do Brasil, anuncia apoio a Dilma Rousseff

por Luiz Carlos Azenha, em www.viomundo.com.br

Entrevistei pela primeira vez o dr. Miguel Nicolelis quando era repórter da Globo. Ele é um dos mais importantes neurocientistas do mundo. Tratamos, então, do uso de impulsos elétricos capturados no cérebro de um macaco para mover braços mecânicos, pesquisa que ele desenvolveu na Universidade de Duke, nos Estados Unidos. O potencial desse tipo de pesquisa é tremendo: permitir que paraplégicos façam movimentos com o uso de impulsos elétricos do próprio cérebro, por exemplo.

Desde então, o cientista implantou em Natal, no Rio Grande do Norte, o Instituto Internacional de Neurociência, uma parceria público-privada. E continua coletando prêmios nos Estados Unidos, alguns dos quais anunciados recentemente:

Setembro 2010
Miguel Nicolelis recebe outro prêmio científico dos Institutos Nacionais de Saúde dos E.U.A.

Dois meses depois de ter recebido dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos US$2,5 milhões para investir em suas pesquisas no campo da interface cérebro-máquina, Miguel Nicolelis volta a ser distinguido com um prêmio de aproximadamente US$4 milhões da mesma instituição. Os recursos devem ser aplicados no desenvolvimento da nova terapia para o mal de Parkinson que vem mobilizando o pesquisador há alguns anos e que, na avaliação dos NIH, se constitui numa pesquisa “arrojada, criativa e de alto impacto”. Miguel Nicolelis é a primeira pessoa a receber da instituição americana no mesmo ano o Director’s Pioneer Award e o Director’s Transformative R01 Award.

*****

Hoje liguei para a Universidade de Duke, nos Estados Unidos, quando soube por e-mail que Nicolelis tinha decidido anunciar publicamente seu apoio à candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff.

Ele afirmou que faz isso por acreditar que Dilma representa um projeto de país em linha com o que acredita ser desejável para o Brasil: o desenvolvimento de uma “ciência tropical” e de um conhecimento voltado para garantir a soberania nacional. Enquanto providenciamos a transcrição da entrevista, clique no áudio para ouvir.

Transcrição:

Por que é que o sr. decidiu anunciar publicamente seu apoio à candidata Dilma Rousseff?

Porque desde as eleições do primeiro turno eu cheguei à conclusão que essa é uma eleição vital para o futuro do Brasil e eu estou vendo um debate que está se desviando das questões fundamentais na construção desse futuro e dessa maneira eu achei que como cientista brasileiro, mesmo estando radicado no Exterior — mas que tem um projeto no Brasil e tem interesse que o Brasil continue seguindo este caminho — eu achei que era fundamental não só que eu mas que todos que pudessem se manifestassem a favor e fizessem uma opção pelo futuro que a gente acredita que é o correto para o nosso país.

Que futuro é esse?

É o futuro da inclusão social, o futuro em que as crianças que ainda nem nasceram possam ter a educação, saúde, ciência, tecnologia e a possibilidade de construir os seus sonhos pessoais sejam eles quais forem. Futuro que nós, a sua e a minha geração não tiveram. E um futuro que não leve o Brasil a retornar a um passado recente onde nós tinhamos, além da insegurança financeira, uma total falta de compromisso com o povo brasileiro e com a coisa brasileira. Então, nesse momento para mim essa é uma eleição vital, é um momento histórico para o Brasil. Eu viajo pelo mundo inteiro e eu nunca vi o nome do Brasil e a reputação do Brasil tão alta (inaudível) e este é o momento de deslanchar de vez e não voltar para o passado.

11 de outubro de 2010

Frei Betto: DIlma e a fé cristã

Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária aos princípios do Evangelho e da fé cristã

Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte.
Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência.
Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho.
Nada tinha de “marxista ateia”.
Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.
Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória -diria, terrorista- acusar Dilma Rousseff de “abortista” ou contrária aos princípios evangélicos.
Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade.
Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo.
Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica.
Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que “a árvore se conhece pelos frutos”, como acentua o Evangelho.
É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam.
Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto…
Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.
Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.
Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.
A resposta de Jesus surpreendeu: “Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes…” (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.
Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.
FREI BETTO, frade dominicano, é assessor de movimentos sociais e escritor, autor de “Um homem chamado Jesus” (Rocco), entre outros livros. Foi assessor especial da Presidência da República (2003-2004, governo Lula).

DILMA MASSACRA SERRA

DILMA MASSACRA SERRA
Enviado em 11/10/10 às 1h11min por Ailton Medeiros

Por Renato Rovai

A candidata petista Dilma Roussef surpreendeu e foi pra cima do candidato tucano no debate da TV Bandeirantes. Serra não esperava por isso. Ficou evidente ao deixar sem respostas, por exemplo, a cobrança que Dilma fez a ele da frase dita por sua esposa, Mônica Serra, de que “Dilma mata criancinhas”.

A decisão de sua assessoria deve ter levado em conta o apelo da militância que queria uma resposta aos ataques e acusações dos últimos dias. E que também apelava para a politização da campanha, principalmente no que diz respeito à questão das privatizações.

