9 de junho de 2009

Viva Rizolete Fernandes!!!!!!!!!


Graduada em Ciências Sociais pela UFRN, publicou em 2004 o livro “A história oficial omite, eu conto: Mulheres em Luta no Rio Grande do Norte – de 1980 a 2000” (Edufrn) e, em 2006, “Luas Nuas” (Una), poesia.

Quando nasceu?


09 de abril de 1949


Onde?


Caraúbas/RN


Como se chamam seus pais?



Porfírio Fernandes e Odeth Edith de Farias


De onde são?


De Caraúbas, ele descendente de português, ela, de africano.


O que você herdou do seu pai?


O gosto pela leitura e pela escrita.


E de sua mãe?


A semelhança física, expressa em características tais como lábios espessos, cabelos encaracolados, etc. embora ambas sejamos registradas como de cor branca.


Dê-me fatos para esclarecimento de heranças.


Meu pai foi professor de escola primária, gostava de escrever pequenas peças teatrais que ensaiava com seus alunos para apresentação em datas festivas do calendário escolar. Chamava as peças de “dramas”. Era um contador de estórias e procurado com freqüência pela comunidade com a finalidade de escrever cartas para familiares distantes. Já minha mãe, até onde lembro, pois a perdi aos sete anos de idade, era calada e ocupava o tempo em criar os sete filhos (três mulheres) e com os afazeres domésticos. Dela herdei os traços físicos da afro-descendência e um certo ensimesmamento.


Quem é você?


Uma pessoa de hábitos simples, que, vivendo na Capital há vários anos, não se deixou fascinar pelo ôba - ôba que reina nos círculos por onde passou, notadamente, o político e o literário. Cultiva amigos com carinho, limita suas saídas, atualmente, a eventos culturais e quando não está escrevendo, lê na maior parte do tempo.




Mais fatos.


Considero que o dinheiro não deve ser o único fito na vida. O prazer, advindo do trabalho feito por escolha e ideologia, preside a tudo. Funcionária pública estadual, em 1985, a pedido do movimento feminista, fui colocada à disposição do município, para trabalhar no Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, recém-criado, ganhando, como Coordenadora Técnica, menos do que o que recebia como técnica na CDI/RN. No ano de 1999, abandonei o trabalho como assessora parlamentar, onde era razoavelmente remunerada segundo os padrões locais, para me aposentar (pelo INSS!) e, assim, poder escrever.


E sua infância?


É marcada pelo desaparecimento precoce da minha mãe, depois do que fui morar com parentes, até vir para Natal. Contudo, fui uma criança saudável e brincalhona, embora de pouca fala, ensimesmada.


Como brincava?


Com minhas irmãs e amigas, de casinha, que os irmãos construíam com galhos de árvores, nos sítios por onde moramos. Meu pai era professor da rede estadual de educação, ensinando em escolas isoladas no interior do município, sendo transferido de uma para outra sucessivamente. Brincávamos, também, de cabra-cega, esconde-esconde e tantas outras...


Quando deixou sua terra?


Em 1971, quando vim estudar no Colégio Atheneu, onde fiz o curso clássico. Portanto já lá se vão 37 anos!


Que coisas tem feito?

Tive que trabalhar para me sustentar ainda estudante. Do período estudantil, passei ao cine-clubismo e aos movimentos sócio-políticos: anti-ditadura com o Comitê Norte-rio-grandense pela Anistia, partidário, feminista e trabalhista, uma eterna correria. Dei um basta em tudo, ao completar 50 anos, em 1999, em seguida me aposentei do serviço público (2000), com o objetivo único de me dedicar à escrita, o que faço atualmente. Além das poesias, escrevo crônicas e artigos, colaborando, regularmente, com a Revista Papangu (Mossoró/RN), sites Verborrágicos (RN) e Blocosonline(RJ) e, mais recentemente, com a Revista Preá, da Fundação José Augusto/RN.
Fonte: www.franklinjorge.com.br

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