A estratégia de ir pra cima não foi decidida na emoção.

Por um lado, foi o debate no tom que a militância gosta para se empolgar e ir para as ruas.

E por outro lado foi uma resposta às pesquisas qualitativas que apontavam que parte importante do eleitorado indeciso queria comparar ela com Serra. Queria saber se ela tinha mais capacidade do que ele. Eleitorado que acredita no Lula e gosta do governo, mas queria ver “a mulher em ação”.

Por isso, Dilma se expôs.

E se saiu bem na opinião deste blogueiro.

Explico:

1) Colocou o tema das privatizações na baila e trazendo para discussão a privatização da Nossa Caixa e a declaração do FHC que disse que o Serra era o que mais queria privatizar.

2) Defendeu a Petrobras e o Pré-Sal e colocou uma dúvida na cabeça das pessoas. A de que essas riquezas correriam riscos na gestão tucana.

3) Chamou o Serra na xinxa sobre a questão do aborto e não deixou o tema sob o tapete. Teve coragem de tratar do assunto. E o povo vai levar isso em consideração.

4) Não fugiu do debate da corrupção, colocando à baila a denúncia da Isto É do assessor que fugiu com 4 milhões. História que os tucanos não explicam em debate algum.

5) Falou de forma clara sobre a frase da Mônica Serra, que, aliás, Serra não defendeu. Ficou muito mal ele não ter defendido a própria esposa. Isso vai se tornar conversa de boteco, anotem.

6) Dilma defendeu bem os programas sociais do governo Lula e alertou a população para o fato de que eles podem não ter sequência num governo Serra.

Serra não foi um desastre e até tentou ironizar algumas questões, mas o povo odeia ironia. Gosta de coisas claras. Ele não deve ter perdido eleitores, mas duvido que tenha ganhado votos. E Serra precisaria avançar sobre o eleitorado de Dilma.

Serra sentiu tanto o golpe que saiu do debate dizendo que iria reestatizar empresas públicas, como o Correio. Isso é a demonstração de que as pesquisas tucanas apontaram estragos no eleitorado dele quando o tema foi discutido.

Afinal, vamos combinar, Serra falar em reestatização é algo que não combina.

A tendência é o debate ganhar um tom mais alto a partir de hoje. E o ministro Padilha adiantou isso pra este blogue na entrevista que você pode ler abaixo.

A coordenação da campanha de Dilma aposta que neste segundo turno se as posições forem demarcadas, ela ganha.

O que Dilma mais fez no debate de hoje foi demarcar posições.

PS: Pela reação da militância de Dilma no tuiter, ela acertou o tom. Quase ninguém reclamou do seu desempenho durante o debate e mesmo nas avaliações posteriores.

10 de outubro de 2010

Dilma e Lula inverteram o jogo de exclusividade do governo FHC/Serra

Evangélicos (?)

Por Daniel Dantas
Eu creio no que Jesus fez em Sua vida, morte e ressurreição. Assumo como minha fé a fé dos apóstolos traduzida no credo apostólico. Afirmo que a pregação do evangelho da graça é o valor do sacrifício de Cristo. Não pregamos o anti-nada, mas a vida de verdade em Jesus.

Digo isso, assim, de início porque há algumas semana, de uma forma ainda mais profunda, me envergonhei de ser conhecido como evangélico ou crente. Há tempos já evitava chamar a comunidade na qual me congrego de igreja por entender que o conceito está carregado de uma ideologia com a qual minha comunidade não se relaciona. Vivo minha fé em uma comunidade plural e receptiva, com problemas e pecados, mas que tem por princípio vida e liberdade no Espírito. Procuramos assumir em nosso meio um compromisso ainda mais intenso com o evangelho da Missão Integral.

Duas ações de estratégia eleitoral de grupo evangélico ligado a Marina, que no fundo são a mesma ação, me remeteram a 2002. Naquele ano, o grupo evangélico que apoiava Garotinho, perpetraram uma sórdida campanha difamatória contra Lula e o PT junto às igrejas evangélicas. Incluindo mentiras e abobrinhas sobre ameaças à liberdade religiosa se o PT alcançasse o poder. Circularam DVDs e CDs com as ameaças em praticamente todas as igrejas do país. Provavelmente tal ação contribuiu para empurrar a eleição para o segundo turno naquele ano. Parlamentares evangélicos do PT precisaram ir a público para desmentir o que havia sido dito, mas o estrago estava feito.

O pior foi que no segundo turno todos esses estavam no palanque de Lula. Fazia seminário nesta época na cidade de Fortaleza (CE). No segundo turno eu e o meu amigo Erivan Júnior, hoje pastor no Rio de Janeiro, nos envolvemos com o comitê evangélico pró-Lula em Fortaleza. Estivemos em uma reunião com líderes da IURD e parlamentares ligados a igrejas de diversos partidos. Júnior falou na reunião que considerava extremamente salutar que os evangélicos pudessem se unir na tarefa de eleger um candidato progressista no país, depois do papel vergonhoso que as igrejas assumiram durante o regime militar e, mais recentemente, com a ação difamatória impetrada contra Lula candidato no primeiro turno – “imagino que o irmão Garotinho nada tivesse a ver com isso”, disse ele, ao que foi desmentido de imediato por um pastor ligado ao ex-governador carioca que estava na reunião, que disse ter sido uma decisão tomada pela coordenaï �½ �ão de campanha de Garotinho, com a presença do candidato, disseminar o DVD e o CD entre os evangélicos brasileiros.

Esta semana fiquei sabendo que os evangélicos brasileiros continuam adotando a mesma estratégia sórdida. Se é preocupante termos disputas eleitorais permeadas por acusações sobre elaborações de dossiês de lado, é mais ainda quando vemos que parte de nossa liderança religiosa não entra em campanhas eleitorais com ações afirmativas e propositivas, mas apenas com acusação e o discurso do anti.

Primeiro recebi e-mail de um tio de minha esposa com um texto de Valnice Milhomens acusando o PT por causa do PNDH 3. Não sei o que mais me incomodou: o ataque ao PNDH 3, que defendo, ou o recurso a uma liderança controvertida e com teologia bastante questionável, que é Valnice. Depois vi, através do twitter, vídeo o pastor Piragine, da Primeira Igreja Batista de Curitiba, em que, ao fim de um vídeo editado para misturar alhos e bugalhos, ele defende que ninguém vote em candidatos do PT. Esse vídeo me fez chorar de vergonha.

Eu sou membro da Igreja Batista Viva, em Natal. Sou também filiado e militante do Partido Comunista do Brasil. Tenho minhas razões para ambas as coisas, mas não cabem nesse texto expor esses motivos – não é esse o propósito do que escrevo aqui. Somente destaco isso porque são muitos os cristãos de tradição evangélica que militam em partidos como o meu ou o PT e que dão apoio ao governo Lula. A própria candidata Marina Silva, membro da Assembleia de Deus, foi ministra de Lula por seis anos. Se o que pastor Piragine fala devesse ser levado a sério, eu e meus irmãos estaríamos em sérios apuros. Não sei o tamanho da iniquidade em que estaríamos metidos, mas provavelmente não poderíamos mais viver sob a graça de Cristo. Piragine se colocou no papel de juiz de seus irmãos e do mundo. Tenho a impressão que não deu um passo correto.

Vivemos em um estado laico. Aliás, essa foi uma conquista que se deve, em grande parte, às reformas protestantes e à reforma radical dos anabatistas – da qual os batistas somos herdeiros. O estado laico não pode ser ameaçado por nada. A separação entre estado e igreja é fundamental para a manutenção da democracia. Um estado teocrático é, necessariamente, um estado absolutista.

Parece-me que uma parte considerável da liderança evangélica conservadora no Brasil pensa estarmos em uma teocracia. Desse modo, querem impor à sociedade como um todo a visão de mundo de nossa fé. É como se não houvesse, por exemplo, homossexuais no país – talvez eles achem que não existem homossexuais nem em suas igrejas. Ou, o que é pior e mais provável, é como se eles considerassem que os homossexuais não têm direito a ter direitos por causa de sua orientação sexual. Esse foi o recado que eu li no vídeo do pastor Piragine. Os conservadores atacam o governo porque o PT defende a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Então me ataquem, seu irmão de fé, porque eu também defendo.

E defendo porque na minha relação com Deus e com o texto bíblico entendo que o princípio de justiça supera qualquer outro. E mais: o povo de Deus e os governantes sempre foram julgados pelo Senhor porque cometiam injustiça. Tenho impressão, inclusive, que na Bíblia iniquidade tem muito mais a ver com injustiça do que com o que diz o pastor Piragine.

Não existe Estado no mundo que obrigue uma igreja a realizar um ato contrário a seu credo. Ou seja, ninguém nunca discutirá a sério o casamento entre pessoas de mesmo sexo. Primeiro, porque os movimentos religiosos que o defenderem já o celebram hoje. Segundo, porque o estado legisla sobre união civil. Essa distinção nunca é bem explicada aos fiéis mais incultos e fica parecendo que a esquerda brasileira defende que policiais entrem nas igrejas e as obriguem a celebrar um casamento com o qual elas não concordam. Era isso que dizia, explicitamente, o vídeo distribuído em 2002.

O que é mais grave, para mim, é o recrudescimento de uma postura autoritária e discriminatória no meio do povo que se chama como de Deus. Na mesma semana que um pastor fundamentalista americano ameaçou tocar fogo em exemplares do Alcorão eu me deparo com discurso muito semelhante no nosso país. O discurso que a sociedade deve estabelecer a existência de subcidadãos, sem ou com menos direitos que os demais. É isso que se depreende dos textos que eu li.

Sobre o PNDH 3 a discussão poderia ser ainda mais extensa. Participo de movimentos sociais em defesa da democratização da mídia. Tais movimentos respaldados nas mais recentes pesquisas e teorias de comunicação respaldam integralmente o texto PNDH 3 no que se refere ao controle social da mídia. Apenas os empresários são contrários, por exemplo, a formação de um Conselho Federal de Jornalistas, uma vez que representaria a redução do controle patronal sobre a opinião e a honestidade dos jornalistas que, desse modo, precisariam responder a um Comitê de Ética em caso de desvios básicos muito comuns em nossa imprensa, como não ouvir o contraditório. Mas esse não é o foco de meu texto.

Creio em um relacionamento com Deus firmado unicamente na pessoa de Cristo. Creio também que Paulo estava corretíssimo quando resumia a mensagem do evangelho a Cristo e este crucificado. Nossas igrejas sempre pecaram porque parecem entender que a mensagem do evangelho é outra: era anti-católica no século XIX, precisa incluir a condenação aos homossexuais no século XXI e agora está voltando a ser anti-petista, como foi em 1989 e 2002. Entendo que corremos risco sim, se não entendermos qual a mensagem do evangelho e da cruz de Cristo.

Por fim, uns destaques. Sou contra o aborto. Por princípio de fé e por princípio de vida. Participo de movimentos em que a maioria das pessoas é favorável. Mas hoje essa é uma discussão desvirtuada. Quem quer fazer aborto no Brasil, faz. Se tem dinheiro, pode até sair do país para realizar o aborto em clínicas de qualidade. Se não tem, arrisca a vida. A discussão do aborto, como das drogas, deve ser prioritariamente de saúde pública e não de polícia.

O que uma igreja deve fazer com uma mulher que aborta? Se uma jovem que cometeu aborto bater na porta do gabinete pastoral do pastor Piragine, ele chamará a polícia, a acolherá ou virará as costas? A julgar pela postura naquela pregação, apostaria na terceira opção.

P.S.: Há um trecho do vídeo que o pastor Piragine exibe em que um líder da parada gay conclama que não se vote em fundamentalista cristão. Não diria algo melhor.

Pra o Brasil seguir mudando Voto Dilma presidente.

Pra o Brasil seguir mudando
Voto Dilma presidente.

(mote de Creusa Meira e glosas de Allan Sales)



Este Serra sem futuro

Com seu tosco tucanato

Todo dia busca um fato

Pra imprensa dar um furo

Jogo baixo porco e duro

Desleal tosco indecente

Mas ilude muita gente

Mas aqui sigo falando

Pra o Brasil seguir mudando
Voto Dilma presidente.



Mesmo a onda marinada

Que legou segundo turno

O projeto mais soturno

Da direita esta cambada

Dilma nossa camarada

Nossa eterna combatente

Vai com Lula nesta frente

E o Brasil segue avançando

Pra o Brasil seguir mudando
Voto Dilma presidente.



Veja mente todo dia

Baixaria na internet

Toda hora se repete

A mentira a baixaria

Midiática tirania

Que aqui se faz presente

Um Jabor bem insistente

O cacete vai baixando

Pra o Brasil seguir mudando
Voto Dilma presidente.



Os pastores com mentiras

Propalando as inverdades

Vejam que temeridades

Tantos ódios tantas iras

Mas tocamos nossas liras

E dizemos diferente

O Brasil belo e decente

Eu com Dilma vou votando

Pra o Brasil seguir mudando
Voto Dilma presidente.



O vampiro brasileiro

Com os falsos democratas

No bom senso metem patas

Provocando tal salseiro

Mas o povo é matreiro

Vai notar ali quem mente

E vai sim votar com a gente

Que o Brasil quer ver brilhando

Pra o Brasil seguir mudando
Voto Dilma presidente.



A verdade da História

Mostra quem é verdadeiro

Corajoso e bom guerreiro

E quem é somente escória

Os arquivos da memória

Mostrarão e o povo sente

Não será um doido crente

Que aqui fará berrando

Pra o Brasil seguir mudando
Voto Dilma presidente.



Falam tanto de aborto

Eleição não é pra papa

E a mídia ali derrapa

Como o seu discurso torto

O assunto aqui é morto

Pensam que povo é demente

Uma outra história invente

Que aqui está me cansando

Pra o Brasil seguir mudando
Voto Dilma presidente.



Lula lá e Dilma aqui

É no dia 31

Não terá ardil nenhum

Que nos tirará daqui

O meu voto ponho ali

Ponho um 13 reluzente

E confirmo bem contente

Pra ver Serra se lascando

Pra o Brasil seguir mudando
Voto Dilma presidente.

9 de outubro de 2010

Dez falsos motivos para não votar na Dilma

Dez falsos motivos para não votar na Dilma - Por Jorge Furtado, cineasta

Tenho alguns amigos que não pretendem votar na Dilma, um ou outro até diz que vai votar no Serra. Espero que sigam sendo meus amigos. Política, como ensina André Comte-Sponville, supõe conflitos: “A política nos reúne nos opondo: ela nos opõe sobre a melhor maneira de nos reunir”.

Leio diariamente o noticiário político e ainda não encontrei bons argumentos para votar no Serra, uma candidatura que cada vez mais assume seu caráter conservador. Serra representa o grupo político que governou o Brasil antes do Lula, com desempenho, sob qualquer critério, muito inferior ao do governo petista, a comparação chega a ser enfadonha, vai lá para o pé da página, quem quiser que leia. (1)

Ouvi alguns argumentos razoáveis para votar em Marina, como incluir a sustentabilidade na agenda do desenvolvimento. Marina foi ministra do Lula por sete anos e parece ser uma boa pessoa, uma batalhadora das causas ambientalistas. Tem, no entanto (na minha opinião) o inconveniente de fazer parte de uma igreja bastante rígida, o que me faz temer sobre a capacidade que teria um eventual governo comandado por ela de avançar em questões fundamentais como os direitos dos homossexuais, a descriminalização do aborto ou as pesquisas envolvendo as células tronco.

Ouço e leio alguns argumentos para não votar em Dilma, argumentos que me parecem inconsistentes, distorcidos, precários ou simplesmente falsos. Passo a analisar os dez mais freqüentes:

1. “Alternância no poder é bom”.
Falso. O sentido da democracia não é a alternância no poder e sim a escolha, pela maioria, da melhor proposta de governo, levando-se em conta o conhecimento que o eleitor tem dos candidatos e seus grupo políticos, o que dizem pretender fazer e, principalmente, o que fizeram quando exerceram o poder. Ninguém pode defender seriamente a idéia de que seria boa a alternância entre a recessão e o desenvolvimento, entre o desemprego e a geração de empregos, entre o arrocho salarial e o aumento do poder aquisitivo da população, entre a distribuição e a concentração da riqueza. Se a alternância no poder fosse um valor em si não precisaria haver eleição e muito menos deveria haver a possibilidade de reeleição.

2. “Não há mais diferença entre direita e esquerda”.
Falso. Esquerda e direita são posições relativas, não absolutas. A esquerda é, desde a sua origem, a posição política que tem por objetivo a diminuição das desigualdades sociais, a distribuição da riqueza, a inserção social dos desfavorecidos. As conquistas necessárias para se atingir estes objetivos mudam com o tempo. Hoje, ser de esquerda significa defender o fortalecimento do estado como garantidor do bem-estar social, regulador do mercado, promotor do desenvolvimento e da distribuição de riqueza, tudo isso numa sociedade democrática com plena liberdade de expressão e ampla defesa das minorias. O complexo (e confuso) sistema político brasileiro exige que os vários partidos se reúnam em coligações que lhes garantam maioria parlamentar, sem a qual o país se torna ingovernável. A candidatura de Dilma tem o apoio de políticos que jamais poderiam ser chamados de “esquerdistas”, como Sarney, Collor ou Renan Calheiros, lideranças regionais que se abrigam principalmente no PMDB, partido de espectro ideológico muito amplo. José Serra tem o apoio majoritário da direita e da extrema-direita reunida no DEM (2), da “direita” do PMDB, além do PTB, PPS e outros pequenos partidos de direita: Roberto Jefferson, Jorge Borhausen, ACM Netto, Orestes Quércia, Heráclito Fortes, Roberto Freire, Demóstenes Torres, Álvaro Dias, Arthur Virgílio, Agripino Maia, Joaquim Roriz, Marconi Pirilo, Ronaldo Caiado, Katia Abreu, André Pucinelli, são todos de direita e todos serristas, isso para não falar no folclórico Índio da Costa, vice de Serra. Comparado com Agripino Maia ou Jorge Borhausen, José Sarney é Che Guevara.

3. “Dilma não é simpática”(?).
Argumento precário e totalmente subjetivo. Precário porque a simpatia não é, ou não deveria ser, um atributo fundamental para o bom governante. Subjetivo, porque o quesito “simpatia” depende totalmente do gosto do freguês. Na minha opinião, por exemplo, é difícil encontrar alguém na vida pública que seja mais antipático que José Serra, embora ele talvez tenha sido um bom governante de seu estado. Sua arrogância com quem lhe faz críticas, seu destempero e prepotência com jornalistas, especialmente com as mulheres, chega a ser revoltante.


4. “Dilma não tem experiência”.
Argumento inconsistente. Dilma foi secretária de estado, foi ministra de Minas e Energia e da Casa Civil, fez parte do conselho da Petrobras, gerenciou com eficiência os gigantescos investimentos do PAC, dos programas de habitação popular e eletrificação rural. Dilma tem muito mais experiência administrativa, por exemplo, do que tinha o Lula, que só tinha sido parlamentar, nunca tinha administrado um orçamento, e está fazendo um bom governo.

5. “Dilma foi terrorista” (foi contra os assassinos).

Argumento em parte falso, em parte distorcido. Falso, porque não há qualquer prova de que Dilma tenha tomado parte de ações “terroristas”. Distorcido, porque é fato que Dilma fez parte de grupos de resistência à ditadura militar, do que deve se orgulhar, e que este grupo praticou ações armadas, o que pode (ou não) ser condenável. José Serra também fez parte de um grupo de resistência à ditadura, a AP (Ação Popular), que também praticou ações armadas, das quais Serra não tomou parte. Muitos jovens que participaram de grupos de resistência à ditadura hoje participam da vida democrática como candidatos. Alguns, como Fernando Gabeira, participaram ativamente de seqüestros, assaltos a banco e ações armadas. A luta daqueles jovens, mesmo que por meios discutíveis, ajudou a restabelecer a democracia no país e deveria ser motivo de orgulho, não de vergonha.

6. “As coisas boas do governo petista começaram no governo tucano” (mentira).

Falso. Todo governo herda políticas e programas do governo anterior, políticas que pode manter, transformar, ampliar, reduzir ou encerrar. O governo FHC herdou do governo Itamar o real, o programa dos genéricos, o FAT, o programa de combate a AIDS. Teve o mérito de manter e aperfeiçoá-los, desenvolvê-los, ampliá-los. O governo Lula herdou do governo FHC, por exemplo, vários programas de assistência social. Teve o mérito de unificá-los e ampliá-los, criando o Bolsa Família. De qualquer maneira, os resultados do governo Lula são tão superiores aos do governo FHC que o debate “quem começou o quê” torna-se irrelevante.

7. “Serra vai moralizar a política” (ridículo).

Argumento inconsistente. Nos oito anos de governo tucano-pefelista - no qual José Serra ocupou papel de destaque, sendo escolhido para suceder FHC - foram inúmeros os casos de corrupção, um deles no próprio Ministério da Saúde, comandado por Serra, o superfaturamento de ambulâncias investigado pela “Operação Sanguessuga”. Se considerarmos o volume de dinheiro público desviado para destinos nebulosos e paraísos fiscais nas privatizações e o auxílio luxuoso aos banqueiros falidos, o governo tucano talvez tenha sido o mais corrupto da história do país. Ao contrário do que aconteceu no governo Lula, a corrupção no governo FHC não foi investigada por nenhuma CPI, todas sepultadas pela maioria parlamentar da coligação PSDB-PFL. O procurador da república ficou conhecido com “engavetador da república”, tal a quantidade de investigações criminais que morreram em suas mãos. O esquema de financiamento eleitoral batizado de “mensalão” foi criado pelo presidente nacional do PSDB, senador Eduardo Azeredo, hoje réu em processo criminal. O governador José Roberto Arruda, do DEM, era o principal candidato ao posto de vice-presidente na chapa de Serra, até ser preso por corrupção no “mensalão do DEM”. Roberto Jefferson, réu confesso do mensalão petista, hoje apóia José Serra. Todos estes fatos, incontestáveis, não indicam que um eventual governo Serra poderia ser mais eficiente no combate à corrupção do que seria um governo Dilma, ao contrário.

8. “O PT apóia as FARC” (mais ridículo ainda).

Argumento falso. É fato que, no passado, as FARC ensaiaram uma tentativa de institucionalização e buscaram aproximação com o PT, então na oposição, e também com o governo brasileiro, através de contatos com o líder do governo tucano, Arthur Virgílio. Estes contatos foram rompidos com a radicalização da guerrilha na Colômbia e nunca foram retomados, a não ser nos delírios da imprensa de extrema-direita. A relação entre o governo brasileiro e os governos estabelecidos de vários países deve estar acima de divergências ideológicas, num princípio básico da diplomacia, o da auto-determinação dos povos. Não há notícias, por exemplo, de capitalistas brasileiros que defendam o rompimento das relações com a China, um dos nossos maiores parceiros comerciais, por se tratar de uma ditadura. Ou alguém acha que a China é um país democrático?

9. “O PT censura a imprensa” (mentira, a imprensa que o censura).
Argumento falso. Em seus oito anos de governo o presidente Lula enfrentou a oposição feroz e constante dos principais veículos da antiga imprensa. Esta oposição foi explicitada pela presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) que declarou que seus filiados assumiram “a posição oposicionista (sic) deste país”. Não há registro de um único caso de censura à imprensa por parte do governo Lula. O que há, frequentemente, é a queixa dos órgãos de imprensa sobre tentativas da sociedade e do governo, a exemplo do que acontece em todos os países democráticos do mundo, de regulamentar a atividade da mídia.

10. “Os jornais, a televisão e as revistas falam muito mal da Dilma e muito bem do Serra”.
Isso é verdade. E mais um bom motivo para votar nela e não nele.

FATOS MUITO IMPORTANTES:

(1) Alguns dados comparativos dos governos FHC e Lula.

Geração de empregos:
FHC/Serra = 780 mil x Lula/Dilma = 12 milhões

Salário mínimo:
FHC/Serra = 64 dólares x Lula/Dilma = 290 dólares

Mobilidade social (brasileiros que deixaram a linha da pobreza):
FHC/Serra = 2 milhões x Lula/Dilma = 27 milhões

Risco Brasil:
FHC/Serra = 2.700 pontos x Lula/Dilma = 200 pontos

Dólar:
FHC/Serra = R$ 3,00 x Lula/Dilma = R$ 1,78

Reservas cambiais:
FHC/Serra = 185 bilhões de dólares negativos x Lula/Dilma = 239 bilhões de dólares positivos.

Relação crédito/PIB:
FHC/Serra = 14% x Lula/Dilma = 34%

Produção de automóveis:
FHC/Serra = queda de 20% x Lula/Dilma = aumento de 30%

Taxa de juros:
FHC/Serra = 27% x Lula/Dilma = 10,75%

(2) Elio Gaspari, na Folha de S.Paulo de 25.07.10:

José Serra começou sua campanha dizendo: "Não aceito o raciocínio do nós contra eles", e em apenas dois meses viu-se lançado pelo seu colega de chapa numa discussão em torno das ligações do PT com as Farc e o narcotráfico. Caso típico de rabo que abanou o cachorro. O destempero de Indio da Costa tem método. Se Tupã ajudar Serra a vencer a eleição, o DEM volta ao poder. Se prejudicar, ajudando Dilma Rousseff, o PSDB sairá da campanha com a identidade estilhaçada. Já o DEM, que entrou na disputa com o cocar do seu mensalão, sairá brandindo o tacape do conservadorismo feroz que renasceu em diversos países, sobretudo nos Estados Unidos.

*Um dos mais respeitados cineastas brasileiros, Jorge Alberto Furtado, 51 anos, trabalhou como repórter, apresentador, editor, roteirista e produtor. Já realizou mais de 30 trabalhos como roteirista/diretor e recebeu 13 premiações dentre os quais, o Prêmio Cinema Brasil, em 2003, de melhor diretor e de melhor roteiro original do longa O homem que copiava.

Do www.casacinepoa.com.br

DIA 31/10, DILMA PARA PRESIDENTE!

13 razões para votar em Dilma no segundo turno

13 razões para votar em Dilma no segundo turno
A candidata Dilma Rousseff venceu o primeiro turno com 47 milhões de votos de brasileiros e brasileiras que acreditam na continuidade dos avanços dos últimos anos. Neste segundo turno, Dilma reafirma seus compromissos com a população e pretende fazer muito pelo Brasil, como erradicar a miséria, gerar mais empregos, melhorar a educação, saúde e segurança pública.


Chegou a hora de conhecer e divulgar o folheto com as 13 principais razões para votar em Dilma no segundo turno. Imprima este folheto e distribua para os amigos.

Conheça aqui as 13 razões.

1. FIM DA MISÉRIA – Com Lula, 36 milhões de pessoas entraram para a classe média e 28 milhões saíram da pobreza absoluta. Dilma vai aprofundar esse caminho e lutar para acabar com a miséria no país.

2. MAIS EMPREGOS – O Brasil nunca gerou tantos empregos como agora. Dilma – que coordenou o PAC e o Minha Casa, Minha Vida, programas que levam obras e empregos a todo o país – é a garantia de que o mercado de trabalho vai continuar crescendo para todos.

3. MAIS REAJUSTES SALARIAIS – Com Lula, o salário mínimo sempre teve reajustes bem acima da inflação e houve aumento da massa salarial em geral. Dilma vai manter e aperfeiçoar essa política que tem ajudado a melhorar a vida de tantas famílias, em todo país.

4. MAIS BOLSA FAMÍLIA – Agora, existe candidato fingindo que é a favor do Bolsa Família, mas o povo brasileiro sabe: só Dilma garante o fortalecimento desse e de outros programas sociais criados por Lula.

5. MAIS EDUCAÇÃO – Lula criou o ProUni, mais universidades e escolas técnicas do que qualquer outro governo. Dilma vai seguir abrindo as portas da educação para todos. Com ela, serão construídas escolas técnicas em municípios com mais de 50 mil habitantes e em cidades-pólo.

6. MAIS SAÚDE – Lula ampliou o Saúde da Família, implantou o Samu 192, as Farmácias Populares e o Brasil Sorridente. Dilma já garantiu: vai criar 500 Unidades de Pronto Atendimento – as UPAs 24 horas. E 8.600 novas Unidades Básicas de Saúde – as UBS. Tudo para o bem estar da família brasileira.

7. MAIS SEGURANÇA – Lula está fazendo um investimento inédito na segurança pública, com o Pronasci, que tem, entre suas prioridades, o policiamento comunitário, a inclusão do jovem e a parceria com a sociedade. Dilma vai ampliar essa ação, usando como modelo as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que estão livrando várias comunidades do Rio de Janeiro do domínio do tráfico de drogas.

8. MAIS COMBATE AO CRACK – Dilma vai combater a praga do crack com autoridade, carinho e apoio. Apoio para impedir que mais jovens caiam nessa armadilha fatal. Carinho para cuidar dos que precisam se libertar da dependência. E autoridade para combater e derrotar os traficantes.

9. MAIS CRECHES – Dilma quer garantir mais tranquilidade para as famílias que trabalham e não têm onde deixar os filhos. Por isso, já assumiu o compromisso de construir 6 mil creches e pré-escolas em todo o país.

10. MAIS MORADIAS POPULARES – Juntos, Lula e Dilma criaram o Minha Casa, Minha Vida, que está realizando o sonho da casa própria de muita gente. Dilma vai ampliar o programa, garantindo mais 2 milhões de moradias populares para quem mais precisa.

11. MAIS APOIO AO CAMPO – Nossos agricultores nunca tiveram tanto apoio para produzir e crescer na vida. Dilma – que criou o Luz para Todos, levando energia para milhões de lares brasileiros – é a certeza de que esse trabalho vai seguir em frente, tanto para o agronegócio como para a agricultura familiar.

12. MAIS CRÉDITO – Lula criou o crédito consignado e facilitou o acesso da população a várias linhas de crédito. É por aí que Dilma vai seguir para continuar beneficiando toda a população.

13. MAIS RESPEITO AO BRASIL – Com Lula, o Brasil pagou sua dívida com o FMI e passou a ser um país respeitado em todo o mundo. O país vai realizar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Dilma quer o Brasil assim: forte, independente e cada vez mais admirado aqui e lá fora.

7 de outubro de 2010

Colocando na balança

Segue um irônico e interessante texto que recebi hoje por email.

Segue um irônico e interessante texto que recebi hoje por email.
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Desculpem amigos, vou votar no Serra.

"Cansei...Basta"! Vou votar no Serra, do PSDB. Cansei de ir ao supermercado e encontrá-lo cheio. O alimento está barato demais. O salário dos pobres aumentou, e qualquer um agora se mete a comprar, carne, queijo, presunto, hambúrguer e iogurte. Cansei dos bares e restaurantes lotados nos fins de semana. Se sobra algum, a gentalha toda vai para a noite. Cansei dessa demagogia. . Cansei de ir em Shopping e ver a pobreza comprando e desfilando com seus celulares. . O governo reduziu os impostos para os computadores. A Internet virou coisa de qualquer um. Pode? Até o filho da manicure, pedreiro, catador de papel, agora navega... . Cansei dos estacionamentos sem vaga. Com essa coisa de juro a juro baixo, todo mundo tem carro, até a minha empregada. " É uma vergonha! ", como dizia o Boris Casoy. Com o Serra os congestionamentos vão acabar, porque como em S.Paulo, vai instalar postos de pedágio nas estradas brasileiras a cada 35 km e cobrar caro. . Cansei da moda banalizada. Agora, qualquer um pode botar uma confecção. Tem até crédito oferecido pelo governo. O que era exclusivo do Diamond Mall, agora, se vende até no camelô do Oiapoque, 25 de Março e no Braz. . Vergonha, vergonha, vergonha... . Cansei de ir em banco e ver aquela fila de idosos no Caixa Preferencial, todos trabalhando de office-boys. . Cansei dessa coisa de biodiesel, de agricultura familiar. O caseiro do sítio do meu pai agora virou "empreendedor" no Nordeste. Pode? Cansei dessa coisa assistencialista de Bolsa Família. Esse dinheiro poderia ser utilizado para abater a dívida dos empresários de comunicação (Globo,SBT,Band, RedeTV, CNT, Fôlha SP, Estadão, etc.). A coitada da "Veja" passando dificuldade e esse governo alimentando gabiru em Pernambuco. É o fim do mundo. . Cansei dessa história de PROUNI, que botou esses tipinhos, sem berço, na universidade. Até índio, agora, vira médico e advogado. É um desrespeito... Meus amigos, que foram bem criados, precisam conviver e competir com essa raça. Cansei dessa história de Luz para Todos. Os capiaus, agora, vão assistir TV até tarde. E, lógico, vão acordar ao meio-dia. Quem vai cuidar da lavoura do Brasil? Diga aí, seu Lula... . Cansei dessa história de facilitar a construção e a compra da casa própria (73% da população, hoje, tem casa própria, segundo pesquisas recentes do IBGE). E os coitados que vivem de cobrar aluguéis? O que será deles? Cansei dessa palhaçada da desvalorização do dólar. Agora, qualquer um tem MP3, celular e câmera digital. Qualquer umazinha, aqui do prédio, vai passar férias no Exterior. É o fim... . Vou votar no Serra. Cansei, vou votar no Serra, porque quero de volta as emoções fortes do governo de FHC, quero investir no dólar em disparada e aproveitar a inflação. Investir em ações de Estatais quase de graça e vender com altos lucros. Chega dessa baboseria politicamente correta, dessa hipocrisia de cooperação. O motor da vida é a disputa, o risco... Quem pode, pode, quem não pode, se sacode. Tenho culpa eu, se meu pai era mais esperto que os outros para ganhar dinheiro comprando ações de Estatais quase de graça? Eles que vão trabalhar, vagabundos, porque no capitalismo vence quem tem mais competência. É o único jeito de organizar a sociedade, de mostrar quem é superior e quem é inferior. . Eu ia anular, mas cansei. Basta! Vou votar no Serra. Quero ver essa gentalha no lugar que lhe é devido. Quero minha felicidade de volta.”